28 DE Abril de 2018 Dia Mundial Da Segurança e Saúde no Trabalho
Divulgamos no nosso Blog SST a "introdução" deste relatório da OIT, agurdando a sua disponibilização oficial.
Introdução:
“ Segundo as últimas estimativas disponibilizadas pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,78 milhões de trabalhadores e
trabalhadoras morrem todos os anos devido a acidentes de trabalho e doenças
relacionadas com o trabalho. Cerca de 2,4 milhões (86,3 por cento) destas
mortes são causadas por doenças profissionais, enquanto mais de 380.000 (13,7
por cento) resultam de acidentes de trabalho. Há, todos os anos, quase mil vezes
mais lesões causadas por doenças e acidentes não mortais do que por acidentes
mortais. Estima-se que estas lesões não mortais afetem 374 milhões de
trabalhadores anualmente, sendo que muitas delas têm consequências graves na capacidade
dos/das trabalhadores/as para obtenção de rendimentos a longo prazo.
Os/as trabalhadores/as jovens apresentam uma taxa de acidentes
profissionais significativamente superior à dos/as trabalhadores/as menos
jovens. De acordo com dados europeus, a incidência de acidentes não mortais em
contexto de trabalho é mais de 40 por cento superior entre os/as
trabalhadores/as jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, do que entre
os/as trabalhadores/as menos jovens (EU-OSHA, 2007). Nos Estados Unidos, a probabilidade
de os ou as trabalhadoras jovens com idades entre os 15 e os 24 anos virem a
sofrer um acidente de trabalho não mortal, é aproximadamente duas vezes
superior ao dos/as trabalhadores/as com 25 anos de idade ou mais (CDC, 2010).
Paradoxalmente, tendo em conta o que foi referido anteriormente,
as estatísticas indicam que a incidência de doenças profissionais é inferior
entre os/as trabalhadores/as jovens quando comparada com os/as restantes
trabalhadores/as. Esta circunstância não se deve ao facto de os/as
trabalhadores/as jovens terem uma maior resistência às doenças profissionais.
Os trabalhadores e as trabalhadoras jovens são, na realidade, mais vulneráveis
a doenças profissionais porque estão ainda a desenvolver-se, tanto física como mentalmente,
e isso, torna-os/as mais suscetíveis aos danos causados por produtos químicos
perigosos e outros agentes. A menor incidência de doenças profissionais entre os/as
trabalhadores/as jovens é, muito provavelmente, devido ao facto de as doenças profissionais
ocorrerem geralmente apenas após exposição prolongada e/ou um período de
latência. Por outro lado, é difícil obter dados fiáveis sobre as doenças
profissionais, incluindo dados relativos a doenças profissionais causadas pela
exposição a perigos no local de trabalho durante a juventude (EU-OSHA, 2007).
Além de causarem um sofrimento humano inestimável, os acidentes
de trabalho e as doenças profissionais constituem um custo económico
significativo, ascendendo a uma perda anual estimada de 3,94 por cento do PIB
mundial (ILO, 2017c). Para a sociedade, os custos dos acidentes graves sofridos
pelos/as trabalhadores/as jovens e a longo prazo e as incapacidades que deles
resultam, pode ser muito mais elevados de que os relacionados com os/as
trabalhadores/as menos jovens que sofrem acidentes similares.
As consequências das lesões causadas por acidentes ou doenças
profissionais, são mais graves quando ocorrem no início da vida profissional.
Um/a trabalhador/a jovem com uma incapacidade permanente ou temporária de longo
prazo, pode deixar de ser um membro ativo da sociedade e fazer pouco uso da
educação e da formação que recebeu.”
Fonte: Relatório da OIT
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