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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Ferramenta de visualização de dados sobre trabalho mais seguro e saudável em qualquer idade.
Esta ferramenta de
visualização de dados destaca as principais conclusões de um estudo realizado
pela EU‑OSHA, a pedido do Parlamento Europeu, que visou a compreensão das
questões de segurança e saúde no trabalho (SST) no contexto do envelhecimento
da população ativa.
Esta ferramenta faculta acesso a uma apresentação visual de dados
referentes a demografia, emprego, condições de trabalho e saúde no contexto do
envelhecimento da população ativa, e a SST e políticas conexas de resposta aos
desafios.
A ferramenta é interativa e os utilizadores podem:
·
Encontrar
informações sobre os desafios associados ao envelhecimento da
população ativa europeia;
·
Conhecer políticas,
estratégias e programas em vigor
nos diferentes Estados‑membros da UE;
·
Examinar
a diversidade demográfica e socioeconómica, bem como as diferenças entre os
sistemas sociais e de saúde de quatro «grupos
de países» europeus, e a
importância destes aspetos para o desenvolvimento de políticas;
·
Usar
os «perfis de países» para comparar as estratégias em
matéria de SST relacionada com idade e de reabilitação de cada país com a UE no
seu conjunto e outros países europeus.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Amianto banido do Canadá até 2018
O
governo canadiano estabeleceu 2018 como o prazo final para a interdição do uso
do amianto, conforme anunciado pela ministra da ciência, Kirsty Duncan, no
passado dia 15 de Dezembro.
A proibição do amianto, considerado cancerígeno
pela Organização Mundial de Saúde desde 1987, será aplicada na fabricação,
importação e exportação de produtos que contenham a substância.
Saiba
mais aqui.
Equilíbrio entre vida profissional e familiar: criando soluções para todos
Esta
edição da Foundation Focus analisa o equilíbrio entre a vida profissional e a
familiar bem como alguns dos factores que facilitam ou dificultam a relação
entre ambas. Tendo-se registado um decréscimo contínuo na média das horas de
trabalho, o relatório questiona se o equilíbrio entre vida profissional e
familiar ainda tem a mesma importância.
Como pode a Directiva “Tempo de
Trabalho” ajudar e que papel têm as políticas sobre flexibilidade horária? De
que apoios específicos precisam aqueles que cuidam de crianças, idosos e incapacitados?
O equilíbrio entre vida profissional e familiar está ligado a outros aspectos
da vida, incluindo a necessidade de cuidados infantis de elevada qualidade, as
diferenças de género no emprego e a preocupação com os trabalhadores mais
velhos, incapazes de continuar a trabalhar a tempo inteiro.
Saiba
mais aqui.
Foundation Seminar Series 2016: O impacto da digitalização no trabalho
A
Foundation Seminar Series (FSS) é uma oportunidade para governos, sindicatos e
empregadores partilharem conhecimentos e experiências sobre o desenvolvimento
de políticas europeias sociais e relacionadas com o trabalho e o emprego.
A
edição de 2016 teve como tema “O impacto da digitalização no trabalho: Criação
de agendas nacionais para uma melhor implementação das mudanças digitais” e
contou com sessões em Dublin (Maio) e Berlim (Outubro) onde participaram 15
equipas nacionais.
O relatório, que pode ser descarregado aqui,
oferece uma visão geral sobre os contributos nacionais.
Participação dos trabalhadores na gestão da segurança e saúde no trabalho: dados qualitativos do segundo inquérito europeu às empresas sobre riscos novos e emergentes (ESENER-2)
Este
estudo, publicado na sequência do ESENER-2, centra-se na representação dos
interesses dos trabalhadores em matéria de SST enquanto percecionada pelos
próprios representantes, seus colegas e empregadores, tendo por base
entrevistas realizadas junto destes participantes em 143 empresas diferentes
espalhadas por sete estados-membros europeus: Bélgica, Estónia, Grécia,
Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido.
Pode
ser descarregado aqui.
Estudo sobre cancro e trabalho nocturno fruto de “má ciência
Peritos
alertaram recentemente que um estudo da Universidade de Oxford que concluiu que
não existe relação entre o trabalho nocturno e o cancro da mama se baseou em
“má ciência”. Esta “meta-análise” de larga escala publicada a 6 de Outubro de
2016 no jornal do Instituto Nacional para o Cancro (NCI) concluiu que “o
trabalho nocturno, incluindo o trabalho nocturno de longa duração, tem pouco ou
nenhum efeito sobre a incidência de cancro da mama”, tendo ainda acrescentado
que a classificação do trabalho nocturno como causa “provável” de cancro da
mama – atribuída pela Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro (IARC) –
já não era válida.
Porém, três dos mais conceituados epidemiologistas sobre
trabalho nocturno e cancro da mama vieram já refutar esta conclusão, apontando
para uma sucessão de falhas metodológicas na pesquisa que “invalidam” os seus
resultados.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
No
âmbito da Campanha de Apoio aos Técnicos de Segurança no Trabalho e Ambiente na
implementação do REACH pelos utilizadores a jusante, lançada em Portugal em
2014, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) disponibilizou
recentemente no seu portal instrumentos informativos e de caráter técnico,
nomeadamente:
Estes folhetos pretendem, por um lado,
clarificar a articulação da legislação de SST com os regulamentos REACH e
CLP, por forma a dar cumprimento a estas disposições legais por parte do
empregador, com especial relevância para a comunicação ao longo da cadeia de
abastecimento de produtos químicos, desde o fabricante ao utilizador
final/consumidor, e por outro colmatar as principais dificuldades sentidas ao
longo do desenvolvimento do projeto.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Economia Verde e Segurança e Saúde no Trabalho: previsão de riscos novos e emergentes associados às novas tecnologias até 2020
Conclusões
Os cenários produzidos são
descrições de possíveis “mundos” futuros para a economia verde. Importa
reconhecer que não são projecções nem previsões, mas sim uma ferramenta
destinada a explorar o futuro e as incertezas críticas – factores que serão
especialmente importantes na construção do futuro mas cujo desenvolvimento
apresenta um rumo incerto. O valor advém não só dos próprios cenários mas
também dos conhecimentos e das discussões que promovem.
Ao longo deste trabalho, tornou-se
evidente que muitas das suposições actuais sobre futuros empregos verdes se
baseiam em resultados optimistas e cenários de ganho mútuo. Mas deveria ter-se
em conta a possibilidade de estes objectivos não serem atingidos: analisando,
por exemplo, os cenários alternativos produzidos neste projecto (e outros). Os
cenários produzidos poderiam ser igualmente aplicados a uma variedade de outras
tecnologias e aspectos relacionados com a economia verde, desde que as
suposições subjacentes permanecessem válidas. Devem ser utilizados com cautela
quando se considera a SST para empregos fora do âmbito deste projecto; poderão
ter que ser extrapolados para o efeito, embora grande parte da informação sobre
agentes impulsionadores e tecnologias possa ser aplicada a uma maior variedade
de empregos.
Tornou-se igualmente claro que os
“empregos verdes” englobam uma vasta variedade de locais de trabalho em
diferentes sectores, com diferentes condições e processos de trabalho e
diferentes grupos de trabalhadores envolvidos. Os cenários também revelaram o
impacto do contexto sócio-económico e as estratégias e políticas adoptadas ao
nível dos desenvolvimentos tecnológicos e das condições de trabalho, e como
tudo isto pode dar origem a uma variedade de problemas relacionados com a SST.
Assim, ao desenhar-se uma estratégia de prevenção para a economia verde, deve
ter-se em conta as especificidades dos diferentes tipos de empregos verdes bem
como a diversidade da mão-de-obra envolvida. Contudo, apesar da diversidade dos
empregos verdes, foram salientados alguns desafios comuns:
- Processos de trabalho
descentralizados: à medida que os locais de trabalho se tornam cada vez mais
dispersos e difíceis de alcançar, a monitorização e o reforço das boas práticas
ao nível da segurança e saúde no trabalho deverão tornar-se mais desafiantes;
- Aumento de subcontratações,
auto-emprego e micro e pequenas empresas: tais estruturas poderão ter uma menor
percepção de SST e uma cultura de SST menos desenvolvida, bem como menos
recursos disponíveis para a SST e menor acesso aos serviços de SST;
- Novas competências e necessidade de
formação adequada: existem muitas novas tecnologias verdes e processos de
trabalho que requerem conhecimentos específicos mas que não foram ainda
plenamente desenvolvidos; existem também (novas combinações de) “velhos” riscos
encontrados em situações novas que exigem igualmente novas (combinações de)
competências específicas; as oportunidades de emprego na economia verde poderão
atrair trabalhadores novos indo além das suas áreas e competências originais e
alheias a estes novos desafios;
- Escassez de competências e
polarização da mão-de-obra, pressionando os trabalhadores menos qualificados a
aceitar condições de trabalho mais precárias e empregos mais exigentes;
- Maior automatização, que poderá
melhorar a SST mas também conduzir a problemas no relacionamento entre homem e
máquina, bem como dependência excessiva da tecnologia;
- Conflitos entre os objectivos verdes
e a SST, com o risco de a SST ser menosprezada;
- E materiais novos, difíceis de
caracterizar e potencialmente perigosos que terão que ser vigiados com atenção
ao longo do seu ciclo de vida a fim de se detectar potenciais (desconhecidos,
latentes) perigos para a saúde: isto será cada vez mais desafiante uma vez que
ninguém permanece no mesmo emprego durante toda a vida, tornando assim difícil
a ligação entre a exposição no trabalho e os efeitos sobre a saúde.
No que toca à prevenção, ao nível do
local de trabalho, a avaliação de riscos permanece essencial para uma concepção
adequada de medidas de prevenção que tenham em conta a especificidade do
emprego verde em causa e os trabalhadores envolvidos. Na fase de
desenvolvimento de qualquer tecnologia, produto ou processo novo, bem a
montante da sua introdução nos locais de trabalho, é necessária uma avaliação
prévia de SST de todo o seu ciclo de vida. Logo, torna-se mais eficiente
integrar a prevenção na fase da concepção do que proceder a uma retromontagem
da SST e isto precisa de começar a ser posto em prática de imediato, a fim de
garantir empregos verdes seguros no futuro.
Para tal é necessária a cooperação
entre vários actores ao nível das políticas, da pesquisa e desenvolvimento e
dos locais de trabalho ao longo de várias disciplinas, incluindo SST e protecção
ambiental, e dos diferentes sectores onde os empregos verdes estão a surgir. Os
desenvolvedores de tecnologias, designers e arquitectos devem também ser
envolvidos no processo.
Estes cenários provaram ser uma poderosa ferramenta de
apoio a tal cooperação. Isto, juntamente com os novos conhecimentos sobre
riscos de SST novos e emergentes originados nos cenários, permite o
desenvolvimento de estratégias e políticas mais robustas.
É esta a chave para a
criação de empregos verdes que ofereçam condições de trabalho dignas, seguras e
saudáveis, apoiando assim o desenvolvimento de um crescimento inteligente,
sustentável e inclusivo da economia verde em linha com a estratégia UE 2020
(Comissão Europeia, 2010).
Tradução baseada do capitulo Conclusões retirado do Relatório da OSHA - Green jobs and occupational safety and health: Foresight on new and emerging risks
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Disruptores endócrinos: AESA e ECHA estabelecem planos de orientação
A
Agência Europeia das Substâncias Químicas (ECHA) e a Agência Europeia para a
Segurança Alimentar (AESA) publicaram os planos de orientação que estão a
desenvolver para a identificação de substâncias com propriedades endócrino-disruptoras
em pesticidas e biocidas.
Os
planos incluem um índice, bem como um plano do processo preparatório, incluindo
cronogramas, responsabilidades, consultas a diferentes partes e uma explicação
sobre como o documento será aprovado.
Saiba
mais aqui.
Junte-se ao “Roteiro dos agentes cancerígenos” e ajude a prevenir a exposição aos agentes cancerígenos no trabalho
O
“roteiro dos agentes cancerígenos” é um esquema de acção voluntário
desenvolvido por organizações-chave europeias com o fim de sensibilizar o
público para os riscos derivados da exposição aos agentes cancerígenos nos
locais de trabalho e trocar exemplos de boas práticas.
À medida que a
comunidade do roteiro se expande rapidamente, a primeira newsletter sobre os
mais recentes desenvolvimentos acabou de ser enviada a todos os simpatizantes
da iniciativa.
Para
se tornar membro do roteiro e receber a Newsletter, clique aqui.
Publicada Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu sobre Segurança e Saúde no Trabalho
Foi publicada no passado dia 10 de
janeiro a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité
Económico e Social e ao Comité das Regiões sobre “ Um Trabalho Mais Seguro e
Saudável para Todos – Modernização das políticas e da legislação Europeias em
matéria de Segurança e Saúde no Trabalho”.
Após a análise do Relatório dos
países respeitante à avaliação da implementação das diretivas comunitárias e do
relatório COWI sobre o mesmo assunto (efetuado por um contratante externo), a
Comissão decidiu que seria necessário materializar um documento que pudesse
resumir os desafios e as ações a desenvolver nos próximos dois anos, sendo esta Comunicação a concretização
dessa necessidade.
As
três grandes ações previstas no âmbito desta Comunicação são:
1. Reforço da prevenção do cancro
relacionado com a atividade profissional;
2. Apoiar as empresas, especialmente
as micro e pequenas empresas a cumprir a legislação de segurança e saúde no
trabalho;
3. Cooperar com os Estados da UE no
sentido de garantir uma melhor proteção e cumprimento da legislação de
segurança e saúde no trabalho.
A Comissão refere igualmente a
importância da Educação neste domínio, sendo fundamental que a cultura de
cumprimento comece nos primeiros graus do ensino.
Anexa a esta Comunicação foi
igualmente publicada uma lista de ações a ser desenvolvidas por múltiplos
atores, desde a própria Comissão, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde
no Trabalho (EU-OSHA), os Estados da UE, o Comité Consultivo para a Segurança e
Saúde no Trabalho e o Comité dos Altos Responsáveis das Inspeções do Trabalho
(CARIT).
Por fim, a acompanhar esta
Comunicação, e reforçando a importância do apoio às micro e pequenas empresas,
a Comissão publicou um guia prático para empregadores sobre as principais
obrigações e ferramentas disponíveis neste domínio, por forma a ajudar na
implementação efetiva e eficiente da segurança e saúde nos locais de trabalho
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Ordem dos Psicólogos quer que seja criada a figura do psicólogo do trabalho
Proposta,
a entregar na Assembleia da República, prevê também um “reforço e uma
concretização de medidas de prevenção dos riscos psicossociais.
" A Ordem dos Psicólogos vai apresentar na Assembleia da República
uma proposta que prevê a criação da figura do psicólogo do trabalho e o reforço
de medidas de prevenção de riscos psicossociais em contexto de trabalho.
A Ordem pretende que seja criada a
"figura do psicólogo do trabalho, à semelhança do médico do trabalho e
enfermeiro do trabalho", afirmou hoje o bastonário desta instituição,
Francisco Miranda Rodrigues, que falava aos jornalistas à margem da
apresentação dos novos órgãos sociais da Delegação Regional do Centro da Ordem
dos Psicólogos, que decorreu hoje em Coimbra.
A proposta,
que será entregue na Assembleia da República durante o primeiro trimestre deste
ano, prevê também um "reforço e uma concretização de medidas de prevenção
dos riscos psicossociais", afirmou. (…)”
Um olhar retrospectivo sobre o primeiro ano da campanha “Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis para Todas as Idades”
À
medida que o primeiro ano da campanha “Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis
para Todas as Idades” da EU-OSHA chega ao fim, analisamos algumas das centenas
de eventos e actividades que fizeram de 2016 um sucesso.
Graças aos esforços
dos pontos focais nacionais, 100 parceiros de campanha oficiais e mais de 30
parceiros da comunicação social, a campanha mostrou como os locais de trabalho
saudáveis e sustentáveis são vitais para os trabalhadores de todas as idades. O ano de 2017 contará com uma série de eventos igualmente interessantes que terão como
base os resultados do ano anterior.
Saiba
mais aqui.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Comissão Europeia incapaz de proteger trabalhadores contra os gases diesel
No
passado dia 10 de janeiro, a Comissão Europeia publicou o segundo “draft” da Directiva
revista sobre a proteção de trabalhadores contra os riscos relacionados com a
exposição a agentes cancerígenos e mutagénicos no trabalho. A omissão das
emissões de escape dos motores a diesel suscitou críticas por parte do
movimento sindical europeu.
A recusa da Comissão em alargar o âmbito de
aplicação da Diretiva para incluir as emissões de escape dos motores a diesel
ou adicioná-los à lista de valores limite é, para alguns, um sinal de
capitulação do lobby agressivo das associações de empregadores.
Leia
o comunicado de imprensa da Comissão aqui.
CES apela a mais limites de exposição a agentes cancerígenos
Os
novos limites de exposição salvarão vidas, mas é urgente que haja uma
estratégia mais ambiciosa para eliminar os cancros ocupacionais. A CES aplaudiu
hoje a proposta da Comissão Europeia para introduzir cinco novos valores-limite
de exposição (VLEs) vinculativos para agentes cancerígenos que já aguardavam
esta classificação há décadas.
A Secretária Confederal da CES, Esther Lynch,
acrescentou que “os actuais limites de
exposição baseiam-se em dados muito antigos, alguns com mais de 40 anos, e dado
o número elevado de mortes anuais relacionadas com cancro, estes limites são
ainda manifestamente insuficientes para salvar vidas.”
Aceda
ao artigo completo aqui.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Cancro profissional: é necessário fazer mais para se conseguir uma melhor legislação
Deixando
para trás mais de 10 anos de inércia, em Maio de 2016 a Comissão Europeia lançou oficialmente uma revisão da Diretiva sobre
a prevenção dos cancros profissionais. A proposta é minimalista, mas representa
um desbloqueio do processo legislativo. O que está em jogo?
ETUI
Laurent
Vogel
Uma revisão minimalista
O conteúdo da revisão proposta é minimalista dada a necessidade de um trabalho eficaz para prevenir cancros profissionais. No entanto, o fator mais importante neste domínio é de carácter político: a inércia que anteriormente bloqueava todas as iniciativas legislativas europeias neste domínio foi superada. Foram necessários vários anos de difíceis campanhas por parte de sindicatos, organizações de saúde pública e associações de pacientes para desbloquear esta situação. Mas foram identificadas lacunas importantes nesta legislação desde 2002. No entanto, a Comissão tinha outras prioridades: a necessidade de "simplificar", reduzir o peso da legislação sobre as empresas, conduzir intermináveis "estudos de impacto" sobre hipotéticas consequências económicas de cada proposta legislativa. Uma vez concluído o estudo de impacto, tornar-se-ia evidente que novos critérios mais sofisticados e impraticáveis exigiam agora a condução de um novo estudo de impacto!
A catástrofe para a saúde provocada pelos cancros profissionais deixa pouco espaço para dúvidas: mais de 100 000 mortes por ano na União Europeia. É a principal causa de morte, resultado de uma prevenção insuficiente nas empresas. Estes cancros por si só representam cerca de 53% do total de mortes causadas pelas más condições de trabalho.
O custo desses cancros profissionais está estimado em 334 bilhões de euros por ano, de acordo com um estudo recente do Instituto Nacional Holandês de Saúde Pública e Meio Ambiente.
O intervalo de tempo entre o período de exposição no trabalho e o surgimento do cancro muitas vezes impede que haja uma ligação entre a doença e o local de trabalho, daí a necessidade primordial de um quadro legislativo detalhado para prevenir cancros ocupacionais. Esperar que as empresas tomem ações voluntárias baseadas na boa vontade é ilusório.
A legislação comunitária, na sua maioria, remonta a 1990 (com alterações parciais adotadas em 1997 e 1999).
Nessa altura, a Diretiva relativa aos agentes cancerígenos no local de trabalho era mais progressiva do que a legislação de muitos Estados- Membros. A intenção era atualizá-la regularmente, adaptando-a às circunstâncias em mutação e tendo em conta as experiências de prevenção.
Portanto, precisamos de ir muito além desse objetivo modesto, que reduziria a mortalidade em apenas 2%.
Todos os cancros profissionais podem ser evitados. É isso que está em jogo na importante batalha política que está a ser travada atualmente.
Formação em matéria de riscos: novo relatório sobre a integração da SST em programas de formação de professores
Em teoria, os professores deveriam
receber formação sobre como sensibilizar os alunos sobre os riscos nas escolas.
Se já é difícil integrar esta matéria nos programas escolares, ainda mais
difícil é integrá-lo nos extensos programas de formação para futuros professores.
Mas também não é impossível, e um novo relatório sobre estudos de casos
elaborado pela EU-OSHA propõe várias abordagens e métodos que poderiam ser
tidos em conta e desenvolvidos na preparação de professores para este tipo de
formação.
Saiba mais Aqui.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Ferramenta OIRA para os escritórios
Trabalhar
em escritórios tem um amplo escopo e abrange empresas do setor terciário, bem
como do setor secundário e até mesmo do setor primário.
Esta
ferramenta trata, entre outros, dos principais perigos / riscos nas diversas
áreas de trabalho, desde posturas em pé ou sentadas até o uso de computadores,
impressoras / fotocopiadoras e guilhotinas. Aborda também os riscos
psicossociais e de stresse aos quais os trabalhadores podem estar expostos, os
problemas associados às emergências, bem como os riscos / riscos estruturais /
ambientais e a gestão da segurança e saúde no trabalho.
A
ferramenta permite uma avaliação dos riscos existentes, sugere medidas a serem
implementadas para controlar esses riscos e produz um plano de ação que os
usuários podem adotar para gerir a saúde e a segurança nos escritórios.
Aceda à ferramenta OIRA escritórios Aqui.
Já se encontra disponível a ferramenta OIRA para a Reparação Automóvel
O setor de reparação automóvel é muito relevante
em termos económicos e de emprego. Esta ferramenta aborda os principais perigos
/ riscos nas várias áreas de trabalho, incluindo receção, mecânica automóvel,
trabalho na carroçaria, substituição de pneus e estação de serviço.
Aborda também os problemas associados às
emergências, bem como os riscos / riscos estruturais / ambientais e a gestão da
segurança e saúde no trabalho na empresa.
A ferramenta permite uma avaliação dos riscos
existentes, sugere medidas a serem implementadas para controlar esses riscos e
produz um plano de ação que os usuários podem adotar para gestão da saúde e a
segurança em sua empresa.
Aceda a esta ferramenta Aqui.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
OIT publica Guia Prático sobre diversidade e inclusão
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
publicou um guia prático para promover a diversidade e a inclusão dos
trabalhadores no local de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
publicou um guia prático para promover a diversidade e a inclusão dos
trabalhadores no local de trabalho, intitulado “Promoting diversity and
inclusion through workplace adjustments: a practical guide”.
Tendo como objetivo promover a diversidade e a
inclusão, a OIT expõe neste guia o
conceito de “ajustamentos razoáveis” (também designado por “adaptações
razoáveis”), conceito este que se relaciona com as alterações que possam ser
efectuadas no local de trabalho para ir ao encontro das características
individuais ou das diferenças específicas de um trabalhador ou candidato a um
posto de trabalho, de forma a aproveitar todo o seu potencial profissional e
contribuir assim para a igualdade no acesso ao mercado de trabalho.
Ainda que o conceito de “ajustamentos razoáveis”
seja aplicável a todos os trabalhadores, o guia privilegia quatro categorias
específicas de trabalhadores:
1) trabalhadores portadores de deficiência;
2) trabalhadores afectados por VIH ou SIDA;
3) trabalhadores com responsabilidades familiares
e trabalhadoras grávidas;
4) trabalhadores que professem uma religião ou
credo particular.
Segue a tradução de parte da Introdução deste Guia.
A igualdade de oportunidades e de tratamento é um
princípio fundamental da justiça social que esteve no cerne do trabalho da OIT
desde sua fundação em 1919.
Os ajustes razoáveis, muitas vezes chamados de
acomodações, são um componente essencial para promover a diversidade e a
inclusão no local de trabalho e o direito à igualdade no emprego, na formação
profissional e na educação.
A maioria
dos trabalhadores exigirá uma adaptação razoável em algum momento do ciclo do
emprego, que lhes permita concorrer e ter acesso ao emprego em pé de igualdade
com os outros, para lhes permitir permanecer no emprego ou voltar ao trabalho
após uma ausência.
A necessidade de uma adaptação razoável pode
resultar de responsabilidades familiares para crianças, pais ou outros
dependentes, necessidades religiosas, uma incapacidade temporária ou
permanente, status de HIV, ou outras causas, que podem incluir acidentes,
doenças crônicas ou deficiências relacionadas à idade.
Adaptações razoáveis permitem que os trabalhadores e seus empregadores aproveitem
todo o seu potencial profissional e contribuam assim para o sucesso do negócio.
O objetivo de uma adaptação razoável no trabalho não é sobrecarregar
indevidamente um empregador, nem é conceder a um empregado um benefício ou
vantagem injusta em detrimento de outro.
Adaptações razoáveis no local de trabalho
significa fornecer uma ou mais modificações ou ajustes que sejam apropriados e
necessários para acomodar as características individuais ou diferenças de um
trabalhador ou candidato a emprego, para que ele ou ela possa gozar dos mesmos
direitos que os outros.
Muitas vezes, uma adaptação razoável pode ser
feita com pouco ou nenhum custo para um empregador, resultando em benefícios
concretos tanto para o empregador como para o trabalhador.
Quando e como deve ser fornecida uma adaptação no
local de trabalho? Quando um alojamento solicitado deve ser considerado
necessário e razoável?
O presente guia destina-se a ajudar os
empregadores de todos os setores económicos, independentemente da dimensão das
empresas a proporcionarem adaptações razoáveis em todas as fases da relação de trabalho, designadamente na conceção e
publicidade de uma vaga, durante a fase de seleção e recrutamento, volte ao
trabalho.
Este Guia é um produto conjunto do Departamento de
Condições de Trabalho e Igualdade, do Departamento de Governação e Tripartismo
e do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho e é o terceiro módulo da
série Promoting Equity da OIT.
Fonte: Introdução
Aceda ao Guia Aqui.