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segunda-feira, 30 de abril de 2018

CES - Sindicatos emitem alerta de emergência




A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) emitiu um "alerta de emergência" sem precedentes que destaca países e situações em que a oportunidade de os trabalhadores europeus conseguirem salários e condições de trabalho dignos se encontra ameaçada.

No coração da Europa existe um contrato social que oferece aos trabalhadores a oportunidade de obter salários e condições de trabalho dignos”, declarou Luca Visentini, Secretário-geral da CES. "Mas a base sobre a qual esse contrato social está construído necessita de alterações e de reformas urgentes".

 "O movimento sindical europeu emitiu um alerta de emergência porque a balança de poder entre os trabalhadores e os empregadores pendeu em demasia para o lado dos empregadores. Os direitos conquistados duramente para negociar com os empregadores encontram-se em perigo em muitos estados membros da UE."

O alerta baseia-se num quadro de indicadores de salários justos compilado pela CES a partir de fontes oficiais, incluindo a OCDE e o Eurostat, e não reflete os graves problemas atuais nos direitos de negociação coletiva, como na Dinamarca e na Roménia. Será seguido por uma análise mais detalhada no final deste ano.

"Todos os Estados-Membros da UE devem certificar-se de que os empregadores respeitam o direito de negociação dos trabalhadores através do seu sindicato", afirmou Esther Lynch, Secretária Confederal da CES. “Esse alerta é um apelo à ação, é um aviso aos governos de que eles precisam de discutir com os sindicatos o que é necessário para colocar a negociação coletiva e as negociações de volta aos trilhos, como aumentar a parcela da riqueza que é gasta em salários e como aumentar o número de trabalhadores abrangidos por acordos coletivos sobre salários e condições de trabalho - com o apoio da UE, sempre que necessário.”

"Os trabalhadores de muitos países da UE continuam a ganhar menos hoje do que antes da crise. Este é o resultado do desmantelamento da negociação coletiva e do número de empregos precários que estão lentamente a reduzir o nível de desemprego. Acontece também porque muitas vezes os governos permitem que os empregadores ignorem ou abusem do direito que os trabalhadores têm de se organizar e de desenvolver a negociação coletiva. A revitalização da negociação coletiva irá contribuir para a melhoraria da vida de mais pessoas e para o reforço do crescimento económico para todos ”.

Veja a Infografia no link abaixo

Nota: Tradução da press release da CES da responsabilidade da UGT


ITUC-CSI - Dia Internacional em Memória dos Trabalhadores Vítimas de Acidentes de Trabalho




A nível mundial, as más condições de trabalho matam um trabalhador a cada 11 segundos. Todas estas mortes são evitáveis, no entanto a contagem de corpos continua a aumentar, alerta Sharan Burrow. A Secretária Geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC/CSI) afirma que essa é a razão pela qual os sindicatos globais estão a lançar uma campanha reforçada e urgente para exigir  segurança, justiça e responsabilidade.
Todas as mortes relacionadas com o trabalho são evitáveis. 
Temos o conhecimento. Temos a tecnologia. Conseguimos viver durante meses no vazio do espaço. 
Mas em todo o mundo, o número de trabalhadores que morrem no trabalho tem aumentado nitidamente. E não se deve à falta de know-how, mas antes à falta de vontade. Avalia-se as empresas pelas contas anuais, não pelo número de acidentes. Os diretores de empresas são largamente e legalmente recompensados pela alienação de bens patrimoniais, cortes nos empregos, outsourcing e obtenção de lucros. Apenas quando acontecem grandes desastres surgem rumores de preocupação em relação à saúde e segurança dos trabalhadores por parte dos órgãos executivos. 
E o desinteresse ou negligência têm um custo. É por esta razão que estimativas da Organização Internacional do Trabalho , publicadas em Setembro de 2017, mostraram que os acidentes e doenças relacionadas com o trabalho aumentaram em todo o mundo para 2.78 milhões por ano. A maior parte - 2.4 milhões de mortes por ano – são resultado de doenças ocupacionais, não de ‘acidentes’.

Leia na íntegra o Relatório da CSI no link abaixo

Nota: Tradução da responsabilidade da UGT

Relatório OIT "Melhorar a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores Jovens"






Foi recentemente publicado em português o relatório da OIT para o Dia Mundial da Segurança e Saúde  no Trabalho 2018 - "MELHORAR A SEGURANÇA E A SAÚDE DOS TRABALHADORES JOVENS".
A OIT preparou este relatório visando a promoção de uma nova geração de trabalhadores mais segura e saudável, tendo por objetivo descrever os riscos para a segurança e saúde no trabalho (SST) enfrentados pelos trabalhadores jovens, bem como incentivar o diálogo mundial sobre a necessidade de melhorar a SST deste grupo de trabalhadores.
No relatório são analisados os fatores que contribuem para o aumento dos riscos profissionais com que os jovens se confrontam e enunciadas medidas legais, políticas e práticas que podem contribuir para a diminuição daqueles riscos.



Ficha Informativa nº 36 - A Importância da Prevenção - Geração Segura e Saudável




Educação e Formação para a Prevenção
 Um Investimento para o Futuro


 A ausência de educação e formação para a prevenção constitui, em Portugal, uma das causas que tem contribuído para o elevado número de acidentes de trabalho, principalmente no que respeita à população jovem recém admitida no mercado de trabalho. 

Setores de grande sinistralidade como a construção civil e a agricultura registam um número de acidentes de trabalho preocupante, nomeadamente, ao nível de jovens trabalhadores de baixa qualificação. Esta situação exige uma melhoria na preparação destes jovens trabalhadores em SST, de forma a adquirirem informação, atitudes e comportamentos adequados para a prevenção em geral e, para a prevenção dos riscos profissionais que irão encontrar no exercício da sua atividade futura.

É fundamental a sensibilização do meio escolar para a prevenção dos riscos profissionais, contribuindo para o desenvolvimento de comportamentos seguros para os jovens que, por vezes precocemente entram no mercado de trabalho. 

É fundamental “ chegar junto dos jovens” estimulando a sua capacidade individual de identificação dos perigos e consequente eliminação ou redução dos riscos, numa perspetiva de promoção da Cultura de Prevenção e Segurança, para que as novas gerações de trabalhadores entrem no mercado de trabalho com mais conhecimento e sensibilidade para a segurança e saúde no trabalho. 

Nesta perspetiva, a interiorização de comportamentos e atitudes dirigidos à prevenção deve desenvolver-se mesmo antes da entrada na vida ativa, ou seja, a cultura de prevenção deve começar a ser construída nas escolas sensibilizando e motivando desta forma os jovens trabalhadores para a prevenção. Acreditamos que é com os jovens que se constrói o futuro. 

Um futuro melhor, pelo que torna-se imperioso acelerar o processo de sensibilização e de informação da comunidade escolar para os riscos que o mundo laboral encerra.


Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho - Geração Segura e Saudável




Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho associa-se, este ano de 2018, ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, e terá como destinatários principais os trabalhadores mais jovens sob o mote “Generation Safe & Healthy” – “Geração Segura e Saudável”.

A campanha tem o objetivo de acelerar o trabalho para atingir a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de 8.8 de ambientes de trabalho protegidos e seguros para todos os trabalhadores até 2030 e uma meta ODS de 8.7 para a erradicação de todas as formas de trabalho infantil até 2025. Atingir estes objetivos para benefício da próxima geração de força de trabalho global requer uma abordagem concertada e integrada no sentido de eliminar o trabalho infantil e de promover uma cultura de prevenção na saúde e segurança no trabalho (SST).


Leia o comunicado da OIT na íntegra no link abaixo



sexta-feira, 27 de abril de 2018

Geração Segura e Saudável



"MELHORAR A SEGURANÇA E A SAÚDE DOS TRABALHADORES JOVENS".


Foi recentemente publicado em português o relatório da OIT para o Dia Mundial da Segurança e Saúde  no Trabalho 2018 - "MELHORAR A SEGURANÇA E A SAÚDE DOS TRABALHADORES JOVENS".

A OIT preparou este relatório visando a promoção de uma nova geração de trabalhadores mais segura e saudável, tendo por objetivo descrever os riscos para a segurança e saúde no trabalho (SST) enfrentados pelos trabalhadores jovens, bem como incentivar o diálogo mundial sobre a necessidade de melhorar a SST deste grupo de trabalhadores.

No relatório são analisados os fatores que contribuem para o aumento dos riscos profissionais com que os jovens se confrontam e enunciadas medidas legais, políticas e práticas que podem contribuir para a diminuição daqueles riscos.

Aceda ao relatório Aqui.


Relatório da OIT em português para o Dia Mundial da SST 2018




Encontra-se disponível a versão em  língua portuguesa do Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho 2018.

Foi recentemente publicado em português o relatório da OIT para o Dia Mundial da Segurança e Saúde  no Trabalho 2018 - "MELHORAR A SEGURANÇA E A SAÚDE DOS TRABALHADORES JOVENS".

A OIT preparou este relatório visando a promoção de uma nova geração de trabalhadores mais segura e saudável, tendo por objetivo descrever os riscos para a segurança e saúde no trabalho (SST) enfrentados pelos trabalhadores jovens, bem como incentivar o diálogo mundial sobre a necessidade de melhorar a SST deste grupo de trabalhadores.
No relatório são analisados os fatores que contribuem para o aumento dos riscos profissionais com que os jovens se confrontam e enunciadas medidas legais, políticas e práticas que podem contribuir para a diminuição daqueles riscos. 

Aceda ao relatório Aqui.


Educação e Formação para a Prevenção



Um Investimento para o Futuro

A ausência de educação e formação para a prevenção constitui, em Portugal, uma das causas que tem contribuído para o elevado número de acidentes de trabalho, principalmente no que respeita à população jovem recém admitida no mercado de trabalho.

Setores de grande sinistralidade como a construção civil e a agricultura registam um número de acidentes de trabalho preocupante, nomeadamente, ao nível de jovens trabalhadores de baixa qualificação.

Esta situação exige uma melhoria na preparação destes jovens trabalhadores em SST, de forma a adquirirem informação, atitudes e comportamentos adequados para a prevenção em geral e, para a prevenção dos riscos profissionais que irão encontrar no exercício da sua atividade futura.

É fundamental a sensibilização do meio escolar para a prevenção dos riscos profissionais, contribuindo para o desenvolvimento de comportamentos seguros para os jovens que, por vezes precocemente entram no mercado de trabalho.

É fundamental “ chegar junto dos jovens” estimulando a sua capacidade individual de identificação dos perigos e consequente eliminação ou redução dos riscos, numa perspetiva de promoção da Cultura de Prevenção e Segurança, para que as novas gerações de trabalhadores entrem no mercado de trabalho com mais conhecimento e sensibilidade para a segurança e saúde no trabalho.

Nesta perspetiva, a interiorização de comportamentos e atitudes dirigidos à prevenção deve desenvolver-se mesmo antes da entrada na vida ativa, ou seja, a cultura de prevenção deve começar a ser construída nas escolas sensibilizando e motivando desta forma os jovens trabalhadores para a prevenção.

Acreditamos que é com os jovens que se constrói o futuro. Um futuro melhor, pelo que torna-se imperioso acelerar o processo de sensibilização e de informação da comunidade escolar para os riscos que o mundo laboral encerra.

2 – Para Refletir… O aumento contínuo de jovens trabalhadores no mercado de trabalho faz emergir fortes preocupações relativamente à Segurança e Saúde deste grupo específico de trabalhadores. 

Um jovem trabalhador de 18 anos partiu ambas as pernas, depois de iniciar o seu segundo dia de trabalho, ao cair da plataforma de um camião de recolha de resíduos. O jovem deslocava-se no exterior do veículo porque a cabina não tinha espaço suficiente para ele e para os colegas que também iam no camião.

Um jovem de 16 anos, no seu primeiro trabalho de férias, numa carpintaria perdeu os dedos da mão ao utilizar indevidamente uma serra elétrica. Não lhe foi dada informação ou formação sobre a utilização deste equipamento de risco.

Um jovem de 18 anos, que estava a trabalhar num estaleiro de construção, morreu devido aos ferimentos sofridos quando uma grua lhe deixou cair em cima uma carga de 750 kg, de uma altura de 5 metros.

Os jovens trabalhadores eram requisitados para o desenvolvimento de tarefas inadequadas.  Não recebiam formação adequada.

Acidentes como estes ocorrem diariamente, constituindo uma ameaça grave para os 58 milhões de jovens na UE. Recorrendo aos dados do Eurostat, o risco de acidentes de trabalho para os jovens entre os 18 e 24 anos é superior em, pelo menos, 50% do que em qualquer faixa etária.
Falamos de jovens. Falamos de trabalhadores jovens que têm que viver o resto das suas vidas com marcas profundas decorrentes de acidentes de trabalho. Falamos de jovens trabalhadores que perdem as suas vidas nos locais de trabalho.
As razões para esta situação são de vária ordem, apontando-se, indiscutivelmente, como uma das grandes causas a falta de educação e formação para a prevenção.
É, pois, certo que a ausência de educação e formação para a prevenção, constitui em Portugal, uma das causas para os números disponíveis sobre a sinistralidade laboral, principalmente no que respeita à população jovem recém admitida no mercado de trabalho.
Setores de grande sinistralidade como a construção civil e a agricultura registam um número de acidentes de trabalho preocupante ao nível dos jovens trabalhadores.
Torna-se claro que na ausência de educação e formação sobre prevenção, os jovens recém chegados ao mercado de trabalho têm mais dificuldade em reconhecer os riscos profissionais e, mesmo quando os reconhecem podem ter mais dificuldade em tomar as medidas preventivas consideradas adequadas.
Tal facto sugere uma melhor preparação dos potenciais jovens trabalhadores em matérias sobre segurança, higiene e saúde no trabalho, de forma a adquirirem informação, atitudes e comportamentos adequados para a prevenção em geral e, para a prevenção dos riscos profissionais que vão encontrar no exercício da sua atividade profissional futura.
Nesta perspetiva, a interiorização de comportamentos e atitudes dirigidos à prevenção deve desenvolver-se mesmo antes da entrada na vida ativa, ou seja, a cultura de prevenção deve começar a ser construída nas escolas incutindo desta forma, nos potenciais jovens trabalhadores, os princípios de uma verdadeira cultura de prevenção.
Entendemos que esta abordagem constitui um imperativo para a melhoria da qualidade de vida e das condições de trabalho, sendo a educação e a formação para a prevenção uma das suas expressões mais estruturantes.

 3 –Direitos dos trabalhadores
Todos os trabalhadores, incluindo os jovens, têm o direito de:
> Conhecer os perigos existentes no seu local de trabalho, o que devem fazer para se manterem seguros e que medidas tomar em caso de acidente ou emergência;
> Receber informações, instruções e formação relativamente a estas questões, as quais devem ser específicas para as funções que vão desempenhar e gratuitas;
> Ser munidos, gratuitamente, dos equipamentos de proteção necessários;
> Participar, fazendo perguntas e comunicando eventuais práticas ou condições não seguras, e serem consultados pelo seu empregador no que diz respeito às questões de segurança.
Se um jovem trabalhador sentir dúvidas sobre a segurança de quaisquer aspetos do seu trabalho e daquilo que lhe pedem para fazer, tem o direito e o dever de transmitir as suas preocupações ao seu supervisor.
Em última análise, tem o direito de se recusar a executar trabalhos que não sejam seguros. Um jovem não é obrigado a fazer algo perigoso apenas porque um chefe ou colega o faz  .

4 – Exposição aos Riscos
Algumas fontes europeias e nacionais sugerem que os jovens trabalhadores estão mais expostos aos seguintes fatores de risco físico: ruído, vibrações, calor e frio e manuseamento de substâncias perigosas.
Os jovens que trabalham em hotéis e restaurantes e na construção estão especialmente expostos a ruído elevado. Os jovens trabalhadores são também particular mente suscetíveis a lesões por choques acústicos na medida em que constituem uma grande parte da força de trabalho dos centros de atendimento telefónico.
A exposição ao calor é comum no trabalho ao ar livre (agricultura ou construção), na indústria, na hotelaria e na restauração. Em diversos ambientes profissionais onde trabalham jovens existem substâncias perigosas: nomeadamente, produtos químicos para a agricultura e construção, produtos de limpeza, gasolina, solventes e produtos de cabeleireiro.
Segundo inquéritos realizados aos níveis nacional e da UE, parece ser mais comum a ocorrência de situações de trabalho fisicamente exigentes (designadamente, trabalho em posições incorretas, movimentação de cargas pesadas e tarefas repetitivas) entre os trabalhadores jovens do que entre a média dos trabalhadores. Consequentemente, os jovens trabalhadores correm riscos consideráveis de contrair lesões músculo-esqueléticas (incluindo dores sacrolombares). Os mesmos inquéritos sugerem igualmente que os jovens trabalhadores estão cada vez menos informados sobre os riscos profissionais.
Uma vez que os ritmos de vida e de trabalho continuam a aumentar no mundo atual, os jovens estão cada vez mais sujeitos a trabalhar com prazos apertados e a um ritmo acelerado. E embora os inquéritos indiquem que os jovens trabalham menos horas do que a média da população trabalhadora, na verdade são eles quem mais trabalha por turnos e com horários de trabalho mais irregulares.
Os jovens trabalhadores queixam-se com mais frequência do que os outros trabalhadores terem sido objeto de atenção sexual indesejada. As jovens com empregos precários em hotéis e empresas prestadoras de serviços têm muito mais probabilidades de exposição a assédio sexual.

5 – Avaliação de riscos, organização e prevenção

Os empregadores devem identificar os perigos e realizar uma avaliação dos riscos para determinar os riscos específicos a que os jovens estão sujeitos e as medidas de prevenção necessárias.

As avaliações dos riscos e as medidas e disposições baseadas nas mesmas devem:

ü Identificar as tarefas proibidas aos jovens, reconhecendo claramente as proibições relativas à utilização de determinados equipamentos e processos de trabalho, as zonas proibidas e as atividades que só podem ser realizadas sob vigilância;

ü Identificar os perigos e realizar uma avaliação dos riscos, incluindo não só os jovens que trabalham a tempo inteiro, mas também os que efetuam trabalho temporário, por exemplo, os que são contratados para ajudar aos fins-de-semana ou durante as férias escolares e os que estão a fazer formação profissional ou estágios;

ü Adotar disposições destinadas a garantir a segurança e saúde, com base na avaliação dos riscos efetuada, incluindo eventuais acordos especiais para os trabalhadores jovens ou recentemente contratados com as agências de emprego, as entidades organizadoras de estágios e colocações, os organizadores da formação profissional, etc.;

ü Assegurar a organização necessária, incluindo disposições de supervisão específicas, e dispor de supervisores com a competência e o tempo necessários para levarem a cabo as suas funções;

ü Identificar as medidas especiais necessárias para os indivíduos mais vulneráveis, incluindo os trabalhadores jovens e recentemente contratados, devendo especificar-se claramente as proibições aplicáveis aos jovens trabalhadores, por exemplo em relação à utilização de equipamentos perigosos;

ü Fornecer informações sobre os possíveis riscos existentes nas suas profissões e as medidas de prevenção adotadas;

ü Fornecer formação, instruções e informações adequadas no momento do recrutamento e sempre que haja mudança de funções ou se introduzam alterações no local de trabalho;

ü Proteger os grupos sujeitos a riscos especialmente sensíveis dos perigos que os afetam tendo também em conta as necessidades especiais dos jovens trabalhadores;

ü Consultar os trabalhadores e os seus representantes e permitir-lhes que participem nas questões segurança e saúde, incluindo os trabalhadores mais jovens e consultando os representantes dos trabalhadores sobre as disposições aplicáveis aos jovens.





Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho


Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho associa-se, este ano de 2018, ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, e terá como destinatários principais os trabalhadores mais jovens sob o mote “Generation Safe & Healthy” – “Geração Segura e Saudável”.

De salientar que se tem verificado, a nível mundial, a existência de fatores evidentes que podem aumentar a vulnerabilidade dos mais jovens aos riscos em matéria de SST. O estado físico e psicológico ainda em desenvolvimento, a falta de experiência profissional e uma consciência limitada dos riscos relacionados com o trabalho são circunstâncias que muitas vezes fazem os mais jovens aceitar empregos com condições de trabalho precárias.

É neste âmbito que o tema deste ano atua, destacando a importância crítica de enfrentar estes desafios e melhorar a Segurança e a Saúde dos jovens trabalhadores, não só para promover o emprego digno nas camadas mais jovens mas também para ligar esses esforços no combate ao trabalho infantil.

OIT

terça-feira, 24 de abril de 2018

Relatório da OIT - Melhorar a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores Jovens


28 DE Abril de 2018 Dia Mundial Da Segurança e Saúde no Trabalho


Divulgamos no nosso Blog SST a "introdução" deste relatório da OIT, agurdando a sua disponibilização oficial.


Introdução:

“ Segundo as últimas estimativas disponibilizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,78 milhões de trabalhadores e trabalhadoras morrem todos os anos devido a acidentes de trabalho e doenças relacionadas com o trabalho. Cerca de 2,4 milhões (86,3 por cento) destas mortes são causadas por doenças profissionais, enquanto mais de 380.000 (13,7 por cento) resultam de acidentes de trabalho. Há, todos os anos, quase mil vezes mais lesões causadas por doenças e acidentes não mortais do que por acidentes mortais. Estima-se que estas lesões não mortais afetem 374 milhões de trabalhadores anualmente, sendo que muitas delas têm consequências graves na capacidade dos/das trabalhadores/as para obtenção de rendimentos a longo prazo.

Os/as trabalhadores/as jovens apresentam uma taxa de acidentes profissionais significativamente superior à dos/as trabalhadores/as menos jovens. De acordo com dados europeus, a incidência de acidentes não mortais em contexto de trabalho é mais de 40 por cento superior entre os/as trabalhadores/as jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, do que entre os/as trabalhadores/as menos jovens (EU-OSHA, 2007). Nos Estados Unidos, a probabilidade de os ou as trabalhadoras jovens com idades entre os 15 e os 24 anos virem a sofrer um acidente de trabalho não mortal, é aproximadamente duas vezes superior ao dos/as trabalhadores/as com 25 anos de idade ou mais (CDC, 2010).

Paradoxalmente, tendo em conta o que foi referido anteriormente, as estatísticas indicam que a incidência de doenças profissionais é inferior entre os/as trabalhadores/as jovens quando comparada com os/as restantes trabalhadores/as. Esta circunstância não se deve ao facto de os/as trabalhadores/as jovens terem uma maior resistência às doenças profissionais. Os trabalhadores e as trabalhadoras jovens são, na realidade, mais vulneráveis a doenças profissionais porque estão ainda a desenvolver-se, tanto física como mentalmente, e isso, torna-os/as mais suscetíveis aos danos causados por produtos químicos perigosos e outros agentes. A menor incidência de doenças profissionais entre os/as trabalhadores/as jovens é, muito provavelmente, devido ao facto de as doenças profissionais ocorrerem geralmente apenas após exposição prolongada e/ou um período de latência. Por outro lado, é difícil obter dados fiáveis sobre as doenças profissionais, incluindo dados relativos a doenças profissionais causadas pela exposição a perigos no local de trabalho durante a juventude (EU-OSHA, 2007).

Além de causarem um sofrimento humano inestimável, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais constituem um custo económico significativo, ascendendo a uma perda anual estimada de 3,94 por cento do PIB mundial (ILO, 2017c). Para a sociedade, os custos dos acidentes graves sofridos pelos/as trabalhadores/as jovens e a longo prazo e as incapacidades que deles resultam, pode ser muito mais elevados de que os relacionados com os/as trabalhadores/as menos jovens que sofrem acidentes similares.
As consequências das lesões causadas por acidentes ou doenças profissionais, são mais graves quando ocorrem no início da vida profissional. Um/a trabalhador/a jovem com uma incapacidade permanente ou temporária de longo prazo, pode deixar de ser um membro ativo da sociedade e fazer pouco uso da educação e da formação que recebeu.”

Fonte: Relatório da OIT








Dia 28 de abril - Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Napo e as substâncias perigosas


E porque a nova Campanha 2018-19 - Locais de trabalho saudáveis: gerir as substâncias perigosas, está quase a iniciar, divulgamos o filme do Napo e as substâncias perigosas.

 Parte 1

O Napo aparece numa série de pequenas animações a trabalhar com substâncias químicas que são irritantes, inflamáveis, corrosivas, tóxicas ou perigosas para o ambiente. Cada uma das animações é seguida por uma breve sequência que mostra como evitar os acidentes, adotando práticas de trabalho seguras.

Este filme é adequado para todos sectores e níveis de empregados, em especial para os jovens em formação ou em estágio. O objetivo é chamar a atenção para a importância da rotulagem das substâncias químicas.

O Napo é confrontado com a utilização de substâncias químicas. Seis sequências mostram primeiro os procedimentos incorrectos e, depois, os procedimentos corretos respeitando as instruções de segurança. O filme cobre seis dos nove símbolos de segurança e foca brevemente o risco dos explosivos.




Estados Unidos: Doença do pulmão negro em ascensão




Um artigo publicado a 6 de fevereiro de 2018 no Jornal da Associação de Médicos Americana noticiou que os investigadores do Instituto Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho identificaram 416 casos de elevada fibrose progressiva, habitualmente designada por “doença do pulmão negro”, entre os mineiros de carvão dos Apalaches centrais entre 2013 e 2017.

Até recentemente, tem sido rara a ocorrência de novos casos de pulmão negro, mas este estudo sugere que a incidência está a aumentar.

Leia o artigo completo aqui.


Avaliação técnica da expansão do 2º Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER-2)



Este relatório delimita as conclusões de uma avaliação técnica detalhada feita ao segundo Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER-2).

 A avaliação foi solicitada a fim de averiguar, em particular, o impacto da expansão do universo inquirido, de modo a incluir micro-empresas e empresas nos setores agrícola, florestal e pesqueiro. 

A inclusão destas empresas não parece ter reduzido a qualidade dos dados. Este é um passo importante rumo ao desenvolvimento de uma base de evidências fiável, dado que estas empresas contribuem de forma significativa para a economia.

O relatório também inclui algumas recomendações de melhoria para os procedimentos de amostragem que podem ser implementados antes do ESENER-3.

Descarregue o relatório aqui.

Comissão Europeia toma medidas adicionais para proteger melhor os trabalhadores contra o cancro no trabalho





A Comissão propôs que se limitasse a exposição dos trabalhadores a mais cinco agentes químicos cancerígenos, além dos 21 já visados desde o início do mandato. 

As previsões indicam que a proposta agora feita irá melhorar as condições de trabalho de mais de um milhão de trabalhadores europeus e prevenir mais de 22 mil casos de doenças profissionais. 

Esta medida insere-se no âmbito dos esforços contínuos da Comissão no sentido de melhorar a proteção dos trabalhadores face a químicos nocivos, de modo a prevenir mais casos de cancro relacionado com o trabalho, bem como outros problemas de saúde.

Aceda aqui ao comunicado de imprensa da Comissão Europeia.

Sessão de Lançamento das Comemorações DNPST // Marinha Grande



No próximo dia 28 de abril e à semelhança dos anos anteriores, a ACT irá promover a Sessão de Lançamento das Comemorações do DNPST 2018. Esta terá lugar na Escola Secundária Calazans Duarte, na Marinha Grande.


Este ano a Organização Internacional do Trabalho, escolheu como tema de campanha do Dia Mundial para a Segurança e Saúde no Trabalho: “Generation Safe & Healthy” através da promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho, junto da atual e próxima geração de trabalhadores.

A Sessão de Lançamento das Comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho, irá decorrer no Auditório da Escola Secundária Calazans Duarte, na Marinha Grande e contará necessáriamente com a participação dos Parceiros Sociais, numa mesa redonda subordinada ao tema: 


 “O Perfil do Aluno: como fomentar a cultura de prevenção na próxima geração de trabalhadores”. da parte da UGT marcará presença neste debate a responsável pelo pelouro da SST, Vanda Cruz.