Este ano, o movimento sindicalista internacional
fez incidir à Jornada Mundial pela Segurança e Saúde no Trabalho, celebrada a
cada 28 de abril, o tema do impacto da discriminação sobre a saúde e a
segurança dos trabalhadores.
A Confederação Europeia dos
Sindicatos (CES) emitiu uma mensagem centrada nos riscos enfrentados por
algumas categorias específicas de trabalhadores.
"Trabalhadores precários, de pequenas e
médias empresas, trabalhadores jovens, trabalhadores migrantes e trabalhadores
domésticos encontram-se mais em risco do que trabalhadores efetivos em empresas
de maior dimensão.
Isto deve-se em parte a menos
formação, informação e representação por representantes de segurança para esses
trabalhadores, em empresas de menor dimensão ", denunciou a CES num
comunicado de imprensa.
A organização sindical sublinhou a
situação na indústria da construção civil: "Cerca de um terço dos
trabalhadores da construção estão expostos a substâncias muito perigosas, como carcinogéneos,
mutagénicos e reprotoxinas. Entre todas as ocupações, os trabalhadores de construção
têm uma maior probabilidade de morte prematura '.
Para além do setor da construção
civil, a CES identificou algumas categorias de trabalhadores particularmente
vulneráveis a uma
vasta gama de riscos no seu local de trabalho: "Os trabalhadores migrantes têm mais doenças
músculo-esqueléticas, doenças da pele e acidentes de trabalho (...) estão em
risco particularmente alto de lesão (...) e os cabeleireiros representam cerca
de 1% de toda a força de trabalho, mas 20% das mulheres afetadas por asma relacionada
ao trabalho são cabeleireiras.
A CES criticou também a falta de
reconhecimento do risco de exposição de mulheres grávidas a determinadas
condições de trabalho (por exemplo, exposição a agentes químicos, radiações
ionizantes, ondas eletromagnéticas, stress, calor excessivo, levantamento de
pesos pesados, ruído, etc.).
"A saúde e a segurança de todos é
importante. Todos os trabalhadores têm direito a um ambiente de trabalho seguro
e saudável, ninguém deveria ter de escolher entre o seu trabalho e a sua saúde
", afirmou Esther Lynch, Secretária Confederal da CES, encarregada das
questões de saúde e segurança no trabalho.
Com base nos dados do Eurostat, a
CES estima que mais de 168.000 pessoas morrem todos os anos de acidentes e
doenças relacionados com o trabalho e que mais de 3 milhões de acidentes de
trabalho (os que resultam em pelo menos quatro dias de ausência) são relatados
todos os anos Na UE.
Tradução do documento oficial da
ETUI disponível Aqui.
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