sexta-feira, 3 de maio de 2019
A Segurança e Saúde no Trabalho no centro do futuro do trabalho
Já se encontra disponível o Relatório da OIT - A segurança e saúde no
trabalho no centro do futuro do trabalho.
A OIT, por ocasião do Dia Mundial
da Segurança e Saúde no Trabalho, divulgou o seu novo relatório “Segurança e
saúde no centro do futuro do trabalho: Tirando partido de 100 anos de
experiência”, no qual analisa os 100 anos de trabalho desta organização
dedicados à melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho (SST), e
destaca os problemas emergentes nesta área no mundo do trabalho.
“Assim como observamos um maior
interesse na prevenção dos riscos reconhecidos, também constatámos mudanças
profundas nos nossos postos de trabalho e na forma como trabalhamos.
Necessitamos de estruturas de segurança e saúde que espelhem essas alterações,
a par de uma cultura geral de prevenção que incentive a responsabilidade
partilhada”, disse Manal Azzi, especialista técnica da OIT sobre segurança e
saúde no trabalho.
“Além do custo económico devemos
reconhecer o incomensurável sofrimento humano que causam estas enfermidades e
acidentes. E são ainda mais trágicos porque em grande medida podem ser
evitados”, explica.
O relatório destaca quatro
grandes forças transformadoras que impulsionam as mudanças, referindo ainda que
todas oferecem oportunidades de melhoria.
• Em
primeiro lugar, a tecnologia – como a digitalização, a robótica e a
nanotecnologia – podem também afetar a saúde psicossocial e introduzir novos
materiais com riscos para a saúde que não foram ainda tidos em consideração. Aplicada
corretamente, também pode contribuir para a redução da exposição aos riscos
profissionais, facilitar a formação e a inspeção do trabalho.
• As
mudanças demográficas são relevantes porque se registam níveis elevados de
lesões profissionais na população jovem trabalhadora, por outro lado
também é necessário assegurar métodos de trabalho e equipamento que
garantam a segurança e a saúde dos trabalhadores menos jovens. As mulheres –
em número crescente no trabalho–
são mais propensas a trabalhar em formas atípicas de emprego e correm maiores
riscos de sofrer lesões músculo-esqueléticas.
• Em
terceiro lugar, o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas que
abrem espaço a riscos como a contaminação do ar, o stress pelo excesso de
calor, a doenças emergentes, as alterações nos padrões de precipitação e de temperatura, podendo
ocasionar a perda de postos de trabalho. Mas também, serão criados novos
empregos graças à economia verde.
• Para
finalizar, as alterações na organização do trabalho podem dar lugar a uma
flexibilidade que permita que um maior número de pessoas entre no mundo do
trabalho, mas também pode originar problemas psicossociais (p. ex, insegurança,
redução da privacidade e do tempo de descanso, ou uma proteção inadequada em
matéria de SST e de proteção social) e horários de trabalho excessivos.
Com base nestes desafios, o
relatório propõe seis áreas nas quais se
devem concentrar responsáveis políticos e outros parceiros relevantes.
• Antecipar os riscos novos e emergentes
para a SST;
• Adotar uma abordagem multidisciplinar;
• Estabelecer uma maior relação com a
saúde pública;
• Melhor compreensão acerca dos assuntos
relacionados com a SST;
• Reforçar as normas internacionais do
trabalho e a legislação dos países;
• Potenciar a colaboração entre governos, representante dos
empregadores e dos trabalhadores.
Aceda ao Relatório Aqui.
Etiquetas:
Relatórios OIT
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