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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/2017.

Teve lugar ontem, dia 19 de setembro, a apresentação dos primeiros resultados do IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/2017.  

O INPG (Inquérito Nacional à População Geral) é um estudo iniciado em 2001, tendo sido replicado em 2007, 2012, e em 2016/17.  

O estudo visa estimar as prevalências dos consumos de substâncias psicoativas lícitas (álcool, tabaco, medicamentos – sedativos, tranquilizantes e/ou hipnóticos, e esteroides anabolizantes), e ilícitas (cannabis, ecstasy, anfetaminas, cocaína, heroína, LSD, cogumelos mágicos e de novas substâncias psicoativas), bem como das práticas de jogo a dinheiro. 

 O estudo é feito por iniciativa do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências) do Ministério da Saúde, de acordo com orientações do OEDT (Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência) e da OMS (Organização Mundial de Saúde), que permitem produzir estatísticas comparáveis no plano internacional, para além de ser acautelada, na medida do possível, a comparação entre as diferentes aplicações do Inquérito no plano nacional, de forma a permitir monitorar a evolução dos consumos no tempo.  

A apresentação ficou a cargo do investigador principal deste estudo, o Professor Doutor Casimiro Balsa da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa  que encetou uma síntese dos resultados do estudo.

Seguem alguns resultados:

Verifica-se uma subida das prevalências entre 2001 e 2007 de todas as substâncias psicoativas, exceto no que diz respeito ao ecstasy e ao LSD, em que os valores se mantêm. Entre 2007 e 2012 observamos uma descida de todas as prevalências com exceção dos medicamentos, que mantêm, e da heroína, que desce. Entre 2012 e 2016/17 registam-se prevalências de consumo menores no caso do álcool, medicamentos, ecstasy, LSD, cogumelos alucinógenos e de novas substâncias psicoativas.

As prevalências do consumo nos últimos 12 meses de cocaína e de anfetaminas mantêm-se iguais às de 2012, subindo apenas as prevalências de consumo de tabaco, cannabis e heroína.

O consumo de álcool apresenta subidas das prevalências ao longo da vida, quer entre a população total (15-74 anos) quer entre a população jovem adulta (15-34 anos), e entre homens e mulheres.

O consumo do tabaco apresenta uma ligeira subida da prevalência ao longo da vida, que se deve sobretudo ao aumento do consumo entre as mulheres, quer na população total, quer entre a população jovem adulta.

Já os medicamentos, terceira substância mais consumida na população total, as prevalências descem entre os dois períodos de aplicação considerados, independentemente do género considerado.

As prevalências do consumo de qualquer substância psicoativa ilícita sobem dos 8,3% registados em 2012 para os 10,2% em 2016/17.

Registaram-se subidas em ambos os géneros quando consideramos a população total, uma descida entre os homens e uma subida entre as mulheres quando consideramos a população jovem adulta.

Estas são as tendências que se verificam na cannabis, substância que tem o maior peso na prevalência de qualquer substância psicoativa ilícita.

A prevalência do consumo de cocaína sobe ligeiramente na população total, embora desça entre a população jovem adulta.

As anfetaminas apresentam uma prevalência de consumo ao longo da vida igual à registada em 2012 na população total, tendo descido entre os homens, mas aumentado entre as mulheres. Considerando a população jovem adulta, esta prevalência desce, embora tenha subido de 0,2% para 0,4% entre as mulheres.

A heroína apresenta uma prevalência de consumo igual à verificada em 2012, quer entre a população total, quer entre a população jovem adulta. Em ambas as populações houve uma diminuição da prevalência do consumo entre os homens e uma subida entre as mulheres.

Em todas as outras substâncias consideradas há uma descida das prevalências de consumo ao longo da vida, quer entre a população total quer entre a população jovem adulta, independentemente do género.

Relativamente à idade média de início do consumo, verificamos que o consumo do primeiro cigarro e da primeira bebida alcoólica é o que apresenta uma média de idades mais baixa (17 anos). O consumo regular de tabaco e de cannabis surge, em média, aos 18 anos.

Aceda aos resultados preliminares nos links abaixo:



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