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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

GEP divulga estatísticas relativas a sinistralidade laboral ocorrida em 2015






O Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) divulgou recentemente os dados apurados em 2015 relativamente à sinistralidade laboral no nosso país. À semelhança do ano de 2014, também este ano foram incluídos os acidentes ocorridos na administração pública.

Mais informações Aqui.

Seguem alguns dados:

1 - ACIDENTES DE TRABALHO
Em 2015 ocorreram 208 457 acidentes, dos quais 161 tiveram consequência mortal

- À semelhança de 2014, registou-se um novo aumento no número total de acidentes e no número de dias de trabalho perdidos, voltando a contrariar uma tendência decrescente que já se vinha a registar desde 2009.

- A maioria dos acidentes de trabalho apurados em 2015, ocorreram nos setores de atividade "C - indústrias transformadoras", “G - comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos" e "F - construção“, onde se registaram, respetivamente 25,0%, 14,4% e 13,8% do total de acidentes.

- Já no que respeita à sinistralidade mortal, foi o setor “F - construção“ que registou o valor mais elevado, 29,8% dos acidentes mortais, (48 vítimas mortais), seguindo –se o setor da “A - agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”, 19,9% (32 vítimas mortais) e o sector das "C - indústrias transformadoras“ 10,6% (17 vítimas mortais).

- Relativamente ao total de acidentes de trabalho para os quais se conhece a dimensão da empresa ou entidade equiparada, mais de metade ocorreram em pequenas empresas (10 a 49 pessoas) e micro empresas ou com trabalhadores independentes (1 a 9 pessoas), 24,6% e 23,7% respetivamente.

- Quanto aos acidentes de trabalho mortais, a maior parte deu-se com trabalhadores de micro empresas ou com trabalhadores independentes (1 a 9 pessoas), 36,0%.

- Por outro lado as empresas de maior dimensão “250 a 499 pessoas” e “500 e mais pessoas” registaram a menor percentagem do total de acidentes mortais, ambas com 7,3%.

2 - CAUSAS E CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE OCORREU O ACIDENTE

Em 2015 cerca de 67 309 acidentes ocorreram em “zona industrial”.

- A maioria dos sinistrados, para os quais se sabe onde ocorreu o acidente, encontravam-se em “zona industrial” (36,6%).

- No que  se refere á atividade que executavam no momento do acidente, 154.447 indivíduos (78,3%) realizavam “movimento” (andar, subir ou descer escada, etc.) (27,3%), “trabalho com ferramentas de mão” (26,6%) ou “transporte manual” (24,4%).

- Na origem de mais de metade dos acidentes esteve o acontecimento desviante/desvio “movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo, geralmente, a lesão interna) ” e o “perda total ou parcial de controlo de máquina ou meio de transporte (equipamento manuseado, ferramenta manual, objeto, animal)”, 28,0% e 24,8% respetivamente.

- Os agentes materiais reconhecidos como associados ao desvio e que se destacam mais são os “materiais, objetos, produtos, componentes de máquinas - estilhaços e poeiras” (35,9% do total de acidentes).

- O acontecimento gerador direto da lesão do sinistrado mais frequente foi o “esmagamento em movimento vertical / horizontal sobre / contra objeto imóvel” com 29,2% das ocorrências, seguido de 27,9% de acidentes por “constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico”.

- Nos acidentes de trabalho para os quais se conhece o agente material associado ao contacto, destaca-se o grupo dos “materiais, objetos, produtos, componente de máquina – estilhaços, poeiras” com 34,7% das ocorrências.

- Na sinistralidade mortal, mais de metade dos acidentes ocorreram em “local público” e “estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto”, 50 (31,1%) e 42 (26,1%) mortes, respetivamente.

- 29,8% dos acidentes mortais ocorreram na construção, 24,8% dos acidentes mortais foram acidentes de viação.

- Sabe-se também que 52 (38,8%) acidentes mortais ocorreram aquando da “condução/presença a bordo de um meio de transporte – equipamento de movimentação”. Quanto ao desvio, a “perda total ou parcial de controlo de máquina ou meio de transporte (equipamento manuseado, ferramenta manual, objeto, animal)” esteve na base de 53 mortes (6,3%).

O agente material associado ao desvio mais frequente foi “veículos terrestres” em 46 acidentes (35,7%).

- Para 57 trabalhadores (38,3%) a causa da morte foi o “esmagamento em movimento vertical/ horizontal sobre/contra objeto imóvel”.

CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE

Em média perderam-se 38,4 dias de trabalho na sequência de acidentes laborais

- No total, em 2015 perderam- se 5.459.744 dias de trabalho perdidos por motivo de acidente de trabalho.

- Analisando os acidentes de trabalhos face aos dias de ausência que provocaram, constata-se que as “amputações (perdas de partes do corpo) e esmagamentos” e as “ fraturas” foram as lesões mais graves pois, em média, perderam, respetivamente, 105,1 e 82,0 dias.

- No entanto, as “lesões e feridas superficiais” que, perderam em média 20,3 dias, foram as lesões que mais se verificaram na maioria dos acidentes não mortais, 55,2%. As “concussões e lesões internas” (32,1%) e as “lesões múltiplas” (36,5%) foram as lesões presentes em mais acidentes com consequência mortal.


- Em mais de metade dos acidentes não mortais (63,6%), as partes do corpo mais atingidas foram as “extremidades superiores” (38,2%), seguidas das “extremidades inferiores” (25,5%). Dos acidentes com consequência mortal, 50,9% foram provocados por lesões no “corpo inteiro ou partes múltiplas”, 24,5% por lesão no “tórax” e 22,0% na “cabeça” .

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