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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Conferência Internacional EUROCADRES lança Campanha europeia #EndStress.EU



A sede da UGT-Portugal acolheu nos dias 17 e 18 de Outubro, uma conferência organizada pelo EUROCADRES, dedicada ao tema do stresse e dos trabalhadores-quadro das empresas.

A Presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, esteve na sessão de abertura da assembleia-geral deste organismo, dando as boas-vindas a todos os participantes e destacando no seu discurso os desafios que os quadros das empresas enfrentam, especialmente no sector bancário, onde o trabalho precário ainda é uma realidade que persiste.

Durante a tarde, na Conferência, foi dado o “pontapé de saída” para o lançamento da Campanha EndStress.EU, que tem como objetivo pressionar a Comissão Europeia para a adoção de uma diretiva específica sobre riscos psicossociais.

Teve também lugar um painel dedicado a casos práticos de iniciativas desenvolvidas neste âmbito pelas organizações sindicais, ao que a UGT, representada pela Secretária Executiva, Vanda Cruz, responsável pelo departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, apresentou todo o trabalho desenvolvido pela organização, com lançamento de campanhas e sessões de esclarecimentos junto dos trabalhadores sobre os riscos psicossociais.

Este painel foi igualmente partilhado pelo perito em matéria de riscos psicossociais no trabalho, Samuel Antunes, que apresentou os resultados do “Estudo de Avaliação de Riscos Psicossociais na Administração Pública Central, Local e Sector Empresarial do Estado” elaborado em parceria com a UGT.

No segundo dia de conferência, no painel dedicado ao tema “Acabar com a epidemia do stresse”, a representante do Eurocadres, Nayla Glaise, destacou como positiva as micro iniciativas ao nível das empresas, com objetivo de melhorar o bem-estar entre trabalhadores, no entanto considera igualmente que estas práticas são insuficientes e será necessário proceder-se a alterações estruturais.

A representante portuguesa na Comissão Europeia, Maria Teresa Moitinho, deu destaque à necessidade de implementação de uma verdadeira cultura de prevenção da saúde mental. Para a representante europeia, é importante apoiar as entidades patronais para a implementação de boas avaliações de risco.

José Manuel Fernandes, membro do Parlamento Europeu, enfatizou o custo dos problemas de saúde relacionados com os riscos psicossociais (mais de 600 milhões de euros por ano que traduzem 4 vezes mais o orçamento da U.E.). Assim, e tendo em conta aos custos envolvidos nesta questão reforçou que todas as medidas com vista a reduzir e a combater este flagelo significam poupança, afirmou o representante europeu, acrescentando que este objetivo tem de ser comum a todos os Estados-Membro.

Por fim, sugeriu que esta questão fosse integrada nos programas de financiamento da União Europeia. Uma sugestão seguida pelo membro da Confederação do Comércio de Portugal, Marcelino Pena Costa, que deixou a nota de que seria importante a assinatura de um acordo de concertação social que incluísse estas matérias.

No último painel, onde se abordou a necessidade de introduzir a diretiva sobre riscos psicossociais na agenda sindical, Ignacio Hernandez, da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) revelou algumas das preocupações sindicais que devem estar espelhadas no conteúdo da nova diretiva, tais como: o combate à precariedade; o alargamento da definição de risco psicossocial, ou mesmo a expansão das novas tecnologias com o direito a desligar, como premissa fundamental para garantir o bem-estar dos trabalhadores.

O Eurocadres é o Conselho dos Profissionais e Gestores Europeu, associada à Confederação Europeia de Sindicatos (CES), reconhecido pela Comissão Europeia como parceiro social europeu.


Nota:

O Eurocadres é o Conselho dos Profissionais e Gestores Europeu, associada à Confederação Europeia de Sindicatos (CES), reconhecido pela Comissão Europeia como parceiro social europeu.

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