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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Alerta SST em Números: Risco Psicossocial pós pandemia

 



SST em Números | Alguns Números sobre Fatores de Risco Psicossociais relacionados com o trabalho após o COVID-19 Dados UE

Em 2022 a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) levou a cabo um inquérito europeu - Inquérito Eurobarómetro de SST - com o objetivo de obter mais informações sobre o estado da SST nos locais de trabalho pós-pandemia.

Este Eurobarómetro centra-se nos fatores de stress para a saúde mental e física com que os trabalhadores e trabalhadoras são confrontados (incluindo as tecnologias digitais atualmente utilizadas no local de trabalho) e nas medidas de SST no local de trabalho.

 

Mais especificamente, este inquérito explora, entre outras, as seguintes áreas:

  • Fatores de risco psicossociais relacionados com o trabalho;
  • Problemas de saúde mental no local de trabalho, incluindo medidas para combater o stresse no trabalho;
  • A utilização de tecnologias digitais no local de trabalho e os riscos conexos para a saúde dos trabalhadores;
  • Pontos de vista dos trabalhadores sobre a gestão da SST no local de trabalho.

 

Seguem alguns dados relativamente à exposição a fatores de risco psicossocial:

  • Perto de um em cada dois inquiridos em toda a UE - 46 % - responderam que estão expostos a uma forte pressão de tempo ou sobrecarga de trabalho;
  • Cerca de um quarto - 26 % - dizem o mesmo sobre a falta de comunicação ou cooperação dentro da sua organização;
  • 18 % relatam ter falta de autonomia ou falta de influência sobre o ritmo de trabalho ou processos de trabalho;
  • A violência ou o abuso verbal por parte de clientes, doentes e alunos é referido por 16 % dos inquiridos em toda a UE;
  • 7 % afirmam estar expostos a comportamentos de assédio ou intimidação no trabalho;
  • Por último, 29 % dos inquiridos respondem que existem (também) «outros fatores» no trabalho que lhes causam stress.
  • Os inquiridos que trabalham em médias e em grandes empresas são os mais propensos a estarem expostos a uma forte pressão de tempo ou sobrecarga de trabalho (50%), valor que desce para 46% nas pequenas empresas e para 39% nas microempresas;
  • As inquiridas do sexo feminino tendem a estar mais expostas a uma forte pressão de tempo e sobrecarga de trabalho (48% contra 44% dos inquiridos do sexo masculino), bem como à violência ou abuso verbal por parte de clientes, doentes, alunos, etc. (19% contra 13% dos inquiridos do sexo masculino).
  • Os inquiridos mais jovens (16-24 anos) são menos propensos do que os inquiridos mais velhos a enfrentar uma forte pressão de tempo ou sobrecarga de trabalho (38 % contra 45 % a 47 % noutras categorias etárias);
  • Os inquiridos mais jovens são também um pouco menos propensos a serem confrontados com falta de autonomia ou falta de influência (14 % contra 17 % a 19 % noutras categorias etárias);
  • No que diz respeito à situação laboral, os inquiridos com um contrato permanente estão um pouco mais expostos a uma forte pressão de tempo ou sobrecarga de trabalho (47%) do que os inquiridos com um contrato temporário (42%) ou os inquiridos por conta própria (44%);
  • Observa-se também um padrão semelhante quando se comparam os trabalhadores a tempo inteiro com os trabalhadores a tempo parcial. Além disso, os inquiridos independentes afirmam ter a menor exposição a violência ou abuso verbal (12%), a assédio ou intimidação (4%), a uma comunicação deficiente dentro da organização (15%) e a falta de autonomia ou falta de influência (12%);
  • 6 % dos inquiridos que descrevem o seu estado de saúde como «bom» estão expostos a assédio ou intimidação no trabalho;
  • Esta proporção aumenta para 23% no caso dos inquiridos com uma saúde «precária»;
  • Os inquiridos que trabalham em microempresas são os que têm menos probabilidades de serem expostos a uma forte pressão de tempo ou sobrecarga de trabalho (39 %);
  • Este número aumenta para 46% nas pequenas empresas (10-49 trabalhadores) e para 50% nas médias (20-249 trabalhadores) e grandes empresas (250+ trabalhadores).
  • É provável que os inquiridos em microempresas sejam também confrontados com uma comunicação ou cooperação deficiente dentro da organização (31% contra 26% e 31%, respetivamente) ou com falta de autonomia ou falta de influência (12% contra 17% e 21%-22%, respetivamente).
  • 60% dos inquiridos que trabalham em empresas com uma pontuação baixa no índice de cultura de prevenção referem que enfrentam uma forte pressão de tempo e sobrecarga de trabalho, em comparação com 41% dos inquiridos que trabalham em empresas com uma cultura de prevenção elevada;
  • Os inquiridos são também mais suscetíveis de serem expostos a assédio e intimidação se trabalharem numa empresa com uma cultura de prevenção baixa (20 %), em contraste com os inquiridos que trabalham para uma empresa com uma cultura de prevenção elevada (4 %);
  • Os inquiridos que trabalham em serviços relacionados com a saúde ou a assistência social parecem ser os que correm maior risco de exposição a riscos psicossociais relacionados com o trabalho. Por exemplo, 51 % dos profissionais de saúde e de assistência social respondem que enfrentam uma forte pressão de tempo e sobrecarga de trabalho (contra 46 %, em média, em todos os setores);
  • 30 % afirmam estar expostos a violência ou abuso verbal por parte de clientes, doentes, alunos, etc. (contra 16 %, em média, em todos os setores).

 

Fonte: Inquérito da EU-OSHA - Tomar o pulso à SST — Segurança e saúde nos locais de trabalho após a pandemia

 


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