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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Relatório - Como responder aos problemas de saúde crónicos no local de trabalho?




A Eurofound publicou recentemente um Relatório - Como responder aos problemas de saúde crónicos no local de trabalho? – em que se debruça sobre uma evidência: o número de trabalhadores que vivem com condições de saúde crónica está a aumentar na UE. Tais condições afetam a capacidade dos trabalhadores no desenvolvimento das suas atividades profissionais. Enquanto alguns não conseguem continuar a trabalhar, muitos desejam e poderiam continuar a fazê-lo, se no seu local de trabalho fossem realizadas adaptações para acomodar as suas necessidades.

Analisa, pois, a problemática das doenças crónicas nos locais de trabalho da UE: a sua prevalência e o impacto destas na capacidade de trabalho, conferindo particular importância à análise das situações em que os locais de trabalho procedem a ajustes para os trabalhadores com doenças crónicas e o efeito disso na sua qualidade do trabalho.

Constata que a maioria dos trabalhadores portadores de uma doença crónica que limita a sua capacidade de trabalhar não beneficia de adaptações no seu local de trabalho.

Confere especial atenção à necessidade dos decisores políticos manterem a participação da força de trabalho como uma questão fundamental no contexto do envelhecimento demográfico e da queda da população em idade ativa.

 Segue a tradução da Introdução deste importante relatório:


" Os trabalhadores portadores de uma doença crónica têm perspetivas reduzidas de emprego e de rendimentos, em parte porque são mais propensos a abandonar o mercado de trabalho mais cedo ou porque devido à sua condição é mais difícil voltarem a ser integrados no mercado de trabalho após uma ausência prolongada.

De acordo com dados da Pesquisa sobre Saúde, Envelhecimento e Reforma na Europa, enquanto 74% dos indivíduos saudáveis entre os 50 e 59 anos encontram-se empregados, tais valores diminuem para 70% entre aqueles com uma doença crónica e desce para 52% no caso de trabalhadores portadores de duas doenças crónicas.

Não estar no trabalho priva as pessoas dos benefícios que o emprego pode trazer para o seu bem-estar, qualidade de vida, segurança financeira e inclusão social. Também reduz a mão-de-obra disponível para os empregadores e conduz a uma maior dependência do sistema de benefícios e de pensões sociais.

Enquanto algumas pessoas com condições crónicas não conseguem continuar a trabalhar, muitas desejavam e seriam capaz de continuar a fazê-lo, se lhes fosse permitido o apoio apropriado e a adaptação do seu posto de trabalho às suas necessidades.

O impacto das doenças crónicas na força de trabalho é uma preocupação crescente para os decisores políticos.

A crescente parcela de trabalhadores mais velhos traz ao cimo a questão da sustentabilidade do emprego. E, embora as doenças crónicas sejam mais comuns entre os trabalhadores idosos, acontece que uma parcela crescente de trabalhadores mais jovens relata doenças de longa data. Isto também apresenta uma preocupação política, principalmente por causa da exclusão precoce do mercado de trabalho de indivíduos em estados iniciais de carreira.

Utiliza dados reunidos pela Eurofound e pelo Eurostat para estabelecer:

£ A prevalência da doença crónica na força de trabalho da UE;

£ Até que ponto os trabalhadores com doenças crónicas têm limitações no seu quotidiano, incluindo a capacidade de trabalhar;

£ Até que ponto os locais de trabalho são adaptados às necessidades desses trabalhadores;

£ Se essas adaptações tornaram o seu trabalho mais sustentável.

O resumo da política destaca também as diferenças entre os Estados-Membros, bem como as diferenças de acordo com fatores sociodemográficos, como o sexo, a idade, e outros relacionados com o trabalho, como o setor e a atividade dos trabalhadores.

Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda ao Relatório Aqui


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Autoridade Europeia do Trabalho inicia funções



A Autoridade Europeia do Trabalho (AET) iniciou os seus trabalhos no passado dia 16 de outubro, em Bruxelas, com uma cerimónia de inauguração e a primeira reunião do seu Conselho de Administração.

A Inspetora-Geral da ACT, Luísa Guimarães, é a representante portuguesa na AET.

Os objetivos da Autoridade Europeia do Trabalho são:


- Facilitar o acesso à informação e disponibilizar serviços aos cidadãos e às empresas em matéria dos seus direitos e obrigações;

- Facilitar a cooperação entre os Estados-Membros na aplicação do direito da União, no âmbito do seu mandato, nomeadamente facilitando a realização de inspeções concertadas e conjuntas e combatendo o trabalho não declarado;

- Mediar e facilitar soluções em caso de litígios transfronteiras. 


Fonte: ACT




UGT-Aveiro promoveu debate sobre Segurança e Saúde no Trabalho



A UGT-Aveiro realizou, no dia 25 de Outubro, um seminário temático sobre “Acidentes de Trabalho & Doenças Profissionais”, na qual a UGT se fez representar pelo seu Secretário-geral, Carlos Silva, e pela Secretária Executiva da UGT, Vanda Cruz.
Neste encontro os participantes debateram o que é a Segurança no trabalho, o que é considerado doença profissional e que medidas de prevenção devem ser adoptadas pelos trabalhadores e empresas no seu dia-a-dia.
A cultura de segurança é a forma mais prática que temos, para utilizar no dia-a-dia, com objectivo de diminuirmos os riscos de acidentes no local de trabalho e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. Visando minimizar e evitar acidentes ocorridos no ambiente laboral, o conceito da segurança no trabalho deve ser entendido como uma ciência, que estuda meios de proteger os trabalhadores no seu ambiente profissional, além de promover a saúde de forma geral, oferecendo melhor qualidade de vida aos trabalhadores das empresas.

sábado, 26 de outubro de 2019

UGT-Aveiro promove debate sobre Segurança e Saúde no Trabalho




UGT-Aveiro promove debate sobre Segurança e Saúde no Trabalho

A UGT-Aveiro realizou, no dia 25 de Outubro, um seminário temático sobre “Acidentes de Trabalho & Doenças Profissionais”, na qual a UGT se fez representar pelo seu Secretário-geral, Carlos Silva, e pela Secretária Executiva da UGT, Vanda Cruz.

Neste encontro os participantes debateram o que é a Segurança no trabalho, o que é considerado doença profissional e que medidas de prevenção devem ser adoptadas pelos trabalhadores e empresas no seu dia-a-dia.

A cultura de segurança é a forma mais prática que temos, para utilizar no dia-a-dia, com objectivo de diminuirmos os riscos de acidentes no local de trabalho e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. Visando minimizar e evitar acidentes ocorridos no ambiente laboral, o conceito da segurança no trabalho deve ser entendido como uma ciência, que estuda meios de proteger os trabalhadores no seu ambiente profissional, além de promover a saúde de forma geral, oferecendo melhor qualidade de vida aos trabalhadores das empresas.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Reportagem sobre o Burnout no trabalho - EXAUSTÃO




Milhares de portugueses sofrem de exaustão profissional, uma doença conhecida por Burnout e recentemente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, este ano. A causa desta doença é: o TRABALHO


O programa da RTP Linha da Frente registou testemunhos de vários trabalhadores afetados por este problema. 



 Veja o video Aqui.




quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Semana Europeia da Segurança e da Saúde no Trabalho 2019






Entre 21 e 25 de outubro, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) e a sua rede de parceiros assinalam um marco significativo na Campanha Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis. 

A Semana Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho visa sensibilizar para a segurança e saúde no local de trabalho e promover a prevenção ativa e participativa dos riscos. A Semana Europeia deste ano apoia a atual campanha — Locais de trabalho saudáveis: gerir as substâncias perigosas.


A EU-OSHA e os seus parceiros voltaram a unir esforços para organizar centenas de eventos e atividades  de sensibilização em toda a Europa, entre 21 e 25 de outubro.

A Semana Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho deste ano continua a apoiar o tema da atual Campanha Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis : gerir as substâncias perigosas no local de trabalho.

Contribua para tornar os locais de trabalho na Europa mais seguros e mais saudáveis através da promoção dos recursos da campanha , da participação num evento perto de si  ou da utilização da nossa ferramenta eletrónica sobre substâncias perigosas .


Fonte: OSHA

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Newsletter Internacional sobre Segurança e Saúde no Trabalho - 4ª Edição



Newsletter Internacional sobre Segurança e Saúde no Trabalho - 4ª Edição


Encontra-se disponível a 4ª Edição da Newsletter Internacional do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da UGT.
Destaca-se o editorial desta publicação:


As legítimas preocupações do Movimento Sindical Europeu e da União Geral de Trabalhadores


A UGT esteve, mais uma vez, representada no seminário ETUI do European Trade Union Institute - ETUI, “Together for Health and Safety”, discutindo prioridades e estratégias futuras para a Confederação Europeia de Sindicatos. A nova Comissão Europeia e o Parlamento Europeu têm a oportunidade de avançar em políticas que potenciem locais de trabalho mais seguros e saudáveis em toda a Europa.

 É necessária uma nova estratégia da UE em matéria de Segurança e Saúde que trate das principais causas de doenças relacionadas com o trabalho, tais como os como agentes cancerígenos, os fatores ergonómicos e o stresse. Defendemos que a estratégia europeia também deve incluir uma aposta na prevenção para que ocorram zero acidentes fatais no local de trabalho.

Para conseguir isso, os sindicatos devem estar totalmente envolvidos e comprometidos com a Saúde e Segurança na execução das suas ações sindicais. Também são necessários recursos e iniciativas legislativas, como por exemplo uma diretiva-quadro da UE sobre riscos psicossociais.

A UGT tem estado na linha da frente na defesa dos direitos dos trabalhadores nesta área, e continuamos expetantes relativamente, à designação do novo Comissário Europeu Nicolas Schmit, com a pasta do emprego e assuntos sociais, tentando perceber quão ambicioso será nas políticas apresentadas pela nova Comissão Europeia relativamente a SST.

Estaremos atentos e vigilantes, reivindicando políticas eficazes para melhorar os locais de trabalho!


Leia 4ª edição Aqui



quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Newsletter Internacional sobre Segurança e Saúde no Trabalho - 4ª Edição

 



As legítimas preocupações do Movimento Sindical Europeu e da União Geral de Trabalhadores

 

A UGT esteve, mais uma vez, representada no seminário ETUI do European Trade Union Institute - ETUI, “Together for Health and Safety”, discutindo prioridades e estratégias futuras para a Confederação Europeia de Sindicatos. A nova Comissão Europeia e o Parlamento Europeu têm a oportunidade de avançar em políticas que potenciem locais de trabalho mais seguros e saudáveis em toda a Europa.


É necessária uma nova estratégia da UE em matéria de Segurança e Saúde que trate das principais causas de doenças relacionadas com o trabalho, tais como os como agentes cancerígenos, os fatores ergonómicos e o stresse. Defendemos que a estratégia europeia também deve incluir uma aposta na prevenção para que ocorram zero acidentes fatais no local de trabalho.


Para conseguir isso, os sindicatos devem estar totalmente envolvidos e comprometidos com a Saúde e Segurança na execução das suas ações sindicais. Também são necessários recursos e iniciativas legislativas, como por exemplo uma diretiva-quadro da UE sobre riscos psicossociais.

 

A UGT tem estado na linha da frente na defesa dos direitos dos trabalhadores nesta área, e continuamos expetantes relativamente, à designação do novo Comissário Europeu Nicolas Schmit, com a pasta do emprego e assuntos sociais, tentando perceber quão ambicioso será nas políticas apresentadas pela nova Comissão Europeia relativamente a SST.

 

Estaremos atentos e vigilantes, reivindicando políticas eficazes para melhorar os locais de trabalho!


Aceda à publicação Aqui.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Estudo STRESSE – Estratégias e Medidas de Prevenção





Divulgamos, no nosso blog, um estudo que já tem uns anos – 2008 – desenvolvido pela UAL-Universidade Autónoma de Lisboa - sobre o stresse no trabalho intitulado: STRESSE – Estratégias e Medidas de Prevenção.

O Objetivo deste estudo de investigação foi proceder a uma caraterização do fenómeno do stresse em situações concretas de trabalho nas organizações. Esta caracterização incidiu numa análise dos custos e dos fatores contextuais e de natureza organizacional indutores do fenómeno bem como das práticas organizacionais de prevenção e combate do mesmo.

Segue a INTRODUÇÃO do estudo:

" Nas últimas duas décadas a expansão mundial dos mercados de produtos e capitais suscitou transformações económicas e sociais a um ritmo acelerado em todos os países industrializados. Entre os principais fatores que contribuíram para esta aceleração são quase sempre referidos, pela maior parte dos autores, as melhorias das tecnologias de produção, as mudanças políticas no comércio internacional e uma maior abertura dos Estados ao estabelecimento de orientações e oportunidades comuns. A este fenómeno costuma dar-se o nome de globalização.

Para se adaptarem ao novo ambiente, as empresas começaram a procurar uma gestão do emprego mais adequada às novas necessidades de integração num mundo cada vez mais global. Assim, a estabilidade das políticas de trabalho que assegurava um modelo mais ou menos previsível e seguro à sociedade começou a ser posta em causa por novas condições de trabalho e de emprego que não tinham nada a ver com o emprego tradicional. Começam a surgir novos quadros jurídicos mais adaptáveis às relações entre os proprietários das empresas e os trabalhadores e inicia-se uma nova época de novas formas de trabalho e de emprego.

Concomitantemente, novas atividades, novos processos de produção e novos progressos tecnológicos emergiram nos locais de trabalho e transformaram as condições de trabalho de muitas pessoas, associando-se a essas mudanças muitos receios e incertezas, emprego por vezes precário, novas pressões e necessidades de resposta a mercados cada vez mais exigentes e vorazes, traduzindo-se em novas condições de trabalho que acarretam sobrecargas de trabalho mais elevadas, intensificação das tarefas devido à restrição de efetivos, maiores responsabilidades, novas competências e conhecimentos especializados, emergindo novos riscos profissionais decorrentes das inovações técnicas e das mudanças sociais e ou organizacionais.

Os novos riscos acumulam, em muitos casos, com perigos e riscos mais tradicionais, e podem ser influenciados por mudanças de perceção quanto aos riscos, designadamente aqueles que são de natureza psicossocial e influenciam diretamente o stress ligado ao trabalho, o qual se revela com um fenómeno em crescimento.

As mudanças operadas na vida profissional e na vida pessoal dos indivíduos criaram problemas de equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada e de saúde mental, levando a aumentar o stress ligado ao trabalho.

A longo prazo, o stress relacionado com o trabalho pode criar, também, sérios problemas de natureza física nos indivíduos, designadamente originando lesões músculo-esqueléticas e outras formas de doença, tais como a hipertensão, as úlceras digestivas e as doenças cardiovasculares.

Em geral, as medidas de gestão do stress não têm sido enquadradas transversalmente por intervenções organizacionais que privilegiem o objetivo de diminuição do stress através de melhorias da organização do trabalho, da gestão de recursos humanos, da formação e desenvolvimento, etc., limitando-se a serviços de aconselhamento, sessões de informação e  orientação individualizada, mais numa ótica paliativa de natureza individual do que uma ótica sociológica preventiva e reguladora a partir de novas condições de trabalho.

Face ao exposto, a equipa de investigação traçou, para este estudo, o objetivo geral de caracterizar o fenómeno do stress tal como se manifesta em situações concretas de trabalho nas organizações. Nessa caracterização, privilegiou-se uma análise da incidência, dos impactos e dos fatores contextuais de natureza organizacional indutores do fenómeno, bem como das práticas organizacionais de prevenção e gestão do mesmo num quadro empresarial.

Para o efeito, o estudo analisa a prevalência de experiências de stress nas organizações de trabalho e identifica os stressores organizacionais, laborais e relacionais mais importantes, no quadro de empresas com características variadas ao nível das regiões geográficas do continente, dos sectores de atividade e da dimensão do quadro de pessoal.

O estudo analisa, ainda, a incidência de experiências de stress nos grupos socioprofissionais presentes nas organizações de trabalho ao nível de sexo, cargo e habilitações literárias, bem como analisa globalmente os impactos individuais e organizacionais decorrentes do stress no trabalho.

No sentido de se elaborar um conjunto de intervenções possíveis nas empresas e outras organizações de trabalho, o estudo identifica modalidades de organização do trabalho redutoras do stress no trabalho, caracteriza práticas organizacionais de prevenção e gestão do stress no trabalho e elabora estratégias e medidas práticas suscetíveis de diminuir a incidência do stress no trabalho.

O estudo recorre à metodologia de estudo de casos, organizando-se em termos de uma sequência de sete etapas: definição do quadro de referência e do modelo de análise do estudo; construção de instrumentos de recolha de informação; definição e seleção de amostras de empresas e trabalhadores; pesquisa documental e de terreno; análise da informação recolhida através da pesquisa documental e de terreno; seleção e caraterização de casos de boas práticas organizacionais de prevenção e gestão do stress no trabalho.

O estudo divide-se em cinco partes: na primeira parte apresenta-se o referencial teórico que orienta a pesquisa; na segunda parte apresenta-se a metodologia de investigação; na terceira parte apresenta-se e analisa-se os resultados recolhidos nas empresas e junto dos trabalhadores; na quarta parte apresentam-se estudos e casos de boas práticas, bem como programas já adotados; na quinta parte procede-se às conclusões do estudo e apresentam-se estratégias e medidas de intervenção organizacional para a prevenção e gestão do stress ocupacional.

Finalmente, importa referir que este Relatório Final apresenta codificadas este Relatório Final apresenta codificadas as designações das empresas envolvidas no estudo das empresas envolvidas no estudo devido a alguma desejar manter o anonimato.

Futuramente, as empresas serão consultadas sobre se desejam manter, ou não, o seu anonimato em caso de publicação do estudo.

Fonte: Introdução deste estudo que pode ser consultado Aqui.


Segurança e saúde nas MPEs da UE: a visão do local de trabalho - disponível em diferentes idiomas


As micro e pequenas empresas (MPEs) formam a espinha dorsal da economia da União Europeia e são vistas como uma chave impulsionadora do crescimento económico, da inovação, do emprego e da integração social.

Cerca de metade da força de trabalho europeia encontra-se nas MPEs, sendo que a gestão eficaz da segurança e saúde ocupacional (SST) é essencial para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a sobrevivência económica a longo prazo dessas empresas.

Estatísticas e estudos mostram, no entanto, que a segurança e a saúde de muitos trabalhadores das MPEs encontra-se mal protegida e que garantir uma boa gestão de SST nas MPEs continua a ser um desafio significativo.

Este problema é reconhecido no quadro estratégico para a saúde e segurança no trabalho 2014-2020, adotado pela Comissão Europeia, que identifica o aumento da capacidade das MPEs para implementar medidas eficazes e eficientes de prevenção de riscos como um dos principais objetivos estratégicos de SST.

Respondendo à lacuna existente nos requisitos de SST e das práticas no local de trabalho, a EU-OSHA lançou um projeto de três anos (2014-2017) com o objetivo geral de identificar os principais fatores de sucesso em termos de políticas, estratégias e soluções práticas para melhorar a SST nas MPEs da Europa.

O projeto, encomendado por um grupo de pesquisadores constituintes do consórcio Safe Small and Micro Enterprises (SESAME), possui três principais objetivos. Fornece um suporte baseado em evidências para recomendações de políticas, contribuindo para o atual discussões sobre a regulamentação da SST na Europa em relação às pequenas empresas.

Além disso, identifica boas práticas ao nível do local de trabalho para garantir uma boa gestão de SST e facilita o desenvolvimento de ferramentas práticas existentes ou novas, incluindo a ferramenta Online Risk Risk Assessment (OiRA). Finalmente, os resultados servirão para pesquisas futuras com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os determinantes de uma boa gestão da SST em MPEs.

Este resumo apresenta os resultados da segunda fase do projeto, que explorou as atitudes e as práticas nas MPEs através de 362 entrevistas com trabalhadores e gerentes-proprietários de pequenas empresas em nove Estados-Membros da UE, com um foco particular em setores como a construção, a agricultura, hotelaria, restauração,  transportes e assistência médica. As implicações dessas atitudes serão abordadas na fase final do projeto, em que se pretende a definição e apoio de  recomendações de medidas e a descrição de boas práticas para facilitar uma melhor SST nas MPEs que se encontram mais vulneráveis. 

Fonte: Relatório

Nota: Tradução da responsabilidade da do Departamento de SST da UGT

Aceda à versão original Aqui.


Dia Mundial da Saúde Mental





Foi assinalado, no passado dia 10 outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental.

Trabalhar, para além de pretender satisfazer as necessidades financeiras dos indivíduos também é positivo para a saúde mental, mas em ambiente saudável e positivo. 

Problemas como o stress relacionado com o trabalho bem como os restantes riscos psicossociais são um calvário que muitos trabalhadores enfrentam todos os dias. 

A UGT defende que é imperativo que os empregadores façam uma correta avaliação dos riscos psicossociais nos locais de trabalho, pois a aposta na prevenção é a chave para a transformação de ambientes de trabalho negativos em ambientes motivadores e saudáveis. 

Situações como stress, depressão, absentismo, presentismo, problemas relacionados com o sono, dores musculares, problemas cardiovasculares, suicídio, estão fortemente relacionados com ambientes de trabalho tóxicos, trazendo fortes consequências para a saúde dos trabalhadores, muitas vezes impossíveis de reparar, assim como perdas financeiras consideráveis. 

Estamos todos convocados para a missão de pugnar pela efectivação da lei no que toca à correta avaliação dos riscos psicossociais prevenindo situações nefastas para a saúde dos trabalhadores!!! 

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Saúde Mental no Trabalho - Artigo técnico da OSHA




Utilizar o local de trabalho como palco para promover uma boa saúde mental não só ajuda a proteger a saúde e bem-estar mental (e físico) do trabalhador como também faz sentido do ponto de vista empresarial.

Este artigo técnico da OSHA visa fornecer ao leitor uma análise dos custos, das causas e das consequências da falta de saúde mental no trabalho, bem como oferecer um comentário bem-informado sobre os métodos e práticas a desenvolver para promover locais de trabalho psicologicamente seguros e saudáveis.

A versão original encontra-se em inglês, tendo o Departamento de SST da UGT procedido à sua tradução.

Aceda à versão original aqui

Aceda à tradução do Departamento de SST aqui


Promoção da saúde mental no local de trabalho




As estimativas sugerem que 25% dos cidadãos europeus sentirão um problema de saúde mental na sua vida e que aproximadamente 10% dos problemas e incapacidades mentais a longo prazo podem ser ligados a perturbações mentais e emocionais (Rede Europeia para a Promoção da Saúde no Trabalho).

As conclusões do 5º Inquérito Europeu sobre as Condições de Trabalho apuraram que um em cada cinco trabalhadores europeus reportaram um deficiente bem-estar mental. Usar o local de trabalho como palco para promover uma boa saúde mental não só ajuda a proteger a saúde e bem-estar mental (e físico) do trabalhador como também faz sentido do ponto de vista empresarial.

Fonte: Osha

Por esta razão, divulgamos, novamente no nosso Blog esta importante Ficha Técnica da OSHA que trata sobre a promoção da saúde mental nos locais de trabalho e apresenta boas práticas neste âmbito, no sentido de serem replicadas por outros locais de trabalho.

O que é a promoção da saúde mental no local de trabalho?

A promoção da saúde mental inclui todas as ações que contribuem para uma boa saúde mental. Impõe-se perguntar:

O que é a saúde mental?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde mental é o «estado de bem-estar» no qual o indivíduo: realiza as suas capacidades; pode fazer face ao stresse normal da sua vida; pode trabalhar de forma produtiva e frutífera; e pode contribuir para a comunidade em que se insere.

A promoção da saúde mental tem como principal objetivo aquilo que mantém e melhora o nosso bem-estar mental. Importa sublinhar que, para ser tão eficaz quanto possível, a promoção da saúde mental deve incluir uma combinação da gestão dos riscos e promoção da saúde.

Aceda à ferramenta Aqui.




A saúde mental no local de trabalho - OMS






Assinala-se hoje o Dia Mundial da Saúde Mental. Divulgamos neste Blog o resumo do item relativo ao local de trabalho que faz parte do Plano de Ação Europeu para a Saúde Mental 2013-2020.

Relembramos que a saúde mental no local de trabalho foi o tema escolhido em 2017 para as comemorações deste dia.


O bem-estar no local de trabalho influencia a saúde e a produtividade. Um ambiente de trabalho negativo ou de tensão excessiva no trabalho - resultado da interação entre altas exigências e recursos inadequados por parte do trabalhador - podem levar a problemas de saúde física e mental e ao aumento do abuso de substâncias.

Vários fatores podem ter impacto na saúde mental dos trabalhadores. A maioria dos fatores de risco está relacionada com a gestão e com a organização inadequadas do trabalho, ocupações com altos níveis de stresse, com a falta de apoio e com a falta de capacidade e competências individuais.

Condições mentais comuns, tais como os transtornos depressivos e de ansiedade na população trabalhadora, resultam não apenas no sofrimento individual, mas também em perdas de produtividade e em encargos económicos para os sistemas de saúde. A perda de produtividade devido a problemas de saúde mental na Região Europeia da OMS representa custos de US $ 140 bilhões por ano.

As intervenções para promover e proteger a saúde mental no local de trabalho devem consistir em conscientizar a importância da saúde mental, informar os trabalhadores sobre as resposta de ajuda disponíveis, envolver os trabalhadores na tomada de decisões, oferecer programas para o desenvolvimento das carreiras e reconhecer e recompensar o desempenho do trabalho. Em reconhecimento à importância desta questão, o Dia Mundial da Saúde Mental de 2017 concentrou-se na saúde mental no local de trabalho.

Nota: Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda à versão original, em inglês, Aqui.




O Plano de Ação Europeu para a Saúde Mental 2013-2020



Foram desenvolvidos sete objetivos, quatro deles centrais e três transversais, que juntos abrangem todo o escopo deste Plano de Ação. Para cada um dos objetivos, são propostas ações para os Estados Membros e para a OMS que alcançarão resultados mensuráveis ​​na definição e implementação de políticas. As ações devem ser priorizadas de acordo com as necessidades e recursos nos níveis nacional, regional e local.

Os quatro objetivos principais são:

(a) todos tenham a mesma oportunidade de obter bem-estar mental ao longo da vida, principalmente aqueles que são mais vulneráveis ​​ou que se encontram em risco;
(b) as pessoas com problemas de saúde mental são cidadãos cujos direitos humanos são totalmente valorizados, protegidos e promovidos;
(c) os serviços de saúde mental são acessíveis e disponíveis na comunidade de acordo com as necessidades; e
(d) as pessoas têm direito a um tratamento respeitoso, seguro e eficaz.

Os três objetivos transversais são:

(e) os sistemas de saúde fornecem bons cuidados de saúde física e mental para todos;
(f) os sistemas de saúde mental trabalham em parcerias bem coordenadas com outros setores;
(g) a governança e o fornecimento de saúde mental são impulsionados por boas informações e conhecimentos.

Saiba mais aqui.


Dia Mundial da Saúde Mental: prevenção do suicídio na Ucrânia



A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio. Como parte da sua campanha de prevenção do suicídio e no sentido de assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado a 10 de outubro, a OMS elaborou um relatório sobre o progresso da prevenção do suicídio ao nível da saúde primária, na Ucrânia.

Capacitar os médicos para reconhecer os sinais de depressão e os possíveis danos pessoais

Na Ucrânia, todos os anos, ocorrem cerca de 7000 morrem por suicídio. Os dados mostram diferenças dramáticas entre os sexos nas mortes causadas por danos pessoais - quase 80% dos suicídios no país são de homens. Em muitos casos, os médicos e os profissionais de saúde primária ignoram os sinais manifestados nos seus pacientes.

Para apoiar os médicos de saúde geral que não são especialistas em saúde mental, a OMS tem realizado uma série de ações de formação no país. A formação centra-se na utilização do Programa de Ação da OMS para Saúde Mental – Guia de Intervenção, uma ferramenta que permite aos profissionais de saúde não mental a correta deteção e gestão das condições de saúde mental, tais como a depressão, a ansiedade e a automutilação, para assim serem tomadas as corretas decisões médicas.

Tetiana Aksenchuk é uma médica de família que trabalha no centro de saúde primária em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, que beneficiou desta formação. Ela reconhece que, desde que recebeu a formação, se tornou mais atenta às condições de saúde mental dos seus pacientes.

“Recentemente vi um dos meus pacientes regulares que sofria de episódios de dor nas costas. Quando comecei o exame, não pude deixar de notar como ele estava deprimido ”, diz Tetiana.

"A sua escolha das palavras alertou-me", continua Tetiana. O homem disse que "já tinha o suficiente" e que "provavelmente era hora de morrer". Embora o paciente tenha negado a sua intenção de acabar com a sua própria vida, Tetiana insistiu em intervenções de apoio psicossocial. Ajudei o homem a lidar com o stresse e aconselhei-o a dedicar mais tempo às atividades que mais gostava. Concordámos em continuar a falar sobre os seus sentimentos, durante as próximas consultas, mas eu já poderia dizer que ele se sentia muito melhor. Estou feliz por poder ajudá-lo a dar o primeiro passo para a cura ”, diz Tetiana.

"O homem ficou muito surpreso ao receber esse tipo de apoio, além do tratamento usual", acrescenta ainda Tetiana.

Programa de Ação sobre Lacunas na Saúde Mental

Este programa visa ampliar os serviços de resposta aos transtornos mentais e neurológicos nos países, especialmente de baixos rendimento.

“A automutilação é um fenómeno comportamental complexo, com muitos fatores de risco subjacentes, e que abrange domínios individuais, comunitários e sociais. A prevenção do suicídio exige um forte compromisso e ações concertadas ao nível de vários setores, incluindo dos cuidados de saúde, da educação e da proteção social ”, afirma o Dr. Dan Chisholm, gestor de programas de saúde mental da OMS / Europa.

“Ao apoiar a implementação deste programa, a OMS e o Ministério da Saúde da Ucrânia visam melhorar significativamente a identificação das pessoas que correm risco de se auto-prejudicar, sinalizadas ao nível da prestação de cuidados de saúde primários. Até o momento, mais de 60 profissionais de saúde concluíram a formação na Ucrânia, e a alteração de algumas práticas podem fazer a diferença na deteção e no tratamento de situações em que a saúde mental esteja debilitada”, explica a Dra. Alisa Ladyk-Bryzghalova, Diretora Profissional Nacional de Saúde Mental Saúde na Representação da OMS na Ucrânia.

Estratégias na prevenção de danos pessoais

A complexidade da questão da automutilação exige a implementação de estratégias de prevenção do suicídio.

Aumentar a conscientização e criar resiliência, ao nível da comunidade, pode ajudar a reduzir o estigma em torno dos problemas de saúde mental e incentivar as pessoas com transtornos psicossociais a procurare, ajuda. “As atividades educacionais nas escolas são comprovadamente eficazes no aumento da alfabetização ao nível da saúde mental e na prevenção dos danos pessoais e dos suicídios. Por exemplo, verificou-se que a implementação do programa Juventude Consciente da Saúde Mental (YAM) para jovens dos 14 aos 16 anos reduziu o risco de auto-agressão entre os jovens em 50% ”, conclui o Dr. Chisholm. Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda à versão original Aqui.