A
Eurofound publicou recentemente um Relatório - Como responder aos problemas de
saúde crónicos no local de trabalho? – em que se debruça sobre uma evidência: o
número de trabalhadores que vivem com condições de saúde crónica está a
aumentar na UE. Tais condições afetam a capacidade dos trabalhadores no
desenvolvimento das suas atividades profissionais. Enquanto alguns não
conseguem continuar a trabalhar, muitos desejam e poderiam continuar a fazê-lo,
se no seu local de trabalho fossem realizadas adaptações para acomodar as suas
necessidades.
Analisa,
pois, a problemática das doenças crónicas nos locais de trabalho da UE: a sua
prevalência e o impacto destas na capacidade de trabalho, conferindo particular
importância à análise das situações em que os locais de trabalho procedem a
ajustes para os trabalhadores com doenças crónicas e o efeito disso na sua
qualidade do trabalho.
Constata
que a maioria dos trabalhadores portadores de uma doença crónica que limita a
sua capacidade de trabalhar não beneficia de adaptações no seu local de
trabalho.
Confere
especial atenção à necessidade dos decisores políticos manterem a participação
da força de trabalho como uma questão fundamental no contexto do envelhecimento
demográfico e da queda da população em idade ativa.
" Os
trabalhadores portadores de uma doença crónica têm perspetivas reduzidas de
emprego e de rendimentos, em parte porque são mais propensos a abandonar o
mercado de trabalho mais cedo ou porque devido à sua condição é mais difícil
voltarem a ser integrados no mercado de trabalho após uma ausência prolongada.
De
acordo com dados da Pesquisa sobre Saúde, Envelhecimento e Reforma na Europa, enquanto 74% dos indivíduos saudáveis entre os 50 e 59 anos
encontram-se empregados, tais valores diminuem para 70% entre aqueles com uma
doença crónica e desce para 52% no caso de trabalhadores portadores de duas
doenças crónicas.
Não
estar no trabalho priva as pessoas dos benefícios que o emprego pode trazer para
o seu bem-estar, qualidade de vida, segurança financeira e inclusão social.
Também reduz a mão-de-obra disponível para os empregadores e conduz a uma maior
dependência do sistema de benefícios e de pensões sociais.
Enquanto
algumas pessoas com condições crónicas não conseguem continuar a trabalhar,
muitas desejavam e seriam capaz de continuar a fazê-lo, se lhes fosse permitido
o apoio apropriado e a adaptação do seu posto de trabalho às suas necessidades.
O
impacto das doenças crónicas na força de trabalho é uma preocupação crescente
para os decisores políticos.
A
crescente parcela de trabalhadores mais velhos traz ao cimo a questão da
sustentabilidade do emprego. E, embora as doenças crónicas sejam mais comuns
entre os trabalhadores idosos, acontece que uma parcela crescente de
trabalhadores mais jovens relata doenças de longa data. Isto também apresenta
uma preocupação política, principalmente por causa da exclusão precoce do
mercado de trabalho de indivíduos em estados iniciais de carreira.
Utiliza
dados reunidos pela Eurofound e pelo Eurostat para estabelecer:
£
A prevalência da doença crónica na força de trabalho da UE;
£
Até que ponto os trabalhadores com doenças crónicas têm limitações no seu
quotidiano, incluindo a capacidade de trabalhar;
£ Até
que ponto os locais de trabalho são adaptados às necessidades desses
trabalhadores;
£
Se essas adaptações tornaram o seu trabalho mais sustentável.
O
resumo da política destaca também as diferenças entre os Estados-Membros, bem
como as diferenças de acordo com fatores sociodemográficos, como o sexo, a
idade, e outros relacionados com o trabalho, como o setor e a atividade dos
trabalhadores.
Nota:
tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT
Aceda
ao Relatório Aqui
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