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terça-feira, 30 de abril de 2019

O Dia Mundial da SST centra-se na segurança e saúde laborais e no futuro do trabalho


 

 


Este ano, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho chama a atenção para o futuro do trabalho e o seu impacto na segurança e saúde no trabalho.

Celebrado todos os anos a 28 de abril, este dia serve de mote para uma campanha global de promoção do trabalho seguro, saudável e digno.
O Dia Internacional em Memória dos Trabalhadores é celebrado na mesma data. Este ano, o lema da campanha organizada pela CSI (Confederação Sindical Internacional) é «Assumir o controlo – eliminar as substâncias perigosas do local de trabalho».

Leia os nossos artigos de blogue para saber mais sobre estas importantes campanhas globais e o modo como a EU-OSHA contribui para a sua visibilidade:

 

Fonte: OSHA


segunda-feira, 29 de abril de 2019

Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho



 Comunicado UGT

O movimento sindical internacional comemora neste dia, pelo 24° ano consecutivo, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. A efeméride tem como objetivo homenagear as vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais e encontra-la associado ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho promovido em todo o mundo pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), como forma de homenagear as vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais. 

O objetivo deste dia é constituir-se numa jornada de denúncia, de sensibilização, de alerta, mas também de luta, neste nosso mundo globalizado onde anualmente perdem a vida cerca de 2,34 milhões de pessoas vítimas de acidentes de trabalho e doenças relacionadas com o trabalho. 

A UGT em consonância com todos parceiros da CSI (Confederação Sindical Internacional) e todos aqueles que se associam a esta efeméride não quer deixar de salientar que esta jornada representa um momento de reflexão ímpar no mundo do trabalho e na sociedade em geral. A UGT nunca aceitou a ideia de que os acidentes e as doenças são "ossos do ofício".

A prevenção funciona. A experiência demonstra que uma cultura de segurança e saúde no trabalho sólida é benéfica para as trabalhadoras e trabalhadores, empregadores e governos, quando estes actores estão verdadeiramente comprometidos com este desiderato. Os Representantes dos Trabalhadores em Segurança e Saúde no Trabalho têm aqui um papel fundamental para que a prevenção seja efetivada. 

Este ano a "Segurança é Saúde no Trabalho no Centro do Futuro do Trabalho" é o tema da campanha do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Esta nova era do trabalho marcada por grandes mudanças tecnológicas coloca novos e importantes desafios às trabalhadoras e aos trabalhadores e aos sindicatos. 

As tendências indicam que, até 2025, as tecnologias baseadas nas TIC, incluindo a inteligência artificial e a robótica, terão alterado os equipamentos, as ferramentas e os sistemas utilizados para organizar, gerir e fornecer produtos, serviços e conhecimentos, potenciando os riscos psicossociais e a introdução de novos materiais cujos riscos ainda não foram amplamente estudados.

Quais as consequências desta nova era digital para a Segurança e Saúde no Trabalho? Sabemos que o impacto das novas tecnologias na organização do trabalho é enorme, tendo como resultado a desregulamentação do mercado de trabalho, a supressão de mão - de - obra ou na sua requalificação, sendo que afigura-se, igualmente, fundamental estarmos preparados para as consequências das novas tecnologias na própria natureza da atividade laboral, tais como a redução do tempo de descanso, horários de trabalho inadequados à capacidade de resposta, remunerações variáveis redução de privacidade e uma protecção de segurança e saúde no trabalho inadequada.

Diz a Lei n. 102/2009, de 10 de Setembro, que transpõe a Diretiva Comunitária 89/391/CEE, que estabelece o Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, num dos seus princípios fundamentais que: " O desenvolvimento tecnológico deve promover a humanização do trabalho". Será que temos esta prática quando falamos destas novas formas de trabalho? Ou será que estamos a assistir a um proliferar de mercado que utiliza a tecnologia, não para humanizar o trabalho e promover melhores condições de trabalho, mas pelo contrário, precisamente para desregular e desumanizar?

É sobre isto que os Sindicatos e a sociedade devem refletir neste dia e principalmente colocar, nas suas agendas, estas preocupações.

Hoje, como sempre, a UGT associa-se às centenas de centrais sindicais que, em mais de 120 países, estou de luto pelos seus trabalhadores vitimados mortalmente por acidentes de trabalho e doenças profissionais. Também neste dia a UGT associa-se igualmente às centenas de centrais sindicais que, por todo o mundo, se erguem na luta por condições de trabalho e de vida digna para todas trabalhadoras e todos os trabalhadores. 

Prestamos hoje homenagem aos 131 trabalhadores que perderam a vida a desempenhar a sua atividade profissional, durante o ano de 2018. Acompanhados a Confederação Europeia de Sindicatos, na sua comunicação sobre o dia de hoje, que reforça que o "trabalho é para ganhar a VIDA e não causar a morte!" 

Não podemos deixar de reforçar que de acordo com um estudo da Agência Europeia de Segurança e Saúde no Trabalho, 1€ investido em boa prevenção de Segurança e Saúde no Trabalho pode proporcionar uma rentabilidade de 12:1, ou seja, um benefício de 12€ por cada euro investido. 

Por tudo isto fica as perguntas: estas enfermidades poderiam ser evitadas? Este sofrimento poderia ser evitado? Para a UGT, sim, poderiam ser evitadas!!

Refletamos todos sobre isto!!!!


Novo relatório da OIT revela que as mudanças no trabalho estão a fazer emergir problemas de segurança e saúde até agora desconhecidos





Anualmente 2,78 milhões de trabalhadores e trabalhadoras morrem devido a acidentes de trabalho e doenças profissionais (2,4 milhões dos quais por motivo de doenças) e 374 milhões são vítimas de acidentes de trabalho não fatais, revela o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A OIT, por ocasião do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, divulga o seu novo relatório “Segurança e saúde no centro do futuro do trabalho: Tirando partido de 100 anos de experiência”, no qual analisa os 100 anos de trabalho desta organização dedicados à melhoria das condições de  saúde e segurança no trabalho (SST), e destaca os problemas emergentes nesta área no mundo do trabalho.

“Assim como observamos um maior interesse na prevenção dos riscos reconhecidos, também constatámos mudanças profundas nos nossos postos de trabalho e na forma como trabalhamos. Necessitamos de estruturas de segurança e saúde que espelhem essas alterações, a par de uma cultura geral de prevenção que incentive a responsabilidade partilhada”, disse Manal Azzi, especialista técnica da OIT sobre segurança e saúde no trabalho.
“Além do custo económico devemos reconhecer o incomensurável sofrimento humano que causam estas enfermidades e acidentes. E são ainda mais trágicos porque em grande medida podem ser evitados”, explica.
O relatório destaca quatro grandes forças transformadoras que impulsionam as mudanças, referindo ainda que todas oferecem oportunidades de melhoria.
  • Em primeiro lugar, a tecnologia – como a digitalização, a robótica e a nanotecnologia –  podem também afetar a saúde psicossocial e introduzir novos materiais com riscos para a saúde que não foram ainda tidos em consideração.  Aplicada corretamente, também pode contribuir para a redução da exposição  aos riscos profissionais, facilitar a formação e a inspeção do trabalho.
  • As mudanças demográficas são relevantes porque se registam níveis elevados de lesões profissionais na população jovem trabalhadora,  por outro lado também  é necessário assegurar   métodos de trabalho e equipamento que garantam a segurança e a saúde dos trabalhodores menos jovens.  As mulheres –  em número crescente no  trabalho– são mais propensas a trabalhar em formas atípicas de emprego e correm maiores riscos de sofrer lesões musculoesqueléticas.
  • Em terceiro lugar, o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas que abrem espaço a riscos como a contaminação do ar, o stress pelo excesso de calor, a doenças emergentes, as alterações nos padrões  de precipitação  detemperatura, podendo ocasionar a perda de postos de trabalho. Mas também, serão criados novos empregos graças à economia verde.
  • Para finalizar, as alterações na organização do trabalho podem dar lugar a uma flexibilidade que permita que um maior número de pessoas entre no mundo do trabalho, mas também pode originar problemas psicossociais (p. ex, insegurança, redução da privacidade e  do tempo de descanso, ou uma proteção inadequada em matéria de SST e de proteção social) e horários de trabalho excessivos.
Com base nestes desafios, o relatório propõe seis áreas  nas quais se devem concentrar responsáveis políticos e outros parceiros relevantes. 
·       Antecipar os riscos novos e emergentes para a SST;
·       Adotar uma abordagem multidisciplinar;
·       Estabelecer uma maior relação com a saúde pública;
·       Melhor comprensão acerca dos assuntos relacionados com a SST;
·       Reforçar as normas internacionais do trabalho e a legislação dos países;
·       Potenciar a  colaboração entre governos, representante dos empregadores e dos trabalhadores.

Em anexo as versões ES, EN e FR do Relatório da OIT.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Comunicado da CES – 28 de abril de 2019




O Trabalho é ganhar VIDA

Não causar morte

Quase duzentas mil pessoas morrem todos os anos na União Europeia como resultado de doenças e acidentes no local de trabalho.

A realidade é muito pior – existe uma massiva subnotificação por parte dos empregadores e quando um trabalhador morre exercendo a sua atividade profissional, tal situação é uma tragédia para a sua família.

A Confederação Europeia de Sindicatos apela à União Europeia - em particular aos candidatos ao Parlamento Europeu, nas próximas eleições europeias, no mês de maio, assim como aos futuros comissários europeus, para:

- Definir objetivo zero para o cancro no local de trabalho.

Para atingir esse objetivo, definir limites de exposição obrigatórios para pelo menos 50 substâncias causadoras de cancro (24 substâncias foram acordadas pelo atual Parlamento e Comissão Europeia).

- Criar uma Diretiva sobre stresse no trabalho em que obrigue os empregadores a adotar procedimentos de prevenção do risco ao stresse e medidas para o combater no local de trabalho.

- Criar uma Diretiva sobre a prevenção de lesões músculo-esqueléticas provocadas no local de trabalho (prevenção das dores nas costas, joelhos e articulação dos dedos).

- Lançar um debate durante o período de vigência do novo Parlamento e da Comissão sobre a prevenção das mortes nas estradas relacionadas com o trabalho e o suicídio relacionado com o trabalho, com vista a tomar novas medidas.


- " Trabalhar é ganhar a vida ", disse Esther Lynch, Secretária Confederal da CES, " e não causar a morte”.

A UE deve trabalhar no sentido de prevenir as mortes relacionadas com o trabalho e adotar uma meta oficial para o cancro no local de trabalho.

“A legislação da UE é fundamental para obrigar os empregadores a implementar a avaliação dos riscos, prevenir e combater o stresse relacionado com o trabalho e para acabar com este flagelo dos suicídios causados pelo stresse relacionado com o trabalho.”

“ A UE também deve tomar medidas com o intuito de reduzir o sofrimento de milhões de trabalhadores que sofrem de dores músculo-esqueléticas – dores nas costas, joelhos e outras dores nos tendões, articulações. Músculos e nos ossos.”
Sobre as mortes nas estradas e suicídios relacionados com o trabalho, a Secretária da Confederação Europeia de Sindicatos, Esther Lynch acrescentou: “ Sabemos que uma grande proporção de mortes na estrada está relacionada com o trabalho e com a economia digital, pois há um aumento de pessoas a transportar mercadorias na estrada. Precisamos que essas plataformas criem as condições necessárias de forma responsável e tomem medidas para proteger os trabalhadores e prevenir as mortes nas estradas relacionadas com o trabalho.

Sabemos também que esses trabalhadores estão cada vez mais sujeitos à violência. No suicídio relacionado com o trabalho, precisamos de estudos e estatísticas, bem como ações para prevenir tal problema.

O Dia 28 de abril é o dia em que os sindicalistas de todo o mundo "lembram os mortos e lutam pelos vivos" e pressionam os governos e os empregadores a tomar medidas para que, em conjunto, com os sindicatos consigamos evitar acidentes de trabalho mortais e não mortais, lesões e doenças profissionais.

Entre o ano 2014 e 2019 (correspondente ao atual mandato do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia) estima-se que cerca de 500.000 pessoas morreram com cancro relacionado com o trabalho num total de 900.000 a 1 milhão de mortes relacionadas com o trabalho, no mesmo período nos estados membros da UE.

Tradução baseada na versão oficial da CES disponível Aqui.




Infografia – Tipos de cancro e causas relacionadas com o trabalho






No âmbito da Campanha “Ter o controle - Eliminar as sustâncias perigosas dos locais de trabalho”, a CSI publicou uma infografia que mostra os fatores de risco de cancro nos locais de trabalho.
Este cartaz encontra-se em espanhol, sendo objetivo do Departamento de SST da UGT traduzi-lo posteriormente para português e proceder à sua disseminação.


28 de abril de 2019 - “A Segurança e Saúde no Trabalho no centro do Futuro do Trabalho ”


Por ocasião do centenário da OIT e das discussões sobre o futuro do trabalho, o Dia Mundial deste ano pretende realizar um balanço dos 100 anos em que a Organização do Trabalhou para melhorar a Segurança e a Saúde no Trabalho e olhar para o futuro, encetando esforços pata fazer face às importantes mudanças que estão a ocorrer no mundo laboral, em áreas como a tecnologia, a demografia, a organização do trabalho e a mudança climática.

A OIT apresentou um relatório global para esse efeito, no qual compartilhou um histórico de 100 anos a salvar vidas e a promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis.

O Relatório tem como objetivo perceber a evolução da Segurança e Saúde ocupacional antes da fundação da OIT, em 1919, até hoje.

Mais importante ainda, o Relatório global aborda as mudanças nos padrões de emprego, na tecnologia (digitalização e CIT, trabalho em plataformas digitais, automação e robótica), na demografia, na globalização, na mudança climática e outros fatores que afetam as dinâmicas no mundo laboral.

Para aprofundar a discussão, a OIT apresenta 33 artigos de opinião escritos pelos verdadeiros protagonistas da comunidade da Segurança e Saúde no Trabalho em todo o mundo, que compartilham mensagens importantes e testemunhos sobre SST e o futuro do trabalho.


O relatório ainda não se encontra disponível.

Campanha CSI Assumir o controle - Remover as substâncias perigosas do local de trabalho”.




Os produtos químicos encontram-se presentes em muitos lados. Prevê-se que a indústria mundial se multiplique por quatro em 2060.

A exposição a substâncias tóxicas nos locais de trabalho é responsável pela perda de, pelo menos, um milhão de vidas todos os anos.

Sharan Burrow, Secretaria General da CSI explica a necessidade de uma nova campanha sindical para enfrentar esta carnificina química.

A CSI, no âmbito das comemorações do Dia Internacional em Memória dos Trabalhadores Vítimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, iniciou uma importante campanha, cujo tema é Assumir o controle - Remover as substâncias perigosas do local de trabalho” (Tomar el control – eliminar sustancias peligrosas del lugar de trabajo). Esta campanha pretende atingir o objetivo de “Cancro Zero” e insta, para este efeito, os trabalhadores e representantes dos trabalhadores a tomar medidas para eliminar ou minimizar a exposição a agentes cancerígenos nos locais de trabalho.

Naturalmente, que as organizações filiadas têm a liberdade de alterar o tema, ajustando-o às suas prioridades locais.

Durante as próximas semanas, a CSI irá elaborar material de informação e sensibilização para apoiar a preparação desta campanha.

Entretanto, existem já materiais elaborados pela CSI sobre este tema, os quais deixamos, desde já, referenciados:






Sessão de lançamento das Comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho // Lisboa




A ACT, a OIT e a Câmara Municipal de Lisboa associam-se para organizar o evento de lançamento das comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho.

Para este ano, a Organização Internacional do Trabalho, escolheu como tema da campanha do Dia Mundial para a Segurança e Saúde no Trabalho: “A Segurança e Saúde no Trabalho no centro do Futuro do Trabalho ” inspirando-se no centenário que comemora em 2019, e nas discussões sobre o futuro do trabalho com o objetivo de fazer um balanço de 100 anos na melhoria das condições de trabalho perspetivando o esforço contínuo através das grandes mudanças tecnológicas, demográficas, na aposta no desenvolvimento sustentável, nas mudanças climáticas e as consequentes mudanças na organização do trabalho.

Desde 1996 é comemorado em todo o mundo o dia 28 de abril como forma de homenagear as vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais. Em Portugal, a Assembleia da República, através da Resolução nº 44/2001, instituiu oficialmente o dia 28 de abril como “Dia Nacional De Prevenção e Segurança no Trabalho”, recomendando ao Governo, no âmbito das respetivas comemorações, a realização de campanhas de informação, formação e prevenção com o objetivo de reduzir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.

Fonte: ACT

Aceda ao Programa Aqui.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Campanha CSI " Ter o controle - Eliminar as substâncias perigosas dos locais de trabalho”.






Os produtos químicos encontram-se presentes em muitos lados. Prevê-se que a indústria mundial se multiplique por quatro em 2060.

A exposição a substâncias tóxicas nos locais de trabalho é responsável pela perda de, pelo menos, um milhão de vidas todos os anos.

Sharan Burrow, Secretaria General da CSI explica a necessidade de uma nova campanha sindical para enfrentar esta carnificina química.

A CSI, no âmbito das comemorações do Dia Internacional em Memória dos Trabalhadores Vítimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, iniciou uma importante campanha, cujo tema é “Ter o controle - Eliminar as sustâncias perigosas dos locais de trabalho” (Tomar el control – eliminar sustancias peligrosas del lugar de trabajo). Esta campanha pretende atingir o objetivo de “Cancro Zero” e insta, para este efeito, os trabalhadores e representantes dos trabalhadores a tomar medidas para eliminar ou minimizar a exposição a agentes cancerígenos nos locais de trabalho.

Naturalmente, que as organizações filiadas têm a liberdade de alterar o tema, ajustando-o às suas prioridades locais.

Durante as próximas semanas, a CSI irá elaborar material de informação e sensibilização para apoiar a preparação desta campanha.

Entretanto, existem já materiais elaborados pela CSI sobre este tema, os quais deixamos, desde já, referenciados:





Estimativas apontam para que 36% dos trabalhadores em todo o mundo trabalhem em excesso


A Organização Internacional do Trabalho estimou num estudo, que será publicado na íntegra a 28 de Abril, que 36% dos trabalhadores em todo o mundo trabalham em excesso: mais de 48 horas semanais.

 

Todos os anos morrem 2,4 milhões de pessoas por doenças relacionadas com o trabalho e 374 milhões sofrem acidentes de trabalho.

 

A conclusão consta do relatório “Segurança e Saúde no coração do Futuro do Trabalho: construir sobre 100 anos de experiência” que foi esta quinta-feira apresentado em Genebra, mas cujo conteúdo integral será apenas publicado em 28 de abril, no âmbito da celebração do dia mundial da segurança e saúde no trabalho.

 

Fonte: Observador

 

Saiba mais Aqui.


Metro de Madrid indemniza família de trabalhador vítima de doença profissional por exposição ao amianto



 

 

O Metro Madrid vai indemnizar em 371.733,65 euros a família de Julio Martín, trabalhador que faleceu em consequência da exposição ao amianto.


Na sentença considerou-se devidamente legitimado que o trabalhador sofreu de cancro no pulmão devido à " inalação de amianto

 

 

Saiba mais Aqui

 

 

 

 


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Género e substâncias perigosas: promover a segurança e a inclusão no local de trabalho



 


Homens e mulheres estão concentrados em diferentes setores; os homens trabalham mais na indústria e as mulheres nos serviços. E em muitos locais de trabalho, como aqueles que envolvem trabalho manual ou serviços baseados em serviços, homens e mulheres são obrigados a concluir diferentes tarefas ou tarefas que poderiam significar que eles estão expostos a diferentes substâncias perigosas.

No entanto, pesquisas sugerem que a exposição é menos frequentemente monitorizada e abordada do que em trabalhos industriais dominados por homens.



Saiba mais Aqui.


Do risco ao acidente: que possibilidades para a prevenção?




Mais um interessante artigo da autoria de João Areosa.

“ Se considerarmos a eminente quantidade de riscos que determinadas organizações incorporam, bem como a sua elevada gravidade, podemos então considerar, metaforicamente, algumas destas organizações como autênticas fábricas de riscos. Os acidentes só ocorrem porque existem riscos a montante. Sabendo que os riscos são de certo modo omnipresentes, torna-se utópico pensar que poderemos eliminar todos os acidentes. Neste artigo, pretendemos confrontar as principais virtudes e limitações de alguns modelos para a análise dos acidentes. As perspectivas que iremos apresentar e confrontar, embora de forma sucinta, são as seguintes: o modelo sequencialista; a perspectiva epidemiológica dos acidentes; o paradigma sociotécnico dos desastres de origem humana; a abordagem sistémica dos acidentes, particularmente a perspectiva dos “acidentes normais” e, finalmente, o modelo organizacional dos acidentes.”


Aceda Aqui.

Ferramenta de visualização de dados sobre trabalho mais seguro e saudável em qualquer idade



 

 

Esta ferramenta de visualização de dados destaca as principais conclusões de um estudo realizado pela EU‑OSHA, a pedido do Parlamento Europeu, que visou a compreensão das questões de segurança e saúde no trabalho (SST) no contexto do envelhecimento da população ativa.
Esta ferramenta faculta acesso a uma apresentação visual de dados referentes a demografia, emprego, condições de trabalho e saúde no contexto do envelhecimento da população ativa, e a SST e políticas conexas de resposta aos desafios.

A ferramenta é interativa e os utilizadores podem:

·  - Encontrar informações sobre os desafios associados ao envelhecimento da população ativa europeia;
·        
· - Conhecer políticas,estratégias e programas em vigor nos diferentes Estados‑membros da UE;
·       Examinar a diversidade demográfica e socioeconómica, bem como as diferenças entre os sistemas sociais e de saúde de quatro «grupos de países» europeus, e a importância destes aspetos para o desenvolvimento de políticas;

·      - Usar os «perfis de países» para comparar as estratégias em matéria de SST relacionada com idade e de reabilitação de cada país com a UE no seu conjunto e outros países europeus.

É disponibilizado um glossário de termos frequentemente utilizados e os utilizadores podem partilhar a ferramenta no Twitter ou no Facebook, por exemplo.

 

 


terça-feira, 16 de abril de 2019

Dia Mundial da Voz – Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais no Setor da Educação






No âmbito da Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais no Setor da Educação desenvolvida pela UGT , foram levadas a cabo ações de informação e sensibilização sobre os riscos profissionais a que estes profissionais se encontram sujeitos, entre eles os relacionados com o uso da voz.

Tendo em conta que hoje se assinala o Dia Mundial da Voz, não podemos perder a oportunidade de disseminar o folheto informativo sobre esta temática.


A VOZ DO PROFESSOR: PROTEGER, CUIDAR, USUFRUIR

A voz do professor: proteger, cuidar, usufruir

A voz é um instrumento de trabalho fundamental da profissão de professor. Na verdade, o professor é um profissional da voz e, como tal, deve cuidar da sua voz para que a possa utilizar sempre nas melhores condições de saúde e com a máxima qualidade.

Como profissionais da voz, os professores são um grupo de risco: o abuso e, por vezes, o uso indevido da voz, conduzem  frequentemente a problemas de saúde vocal que perturbam, ou mesmo inviabilizam, o exercício da profissão. Por isso, o professor deve cuidar e proteger a sua voz e aprender a utilizá-la de modo a usufruir de todas as possibilidades que este instrumento privilegiado de comunicação lhe oferece.

Principais causas de problemas vocais:

- Ineficiência de técnicas respiratórias.
- Ineficácia dos gestos de projecção vocal em sala de aula.
- Uso prolongado da voz falada, por vezes em situações de fadiga e de stress.
- Necessidade de falar para grandes grupos em espaços de pobre qualidade acústica.
- Necessidade de falar sobre barulho de fundo.
- Exposição a substâncias irritantes tais como o tabaco ou o álcool.
- Problemas de saúde tais como alergias, infecções, refluxo gastroesofágico
Principais problemas vocais:
- Disfonia, afonia (rouquidão) provocadas por edemas das cordas vocais. Nódulos e pólipos das cordas vocais.

Sinais de alerta:

- Rouquidão continuada (mais de seis dias), perda de voz inexplicável, voz débil ou permanentemente cansada, necessidade constante de pigarrear, incapacidade de projectar a voz, dor sistemática na garganta ou sensação de objecto estranho na garganta.

Cuidados de higiene e saúde vocal:

- Manter-se hidratado consumindo água suficiente. Evitar bebidas desidratantes como o café e o álcool. Evitar consumir alimentos como o chocolate e os produtos lácteos antes do uso profissional da voz. Não fumar.

- Aprender a reconhecer sinais de cansaço vocal. Adoptar estratégias de descanso vocal após abuso vocal utilizando, por exemplo, métodos activos em sala de aula permitindo-lhe permanecer em silêncio por alguns períodos de tempo. Permitir-se momentos de pausa vocal durante o dia.

- Não se auto-medicar: o uso da aspirina, por exemplo, pode ter efeitos hemorrágicos nas cordas vocais. Alguns anti-histamínicos têm efeitos desidratantes. Muitas pastilhas para a garganta, especialmente as que contém mentol, são desidratantes.

- Ter especial atenção quando se tem doenças que envolvem o tracto respiratório - tais como alergias, constipações, gripes, sinusites, etc - pois conduzem frequentemente a problemas vocais.

- Os estados emocionais afectam a eficácia fisiológica da voz e, consequentemente, a qualidade da voz falada. Assim, é preciso estar consciente de que em condições emocionais adversas o normal funcionamento da voz é afectado exigindo, por isso, especial atenção.

Comportamentos vocais adequados:

- Evitar falar em locais de muito ruído como salas de professores, carros ou aviões.

- Evitar gritar. Em vez disso assobiar, bater palmas ou usar um apito para chamar a atenção.

 - Evitar sussurrar.

- Evitar pigarrear. Beber água para controlar a necessidade de pigarrear e procurar o diagnóstico do problema conducente ao pigarreio.

 - Evitar tossir. Beber água e procurar o diagnóstico do problema conducente à tosse.

Aquecimento

No início do dia o professor deve aquecer a sua voz. Alguns exercícios de boca fechada e em consoantes vozeadas na região média da voz podem ser eficazes para o efeito.

Relaxamento e Respiração

- Praticar técnicas de relaxamento para manter o corpo relaxado de modo a optimizar o uso vocal.

- Adoptar uma respiração relaxada, pausada e fundamentalmente controlada pelos músculos abdominais. Falar devagar dando tempo para a respiração.

- Não puxar o ar para a inspiração, nem empurrar o ar para falar.

- Permitir o retomar natural da inspiração. Manter a flexibilidade muscular durante o ciclo respiratório.

Postura

- Ter consciência da postura corporal e em como esta afecta a qualidade da ressonância e da projecção vocal. Uma postura com um bom alinhamento corporal é fundamental.

Articulação e Projecção

- Usar os articuladores de modo flexível, manter o maxilar e a língua relaxados. Manter um espaço entre o maxilar superior e inferior enquanto se articula.

- Prolongar as vogais e não sobrevalorizar as consoantes.

- Utilizar uma prosódia acentuada – melodia e ritmo da voz falada – evitando assim o cansaço vocal.

- Procurar falar numa frequência confortável para a voz. Subir um ou dois tons relativamente à frequência média da voz falada quando se pretender falar em público.

Adequação à acústica das salas

- Ambientes revestidos de superfícies tais como madeira, vidro, espelho, metal, são ambientes com elevada reverberação, pois estas superfícies são reflectoras do som. O professor deve adequar-se a esta acústica falando mais devagar e pausadamente e não enfatizar o volume da voz.

- Ambientes revestidos com materiais tais como alcatifas, cortinados, esponjas, são ambientes secos, pois estes materiais absorvem o som. São ambientes extremamente fatigantes para a fonação, o professor deve utilizar todos os recursos de projecção vocal que possuir e, idealmente, falar com microfone.


Voz e comunicação em sala de aula

Parte significativa da comunicação não verbal ocorre através da prosódia da voz falada. A consciência de que esta comunicação se realiza, a todo o momento, independentemente dos conteúdos a transmitir, é fundamental para que o profissional da voz possa manipular a sua voz – inflexão, timbre, velocidade, melodia, ritmo, altura, etc – tendo em conta os fins a atingir. 

A qualidade vocal do professor exibe a todo o momento os seus estados emocionais e estes são ouvidos e entendidos pelo aluno permanentemente. A manipulação desta qualidade pode pois ser utilizada com fins pedagógicos tais como os de manter a atenção e a motivação do interlocutor pelo discurso.

A voz é, pois, veículo de comunicação verbal e não verbal!



PROTEJA A SUA VOZ, CUIDE DA SUA VOZ, USUFRUA DA SUA VOZ!