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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Empresas que não cumprem os regulamentos sobre as substâncias perigosas



 A Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) publicou, no passado dia 18 de novembro de 2019, os resultados de um projeto-piloto que desenvolveu sobre as informações que são fornecidas sobre as substâncias químicas existentes nos artigos de consumo.

Os resultados foram alarmantes. As inspeções efetuadas a 15 Estados-Membros da UE auditaram cerca de 682 artigos fornecidos por 405 empresas. Verificou-se que 84 artigos (12%) continham substâncias que suscitavam uma grande preocupação, sendo que as empresas em causa não cumpriam o regulamento ao exigirem a notificação da ECHA da presença de tais substâncias acima de uma concentração de 0,1%.

Os artigos em questão eram artigos de consumo, como roupas, sapatos e têxteis para o lar, artigos elétricos ou eletrónicos ou artigos utilizados na construção ou design de interiores, como pisos ou móveis de plástico.

As substâncias identificadas com mais frequência foram os ftalatos, principalmente DEHP, substância reprotóxica e desregulador endócrino. Também foram identificadas outras substâncias de grande preocupação, como o chumbo, o cádmio, o bisfenol A ou retardadores de chama bromados.

Na Suécia, uma campanha de inspeção teve como alvo as lojas locais, com os inspetores a subirem na cadeia de valor, verificando as atividades dos produtores, dos importadores e dos distribuidores.

As conclusões da pesquisa da ECHA foram praticamente as mesmas. Para 324 artigos diferentes, não foram fornecidas informações sobre substâncias que suscitam grande preocupação. Isso incluía brinquedos, equipamentos desportivos e de pesca, luvas, roupas e produtos eletrónicos.

Juntamente com outros países nórdicos, a Suécia encontra-se a participar num projeto de artigos enviados por comércio eletrónico. Os resultados iniciais indicam que os comerciantes do comércio eletrónico prestam, igualmente, pouca atenção às obrigações estabelecidas no REACH.

Um dos principais objetivos do regulamento REACH sobre os produtos químicos é substituir progressivamente as substâncias mais preocupantes por outras alternativas consideradas mais seguras. Este regulamento da UE define substâncias que suscitam muita preocupação com base nos seus perigos inerentes à saúde humana ou ao meio ambiente (por exemplo, agentes cancerígenos ou substâncias reprotóxicas).

Essas substâncias podem ser encontradas numa lista de substâncias candidatas, atualmente com 201 entradas. Depois que uma substância é listada aqui, surgem obrigações na cadeia de distribuição para informar os utilisadores no trabalho e os consumidores.

Depois que os Estados-Membros da UE chegarem a um acordo sobre a transferência de substâncias da lista de candidatos para a lista de autorizações do REACH, as empresas terão que procurar a aprovação da Comissão Europeia para continuar a utilizá-las. Atualmente, esse é o caso de 43 substâncias que suscitam grande preocupação.

Segundo Laurent Vogel, investigador da ETUI, “o relatório destaca o facto de várias empresas serem bastante complacentes com artigos de marketing que contêm substâncias extremamente perigosas. Embora o não cumprimento das obrigações decorrentes do REACH possa levar a acusações criminais, apenas 21 casos foram encaminhados para o Ministério Público e apenas 2 deles resultaram em multas.” 

Nota: Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT 

Aceda à versão final Aqui.



terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A digitalização e a Saúde e Segurança no Trabalho — Um programa de investigação da EU-OSHA







Imagem com DR

Este folheto resume o trabalho da EU-OSHA na área da digitalização e da saúde e segurança no trabalho (SST), incluindo um projeto prospetivo, uma visão geral da SST e uma Campanha de Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis. O folheto explora o potencial proporcionado pela digitalização e a forma como está a moldar as vidas profissionais e a saúde e segurança dos trabalhadores. Considera também os desafios à SST e a forma como podem ser resolvidos a fim de maximizar as oportunidades em tecnologias digitais e melhorar as condições de trabalho.

A digitalização está a mudar rapidamente o mundo do trabalho. O programa de investigação da EU-OSHA pretende fornecer aos responsáveis políticos, investigadores e aos locais de trabalho informações fidedignas sobre os potenciais impactos na SST, para que possam tomar medidas atempadas e efetivas para assegurar a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Fonte: OSHA

Aceda à publicação Aqui. Apenas disponível em inglês.




A ETUI debateu o futuro da saúde ocupacional na Europa




O Instituto Sindical Europeu (ETUI) realizou uma conferência em Bruxelas nos dias 3 a 4 de dezembro para debater as perspetivas de Saúde e Segurança no trabalho na Europa. Participaram neste evento cerca de 200 pessoas, sendo que serviu como um fórum para discutir e comparar as opiniões de diversos investigadores, sindicalistas e decisores políticos.

A conferência marcou o trigésimo aniversário da diretiva-quadro de SST, a espinha dorsal de toda a legislação europeia em Saúde e Segurança no Trabalho. Adotada a 12 de junho de 1989, esta diretiva abordou algumas das principais reivindicações apresentadas pelos sindicatos, nas duas décadas anteriores.

A conferência foi organizada em três sessões. Aude Cefaliello procedeu à análise da história da diretiva, tendo apresentado a primeira sessão, em que destacou o facto da diretiva ter sido adotada numa altura de crescimento económico.

Os depoimentos de dois líderes sindicais que participaram das negociações na época, Jean Lapeyre e Marc Sapir, ajudaram os participantes a entender melhor a forma como essa diretiva conseguiu estabelecer princípios que permanecem fundamentais para a organização da prevenção até os dias de hoje: a necessidade de eliminar riscos na fonte, a obrigação de avaliar todos os riscos e a responsabilidade do empregador a assegurar a SST em todos os aspectos da organização do trabalho.


O reconhecimento desses princípios foi o resultado de muitas mobilizações que, desde a década de 1960, colocaram as questões de saúde e segurança no centro das discussões entre representantes dos trabalhadores e empregadores, ajudando a transformar os sindicatos. Laurent Vogel e o historiador italiano Enrico Bullian destacaram a importância da lutas pela melhoria das condições de Saúde e Segurança na Itália e como esta influenciaram todo o movimento sindical na Europa.

A segunda sessão foi dedicada a discussões sobre as interações entre conhecimento científico, mobilizações sindicais e a regulação de riscos. Marianne Lacomblez (Universidade do Porto) mostrou como o movimento feminista abriu novas perspectivas para a saúde ocupacional. Tatiana Santos (Gabinete Europeu do Meio Ambiente) analisou as ligações entre o trabalho científico e as mobilizações para o meio ambiente. Nathalie Jas (Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola, França) destacou as ambiguidades e as áreas cinzentas nas opiniões de especialistas exigidas pelos órgãos reguladores em relação aos pesticidas.

Essas opiniões foram estruturadas por muitos protocolos complexos, baseados em muitos casos em hipóteses enganosas quando comparadas com as elaboradas em campo. Em particular, muitos pesticidas perigosos foram autorizados sob o pretexto de que o uso de equipamentos de proteção individual proporcionava uma proteção suficiente. Estudos no terreno revelaram o oposto.

Emilie Counil (Instituto Francês de Estudos Demográficos, INED) apresentou as interações, mas também as tensões potenciais existentes entre o trabalho científico e as mobilizações sindicais. Ressaltou que grande parte do trabalho científico estava "sob a influência" de lobbies industriais e que as dúvidas inerentes a qualquer pesquisa científica eram frequentemente usadas como justificação para retardar o processo de regulação dos riscos.

A terceira sessão foi dedicada a vários aspectos do mundo do trabalho da atualidade.. Michel Héry (Instituto Nacional Francês de Pesquisa e Segurança, INRS) apresentou a pesquisa prospectiva do Instituto, analisando várias inovações do ponto de vista da Saúde e Segurança, conferindo atenção à robótica.

Sarrah Kassem (Universidade de Tübingen) analisou as condições de trabalho na Amazon, observando também as formas de resistência que se desenvolvem entre os funcionários da empresa. Patrick Ackermann contextualizou a onda de suicídios na France Télécom entre 2006 e 2011, destacando a reestruturação brutal da época e a violência institucionalizada pelos métodos utilizados pela administração. Olhou para a luta sindical que terminou com a acusação dos principais executivos da empresa na época. Também mostrou que o governo Macron estava decidido a privar os trabalhadores das principais ferramentas de saúde ocupacional, como os comités de saúde e segurança presentes em todas as grandes empresas francesas.

Os debates sobre a política de saúde ocupacional da UE compararam as posições da Confederação Europeia dos Sindicatos (representada por seu vice-secretário geral Per Hilmersson), da Business Europe (representada por Jessie Fernandes), da Comissão Europeia (representada por Charlotte Grevfors-Ernoult, Parlamento Europeu). (representada por Agnes Jongerius (socialista, Países Baixos) e Mounir Satouri (os verdes, França) e a Presidência do Conselho Europeu (representada por Riita Sauni do Ministério finlandês de Assuntos Sociais e Saúde).

O ponto de convergência era a necessidade para avançar na revisão da legislação sobre as substâncias cancerígenas e no reconhecimento de que a saúde ocupacional deveria ser uma prioridade para a nova Comissão Europeia, a deputada Agnes Jongerius exortou os sindicatos a continuarem a exercer uma forte pressão.

Para encerrar, Marian Schaapman, chefe da unidade de saúde e segurança e condições de trabalho da ETUI, enfatizou que a saúde ocupacional coloca inevitavelmente a pergunta: "Que forma de sociedade queremos?"

Nota: Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda à versão original Aqui.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

TESTE - SEU LOCAL DE TRABALHO ESTÁ A FETAR SUA RESPIRAÇÃO?






A QUEM SE DESTINA ESTE TESTE?

Este teste destina-se a pessoas que estão preocupadas com a possibilidade de o seu local de trabalho estar a afetar a sua respiração ou saúde pulmonar.

Irá ajudá-lo a compreender se o seu local de trabalho pode estar a afetar a sua respiração ou a sua saúde pulmonar e o que deve dizer a um profissional de saúde se for este o caso.

VEJA OS RISCOS DO SEU LOCAL DE TRABALHO


As doenças pulmonares relacionadas com o trabalho são problemas de saúde provocados ou agravados pelos materiais com os quais entra em contacto no seu trabalho.

As lesões provocadas hoje nos seus pulmões não podem ser revertidas no futuro. Certifique-se de que conhece os riscos e sabe como proteger os seus pulmões no trabalho.









quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

De substâncias perigosas a ... lesões musculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho







À medida que a Campanha Locais de Trabalho Saudáveis – Gerir as Substâncias Perigosas – entrou na reta final, olhamos para o futuro, para a próxima campanha sobre distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho, outro risco que afeta milhões de trabalhadores, em toda a Europa.

A gestão de substâncias perigosas não termina aqui!

Desde o lançamento da Campanha, em abril de 2018, que os Pontos Focais Nacionais e as suas redes, os parceiros oficiais e os parceiros da comunicação social, organizaram uma enorme quantidade de atividades e de ações ao nível nacional em toda a Europa. Tudo para consciencializar sobre como gerir substâncias perigosas nos locais de trabalho e ajudar as empresas a proteger os seus trabalhadores contra os riscos a elas associados.

Alguns grandes destaques da Campanha incluíram 2 edições de grande sucesso, lançadas na Semana Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, os Prémios de Boas Práticas nos Locais de Trabalho e centenas de outros eventos informativos que culminaram no encerramento desta importante Campanha, decorrida em Bilbau, a 12 e 13 de novembro.

Mas a campanha não fica por aqui!

As ferramentas e as publicações que foram desenvolvidas vão garantir a sustentabilidade da Campanha e vão continuar a ajudar as empresas na gestão adequada  das substâncias perigosas, nos próximos anos.

O banco de dados de ferramentas e orientações práticas será alimentado com novas entradas e com versões que serão sempre traduzidas e adaptadas ao nível nacional. O relacionamento da UE-OSHA com organizações internacionais e da UE, em particular com a Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA), foi um fator-chave para estender a Campanha para outras áreas politicas, para além da comunidade de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

 A Campanha foi a mais bem-sucedida de todos os tempos, em termos de envolvimento de parceiros e de atividades organizadas, que servirão de referência para a próxima Campanha.

As lições aprendidas nos últimos 2 anos serão levadas adiante, bem como os seus recursos - como as ferramentas práticas e os bancos de dados de estudos de caso – que serão apresentados novamente, juntamente com uma abordagem setorial e com o foco nos trabalhadores vulneráveis.

Prepare-se para aliviar a carga!

Lançada em outubro de 2020, a Campanha Locais de Trabalho Saudáveis - Aliviar a Carga vai concentrar-se na prevenção das lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT).

Apesar dos esforços significativos para evitá-los, estes distúrbios/lesões continuam a ser o problema de saúde relacionado com o trabalho mais comum na Europa - afetam aproximadamente 60% dos trabalhadores (Pesquisa do Eurostat de 2013).

No estudo ESENER 2019 são reveladas, igualmente, algumas tendências que são preocupantes. Cerca de 65% das empresas relataram movimentos repetitivos de mãos ou braços nos trabalhadores, contra 52% em 2014.

Elevar ou mover pessoas ou cargas pesadas aumentou de 47% para 54%, e a permanência na mesma posição mostrou-se agora o terceiro risco comum mais relatado fator nas empresas europeias, afetando 59% dos trabalhadores na Europa.

A próxima Campanha vai concentrar-se em 7 áreas prioritárias, incluindo como prevenir LMERT e como estabelecer um ambiente de trabalho ergonómico e sustentável.

A importância da intervenção precoce e a manutenção da atividade física  serão também aspetos destacadas.

O novo site desta Campanha estará em funcionamento em abril de 2020, oferecendo o acesso a uma seleção de materiais da campanha. A campanha assistirá ao retorno de Napo, o nosso herói de Saúde e Segurança, com um novo kit de ferramentas que contém conselhos sobre LMERT relacionados com o trabalho e muito material de apoio para a formação profissional ou para a promoção e facilitação de discussões em grupo, nas empresas. 

A EU_OSHA trabalhará novamente com parceiros da UE e com parceiros internacionais, como o Comité de Inspeção do Trabalho Sénior (SLIC), juntamente com setores específicos, tais como os cabeleireiros e a educação - duas profissões que sofrem significativamente de problemas relacionados as LMERT.


Nota: Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda à versão original Aqui.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Ferramenta eletrónica sobre substâncias perigosas – já disponível em português



Encontre e reduza os perigos para a saúde e a segurança associados a substâncias e produtos químicos perigosos nos locais de trabalho da sua empresa.




Esta ferramenta é de muito fácil utilização e pode constituir-se como um instrumento fundamental a ser utilizado por empregadores, trabalhadores e RT’SST.

Pode começar com um questionário muito breve (Início rápido) com sete perguntas ou avançar imediatamente para um questionário mais pormenorizado com 36 perguntas que inclui as respostas, uma lista de verificação e recomendações de boas práticas e medidas.

Questionário rápido – 7 perguntas

Ser-lhe-ão feitas sete perguntas sobre as suas práticas atuais no que diz respeito às substâncias e aos produtos químicos perigosos. Se forem necessárias melhorias, obterá imediatamente dicas e conselhos sobre o que tem de fazer e a forma mais fácil e eficiente de o fazer.

Depois de responder às sete perguntas, pode optar por continuar com o questionário mais longo. Este consiste numa análise mais minuciosa das regras aplicáveis aos produtos químicos e às substâncias perigosas relevantes. Além disso, receberá dicas e conselhos adaptados à sua empresa sobre os procedimentos de manuseamento seguro dos produtos químicos, bem como sobre boas práticas.

Questionário longo – 36 perguntas
O questionário longo permitirá fazer uma análise mais minuciosa da sua situação atual no que diz respeito aos produtos químicos e às substâncias perigosas. Além disso, receberá um relatório, intitulado «O meu Guia Químico», com as respostas, uma lista de verificação, recomendações e conselhos.

Os conselhos contidos no relatório são adaptados às necessidades da sua empresa ou locais de trabalho com base nas suas respostas. Será informado sobre os procedimentos e as boas práticas que o ajudarão a criar um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Fonte: OSHA

Aceda a esta ferramenta Aqui.


Ferramenta eletrónica sobre substâncias perigosas agora adaptada a 7 países







Entre os múltiplos recursos da campanha «Locais de Trabalhos Saudáveis» 2018-2019  a ferramenta eletrónica da EU-OSHA sobre substâncias perigosas e produtos químicos tem por objetivo proporcionar às empresas as informações e o aconselhamento necessários para a avaliação e a gestão dos riscos de segurança e saúde decorrentes dessas substâncias e produtos. 

Focando-se nas pequenas e médias empresas, bem como nas empresas que não têm conhecimentos específicos de substâncias perigosas, este guia interativo em linha oferece informação geral e relativa a boas práticas, personalizada e fácil de compreender, sobre riscos, rotulagem, legislação, medidas de prevenção e muitas outras questões.

Além disso, a ferramenta eletrónica, que se baseia num questionário, gera um relatório adaptado a cada situação empresarial específica no que se refere à gestão das substâncias perigosas, incluindo recomendações para a sua melhoria. 

Para além da versão em inglês, a ferramenta já foi adaptada à Islândia, à Noruega e a Portugal. Estamos atualmente a concluir mais versões nacionais: Áustria, Estónia, Roménia e Eslovénia.

Fonte: Retirado da OSHA



Agentes biológicos no trabalho — quais são os problemas de saúde que causam e como os gerir melhor?




Este novo relatório analisa a literatura científica referente a doenças específicas relacionadas com o trabalho, nomeadamente doenças infecciosas e alergias, causadas por agentes biológicos. Inclui igualmente os resultados de uma análise de peritos e uma avaliação dos sistemas utilizados pelos Estados-Membros da UE para controlar essas doenças e exposições. Além disso, formula recomendações tendo em vista a melhoria das práticas de monitorização e das estratégias e políticas de prevenção.

Este trabalho está inserido num projeto de grande escala que tem por objetivo dar resposta às doenças relacionadas com o trabalho nos locais de trabalho da UE e garantir uma melhor prevenção.

Fonte: OSHA


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Ferramenta eletrónica sobre substâncias perigosas agora adaptada a 7 países







Entre os múltiplos recursos da campanha «Locais de Trabalhos Saudáveis» 2018-2019  a ferramenta eletrónica da EU-OSHA sobre substâncias perigosas e produtos químicos tem por objetivo proporcionar às empresas as informações e o aconselhamento necessários para a avaliação e a gestão dos riscos de segurança e saúde decorrentes dessas substâncias e produtos. 

Focando-se nas pequenas e médias empresas, bem como nas empresas que não têm conhecimentos específicos de substâncias perigosas, este guia interativo em linha oferece informação geral e relativa a boas práticas, personalizada e fácil de compreender, sobre riscos, rotulagem, legislação, medidas de prevenção e muitas outras questões.

Além disso, a ferramenta eletrónica, que se baseia num questionário, gera um relatório adaptado a cada situação empresarial específica no que se refere à gestão das substâncias perigosas, incluindo recomendações para a sua melhoria. 

Para além da versão em inglês, a ferramenta já foi adaptada à Islândia, à Noruega e a Portugal.

A EU-OSHA encontra-se atualmente a concluir mais versões nacionais: Áustria, Estónia, Roménia e Eslovénia.



Fonte: OSHA

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Agentes biológicos no trabalho — quais são os problemas de saúde que causam e como os gerir melhor?






Este nosso novo relatório analisa a literatura científica referente a doenças específicas relacionadas com o trabalho, nomeadamente doenças infeciosas e alergias, causadas por agentes biológicos. Inclui igualmente os resultados de uma análise de peritos e uma avaliação dos sistemas utilizados pelos Estados-Membros da UE para controlar essas doenças e exposições. Além disso, formula recomendações tendo em vista a melhoria das práticas de monitorização e das estratégias e políticas de prevenção.

Este trabalho está inserido num projeto de grande escala que tem por objetivo dar resposta às doenças relacionadas com o trabalho nos locais de trabalho da UE e garantir uma melhor prevenção.

Fonte: OSHA


Dia Mundial de Luta Contra a Sida







Assinalou-se no passado dia 1 de dezembro o Dia Mundial de Luta contra a Sida.
A UGT acompanha o problema do VIH/SIDA, que há muito deixou de ser apenas um problema de saúde pública, para assumir contornos preocupantes no mundo do trabalho.

A SIDA é assim uma questão laboral, não só porque é responsável pela perda de trabalhadores experientes e qualificados, pela sua estigmatização e discriminação, mas também porque o local de trabalho é o local privilegiado para a disseminação de informação, bem como pelo incremento do diálogo e de parcerias entre sindicatos e empresas, imprescindíveis para a obtenção de uma estratégia eficaz que responda às necessidades prementes e adequadas à prevenção da exclusão, estigmatização e proteção social destes trabalhadores.

A UGT tem vindo, sistematicamente, a manifestar a sua preocupação e oposição relativamente a todo e qualquer ato discriminatório, inclusivamente o motivado por razões de saúde que impliquem o despedimento ou outros atos discriminatórios com base no estatuto serológico, real ou presumido.

A UGT está preocupada e empenhada no combate à ameaça dos direitos fundamentais, nomeadamente pela discriminação de que são vitimas os/as trabalhadores/as e as pessoas que vivem com o HIV/SIDA ou que por ele são afetadas.

O despedimento de trabalhadores com base na sua seropositividade é inconstitucional, porque viola o princípio da igualdade, designadamente, no acesso ao emprego atentando de forma intolerável a dignidade humana do trabalhador.

Todos reconhecemos os problemas motivados pelo medo, a falta de conhecimento e os preconceitos associados a esta doença, pelo que urge o desenvolvimento de políticas internas nas empresas sobre o HIV/SIDA. Só com tais políticas se poderá colmatar a falta de informação que tantas vezes obsta à manutenção dos postos de trabalho. Impõem-se, pois, medidas adequadas de prevenção da exclusão e de combate à discriminação pessoal e social, bem como outras que visem a proteção social dos trabalhadores/as infetados.

A responsabilidade dos Sindicatos é grande, no combate à ameaça aos direitos fundamentais dos trabalhadores/as, nomeadamente pela discriminação e pela estigmatização de que são vítimas os trabalhadores/as infetados pelo vírus. Os problemas de medo, discriminação e falta de informação continuam a obstar à eficaz resolução do problema.
A discriminação deriva do facto das pessoas sentirem medo de serem infetadas e desconhecerem as reais formas de transmissão da doença – é importante realçar que o “VIH não se transmite por contactos laborais”.

Não deixa, pois, de ser preocupante o nível de conceções erradas quanto ao modo de transmissão que se verificou num inquérito a portugueses, em que 30,4% consideravam que a infeção se transmite pelo beijo, 29,5% pelo uso das casas de banho, 29,5% pela picada de inseto, 22,7% pela tosse e espirro, 18,1% pela comida e talheres e 5,3% pelo aperto de mão.»

A UGT irá continuar a priorizar a problemática do HIV/SIDA do ponto de vista laboral, reiterando a urgência da definição e implementação de estratégias direcionadas a combater este flagelo.

No âmbito da prevenção e combate ao HIV/ SIDA a UGT defende, nomeadamente, as seguintes ações:

• A recusa da despistagem do HIV/SIDA por razões de emprego, que nestas circunstâncias atinge os direitos fundamentais e a dignidade dos trabalhadores, pois o teste deve ser feito apenas de forma voluntária e respeitando a confidencialidade do resultado;

• A recusa de todo e qualquer ato discriminatório por razões de saúde, já que o despedimento ou outros atos discriminatórios com base no estatuto serológico atenta contra os direitos fundamentais dos trabalhadores;

• A promoção de programas de informação e prevenção, essenciais como forma de prevenção nos locais de trabalho e incremento da tolerância para com os trabalhadores infetados pelo HIV/SIDA;

• A introdução de cláusulas na Negociação Coletiva visando a prevenção e a proteção dos trabalhadores infetados;

• A adoção, por parte das empresas, de boas práticas de atuação no que se refere à prevenção da infeção pelo HIV/SIDA e ao combate à discriminação.

Conhece o Projeto desenvolvido pela UGT “A Ignorância leva à Exclusão - Diz Não à Discriminação”?