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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Estão abertas até 18 de fevereiro as inscrições para o Prémio Healthy Workplaces – Locais de Trabalho Saudáveis 2022


 


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Esta é quarta edição deste prémio da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) que pretende reconhecer e distinguir as organizações portuguesas com práticas de gestão promotora da segurança, bem-estar e saúde no local de trabalho.

 

Site: https://maisprodutividade.org/healthyworkplaces/

Candidaturas em: https://maisprodutividade.org/healthyworkplaces/candidaturas/

Checklist: https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/opp_premiohealthyawards22_checklist.pdf

Vídeo Passo a passo: https://youtu.be/3X-AtS2PUF4


Regulamento: em anexo

Mais informação em:

Locais de Trabalho Saudáveis - Mais Produtividade - PROSPERIDADE E SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES

(disponível em: https://maisprodutividade. org/healthyworkplaces/)

 

 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

ETUI - Condições de trabalho no trabalho em plataformas digitais: Novas evidências do Inquérito da ETUI sobre o Trabalho em plataformas digitais

 

Imagem com DR

Conferência híbrida a ter lugar no dia 17  de fevereiro de  2022 (10:00-15:15 CET)

 

A pandemia  parece ter  acelerado  a  expansão  de  todo  o  tipo de trabalho  de  plataforma  e, ao mesmo  tempo,   esta forma de trabalho está  a ser, cada vez, mais associado a condições de trabalho difíceis, sendo evidenciados riscos para a saúde  e  segurança, e níveis de  rendimento inadequados  para  aqueles   que  dependem    dele  como  fonte  de  vida.


A melhoria  das  condições dos trabalhadores das  plataformas  tornou-se  um  tema  de  grande  interesse  na    UE,  sobretudo    no    contexto    do  Pilar  Europeu  dos  Direitos   Sociais.


O  processo  político  culminou  em  dezembro de  2021  com  uma  proposta    da  Comissão  Europeia para a adoção de uma  diretiva  sobre a melhoria das  condições  de  trabalho no trabalho de  plataforma .


As  iniciativas  para melhorar  a  situação dos trabalhadores  das  plataforma  surgiram no    contexto  de  um  vasto  conjunto de provas  sobre  as  condições de  trabalho  neste tipo de plataformas. No entanto,    continua  a  faltar provas comparativas  e representativas    sobre  a  extensão do trabalho  da  plataforma  e  as caraterísticas  dos  trabalhadores  que se dedicam a este tipo de atividades.


Em 2018,  a ETUI  lançou  a  primeira  ronda do seu  Inquérito de   Trabalho  nas plataformas digitais e internet. 



Neste  evento híbrido, serão apresentadas algumas  das principais  informações  da  segunda  ronda deste  inquérito  realizada  em  14  países da UE na primavera de 2021 e  discutidas  com  investigadores  que se encontram envolvidos  na economia das    plataforma.  A segunda  sessão    incidirá    sobre    as implicações  da  expansão da economia  de  plataforma  e  os seus  modos de organização  do  trabalho  e do emprego  para  o  futuro do trabalho.


E  por último,  mas  não  menos importante,    os decisores políticos europeus, bem   como os representantes   sindicais,    partilharão  a  sua  avaliação  sobre  os  recentes  desenvolvimentos relacionados  com    a  diretiva relativa   à melhoria das condições  de  trabalho no trabalho de  plataforma.


Para o último  rascunho da  agenda    clique  aqui.

Para se  registar,  clique  aqui. A participação  é  possível  tanto no local da  conferência  como online.

Receberá      mais  informações  mediante o  registo.

Abertas candidaturas ao Concurso "Está-se Bem em SST: Participa – Inova – Entrega-Te"

 

A ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho, enquanto ponto focal nacional da EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, em parceria com a ANESPO – Associação Nacional de Escolas Profissionais e o ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade promovem, no âmbito do Projeto Safety and Health at Work Vocational Education and Training (OSHVET) da EU-OSHA, o Concurso “Está-se Bem em SST Participa – Inova – Entrega-Te", dirigido a jovens que frequentem o ensino profissional.

 

O tema central do concurso é: "Da escola ao mundo do trabalho a otimização da segurança e saúde no trabalho" .

O concurso tem como grupo alvo os jovens (idade mínima de 15 anos) que frequentem o Ensino Profissional. Os participantes podem candidatar-se, individualmente ou em grupo (composto no máximo por cinco elementos).

O principal objetivo deste concurso é a criação de um produto inovador, que possa ser utilizado por cada um nas escolas/empresas, contribuindo para a melhoria da segurança e saúde de todos. Sendo incentivada a criatividade em todos os aspetos (conteúdos, materiais, técnicas, etc.).

Categorias a concurso:

  • Texto (prosa ou verso) - mil (1.000) palavras; 
  • Desenho - suporte de papel (pranchas): formato A0 (841mm * 1.189mm); 
  • Vídeo e áudio - suporte de vídeo e áudio carregados para o Youtube (4 minutos de duração máxima); 
  • Fotografia; 
  • Maquetes e outras estruturas: 1 metro cúico e 5 quilograma;
  • Happening/Performance - Breve descrição e registo em formato vídeo.

Prazo para candidatura:

O prazo limite para envio de candidaturas é 28 de abril de 2022.

Modo de envio:

As candidaturas (envio dos trabalhos), devem ser enviadas por email para pfn.eu-osha@act.gov.pt e o responsável pela inscrição deverá indicar o telefone e o e-mail de contacto.

Mais informação aqui. 


Fonte: retirado do site da ACT 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

ETUI: "Trabalhadores numa pandemia"

 

 

 

Evento online na segunda-feira, 31 janeiro 2022, 14h-16h CET

 

Qual foi o impacto da pandemia Covid-19 nos trabalhadores de toda a Europa e quais as implicações que tem para o domínio da saúde e da segurança no trabalho?


Neste lançamento online da 24ª edição da revista de Saúde e Segurança da ETUI, a  HesaMag, o nosso painel de oradores trará as suas diferentes perspetivas a vários aspetos fundamentais desta questão premente.

·         Marian Schaapman, responsável pelo departamento de saúde e segurança do ETUI, sobre a ligação crucial entre a SST e a saúde pública

 

·         Laurent Vogel, investigador em saúde e segurança na ETUI e antigo editor da HesaMag, sobre a vacinação como uma questão de política pública

·      Socióloga Fabienne Scandella sobre a ascensão do teletrabalho "resiliente"

 

Moderador: Paula Franklin, investigadora sénior em saúde e segurança (ETUI) e coordenadora desta edição da  HesaMag.


O evento será em inglês e francês. Será prevista uma interpretação para ambas as línguas.


Registe-se antecipadamente para este webinar  aqui. Após o registo, receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre a adesão ao webinar.


Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Motivo pelo qual um processo de prestação de cuidados multidisciplinar pode beneficiar as pessoas com esclerose múltipla

 

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As lesões musculoesqueléticas (LME) afetam a vida das pessoas com esclerose múltipla (EM), incluindo a sua capacidade de trabalhar. Um documento de reflexão conjunto, elaborado pelo Instituto Nacional de Seguro contra Acidentes de Trabalho italiano (INAIL) e a EU-OSHA, apresenta as intervenções e estratégias de prevenção que podem limitar o impacto das LME nos trabalhadores que sofrem de EM.

 

A adaptação das condições e do ambiente de trabalho aos trabalhadores que sofrem de EM é benéfica, em especial no contexto da procura e da manutenção do emprego. Além disso, a introdução de um processo de prestação de cuidados pluridisciplinar, em especial a terapia ocupacional, pode ajudar estes trabalhadores a adaptarem-se melhor à sua vida quotidiana e às suas atividades profissionais, com um melhor desempenho e menos incapacidades.

 

Leia o documento de reflexão intitulado Lesões musculosqueléticas nos trabalhadores com esclerose múltipla: uma abordagem centrada nas tarefas

 

Saiba mais sobre doenças crónicas com a campanha «Locais de trabalho saudáveis: aliviar a carga» da EU-OSHA.


Fonte: site da UE-OSHA

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O futuro do trabalho num ambiente virtual e a segurança e saúde no trabalho

 

 


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A transição crescente para ambientes de trabalho virtuais foi acelerada em resultado da pandemia de COVID-19, prevendo-se que continue a verificar-se após a pandemia. Juntamente com a evolução tecnológica que apoia a digitalização do trabalho e dos locais de trabalho, a situação realça a necessidade de ter em conta as tendências e desafios associados.


O presente documento de reflexão analisa o futuro do trabalho num ambiente virtual. Analisa a importância das questões contextuais, os impactos previstos da transformação digital e as implicações e oportunidades por eles geradas em termos de segurança e saúde no trabalho (SST).


O documento analisa as principais considerações na prevenção e gestão dos riscos de SST e no desenvolvimento de políticas. São também apresentadas as implicações para a investigação e a prática.


Aceda ao documento Aqui


terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Noticias Internacionais: Violência sexual é "endémica" nos locais de trabalho do ensino superior


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A violência sexual é endémica nos locais de trabalho universitários do Reino Unido e os empregadores têm de fazer mais para a combater, afirmou a UNIÃO UCU. Um novo relatório do sindicato descobriu que 1 em cada 10 trabalhadores universitários que foram inquiridos tinham experimentado diretamente violência sexual no local de trabalho nos últimos cinco anos, enquanto cerca de um quarto dos trabalhadores conheciam um colega que tinha sofrido violência sexual no seu local de trabalho universitário ou universitário.

 

As conclusões surgem num relatório do grupo de trabalho do sindicato sobre violência sexual que inquiriu cerca de 4.000 trabalhadores do ensino superior. A UCU afirma que as universidades e o sindicato devem agora trabalhar em conjunto utilizando as conclusões e as recomendações do relatório para abordar adequadamente a questão da violência sexual no setor.

 

A secretária-geral da UCU, Jo Grady, comentou: "As conclusões do relatório revelam níveis chocantes de insucesso institucional e refletem uma cultura em que proteger a reputação de uma universidade vem antes de fazer justiça aos sobreviventes." E concluiu: "Este relatório é uma dádiva para o nosso setor e não deve ser desperdiçado. Chegou a altura de os sindicatos e os empregadores das universidades trabalharem em conjunto para erradicar a violência sexual no campus."


Tradução da responsabilidade do Departamento de SST


Fonte: Risks: Union health and safety news - Number 1027 - 4 January 2022


Comunicado de imprensa da UCU.

O Napo desempenha o seu papel na digitalização segura

 

 

 

 


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O futuro já chegou e os locais de trabalho estão a adaptar-se às novas formas de trabalho e às novas tecnologias. O Napo quer fazer essa transição da forma mais segura e saudável possível, aproveitando as oportunidades e superando os desafios, em prol de um melhor ambiente de trabalho.


A automatização, os robôs cooperativos e os exoesqueletos são meios que permitem melhorar a segurança e saúde no trabalho quando adequadamente implementados, geridos e conservados. Uma digitalização centrada no ser humano é a chave e o Napo quer fazer passar a mensagem aos seus gerentes e colegas.


Veja o novo filme do Napo em…robôs no trabalho. Pense digital, pense segurança e saúde.


Descubra as publicações sobre a digitalização no sítio Web da EU-OSHA.

 

Fonte: site da UE-OSHA

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Noticias Internacionais: EUA - Trabalhadores essenciais precisam de proteções obrigatórias

 

Os sindicatos dos EUA exigiram proteções urgentes e obrigatórias para os cuidados de saúde e outros trabalhadores da linha da frente. A federação sindical NACIONAL AFL-CIO e os sindicatos que representam os trabalhadores na educação, cuidados de saúde, lares de cuidados de saúde, serviço público, alimentação e retalho e indústria em geral emitiram a declaração fortemente formulada após o regulador nacional de segurança OSHA ter retirado uma norma temporária de emergência Covid-19 (ETS) para os trabalhadores dos cuidados de saúde.

 

"Em primeiro lugar, discordamos fortemente da decisão da administração Biden de suspender o SISTEMA DEES para os profissionais de saúde. Com a variante omicron em força, os nossos heróis da linha da frente correm sérios riscos de infeção covid-19. Os focos de covid-19 no local de trabalho estão a explodir.

 

Dados recentes mostram que o número de infeções duplicou e as mortes quase quadruplicaram apenas entre os trabalhadores do lar de idosos", refere o comunicado. E concluiu: "A nossa mensagem para todos os empregadores é a seguinte: Embora as vacinas e os impulsionadores ajudem a prevenir doenças graves e a morte, o Covid-19 corre risco de vida, especialmente para os profissionais de saúde e os trabalhadores médicos, e todas as medidas de proteção comprovadas devem permanecer em vigor. A busca da administração por um padrão mais amplo de doenças infeciosas, algo que defendemos há anos, vai dar-nos poderes para lutar contra a próxima pandemia. Mas para proteger os trabalhadores agora, precisamos de construir a norma de emergência Covid-19, tornando-a permanente, não a desmantelando completamente."

 

As notícias da AFL-CIO sobre a remoção do ETS  e as elevadas taxas de mortalidade relacionadas com o trabalho nos trabalhadores essenciais.


Fonte: Risks: Union health and safety news - Number 1027 - 4 January 2022


Tradução da responsabilidade do Departamento de SST


Aceda aqui ao Comunicado de Imprensa 



sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Noticias Internacionais: OMS admite que os respiradores são necessários

 


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A Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu finalmente que os respiradores de proteção mais elevados são necessários para proteger os trabalhadores contra o Covid-19 num vasto leque de locais de trabalho nos setores da saúde e dos cuidados.

 

A agência das Nações Unidas já tinha rejeitado ou minimizado o risco de transmissão aérea do vírus responsável pelo Covid-19, limitando a recomendação dos respiradores apenas a "procedimentos de produção de aerossóis" médicos.

 

Outros trabalhadores foram instruídos a usar máscaras cirúrgicas, que oferecem uma proteção muito mais limitada que os respiradores FFP3 e FFP3. As novas recomendações aproximam a OMS da posição sindical de longa data de que todo o pessoal da linha da frente deve ter acesso a respiradores devidamente instalados (Riscos 980).

 

Na sua atualização provisória de 22 de dezembro de 2021, a OMS assinala: "Os respiradores devem ser usados nas seguintes situações: em contextos de cuidados em que a ventilação é conhecida como pobre ou não pode ser avaliada ou o sistema de ventilação não é devidamente mantido com base nos valores e preferências dos profissionais de saúde e na sua perceção do que oferece a maior proteção possível para prevenir a infeção por SARS-CoV-2.

 

Nota: esta recomendação aplica-se a qualquer definição em que os cuidados sejam prestados a pacientes com Covid-19 suspeito ou confirmado, incluindo cuidados domiciliários, centros de cuidados prolongados e contextos de cuidados da comunidade." Em julho de 2021, a Campanha Nacional de Perigos bateu a falha do Executivo de Saúde e Segurança do Reino Unido (HSE) em recomendar os respiradores FFP3 e FFP2 mais protetores do que máscaras cirúrgicas de propósito geral (Riscos1007).

 

A British Occupational Hygiene Society (BOHS) disse no ano passado que estava em campanha desde março de 2020 para o fornecimento de respiradores mais protetores para todos os funcionários da linha da frente do SNS (Riscos983).

 

Recomendações da OMS sobre o uso de máscaras pelos profissionais de saúde, à luz da variante Omicron de preocupação: Orientações provisórias da OMS, 22 de dezembro de 2021.

 

Fonte: Risks: Union health and safety news - Number 1027 - 4 January 2022

 

Tradução da responsabilidade do Departamento de SST


Aceda aqui à declaração da OMS 


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

UE-OSHA | Infeção por Covid-19 ou Covid prolongada - Guia para os trabalhadores

 


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Pode ser difícil regressar ao trabalho após a infeção de COVID-19 aguda ou a COVID prolongada. Alguns sintomas podem persistir muito depois do diagnóstico e a doença pode variar de um dia para outro. Este guia prático para trabalhadores em recuperação visa ajudar as pessoas que trabalham e as que procuram emprego ou que encontraram um novo emprego.

 

Cobre aspetos como manter-se em contacto com o empregador, gerir um regresso faseado e o apoio oferecido pelos serviços de saúde ocupacional.

 

Para muitas pessoas, voltar ao trabalho é uma parte importante do processo de recuperação, ainda que implique ter um horário reduzido e mudar de regime de trabalho e de funções até estarem completamente restabelecidas.

 

Aceda ao Guia Aqui.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

ETUI: A ligação entre a segurança e a saúde no trabalho e a saúde pública

 

Na sequência do surto da pandemia Covid-19, uma evidência particular começou subitamente a surgir nos documentos e nos debates políticos da UE, bem como em programas de conferências e de investigação no domínio da segurança e da saúde no trabalho (SST): a da importante ligação entre a Segurança e Saúde no Trabalho e a Saúde Pública (SP).

 

O conceito surge, em particular, no que se refere ao objetivo de "maior preparação para potenciais crises futuras de saúde", conforme delineado no Quadro Estratégico da UE para a Saúde e Segurança no Trabalho 2021-2027. Neste contexto, a Comissão Europeia defende que "devem ser desenvolvidas sinergias entre a SST e a saúde pública".

 

No mandato atribuído ao Grupo de Trabalho instalado pelo Tripartido Comité Consultivo para a Segurança e Saúde (ACSH) da Comissão Europeia para a realização desta tarefa, faz-se referência à "evidente interação entre a SST e a SP".

 

No entanto, em nenhum dos documentos mencionados se encontra presente esta ligação aparentemente "evidente”, nem existe qualquer clareza sobre a forma como tais "sinergias" devem ser promovidas. E, talvez o mais notável, a literatura académica sobre o tema também não nos dá muito conteúdo sobre este conceito de interligação entre os dois domínios. Por conseguinte, não é de estranhar que, em conferências internacionais e a nível da UE, o tema apareça sob a forma de "um domínio em exploração".

 

Sendo assim, neste documento estão alguns pensamentos iniciais para ajudar a levar esta exploração um pouco mais longe, começando com algumas perguntas-chave.

 

- O que queremos dizer quando falamos sobre a ligação entre a SST e o SP?

- E que medidas devem ser tomadas para aumentar a sinergia entre os dois domínios?

 

A base: um claro nexo de causalidade

 

O termo "saúde pública" refere-se à saúde da população como um todo, especialmente como tema de regulação governamental e apoio. O termo também é usado para se referir ao ramo da ciência médica que lida com a saúde pública.

 

A SST refere-se, entretanto, à segurança e à saúde dos trabalhadores, nomeadamente como objeto de medidas preventivas e de proteção que são implementadas pelos empregadores e com base na regulamentação governamental.

 

Estas definições básicas apontam para a evidente ligação causal entre os dois domínios: a saúde profissional é um determinante importante da saúde pública, pois o trabalho pode ser e, infelizmente, muitas vezes é uma causa de doenças. Por outras palavras, o trabalho, a exposição aos riscos profissionais e as condições de trabalho são fatores essenciais para a compreensão da saúde da população.

 

Os cidadãos e os trabalhadores são as mesmas pessoas: se trabalharem em más condições que afetam a sua saúde, isso terá evidência nas estatísticas de saúde pública através do aumento das taxas de doença. No entanto, por mais óbvio que isto possa parecer, o trabalho dificilmente é tido em conta como um fator causal nos dados da saúde pública.

 

Estes dados consideram elementos comportamentais individuais, tais como o tabagismo, o abuso de álcool e as dietas pouco saudáveis, tendo um menor peso os “fatores coletivos”.

 

A pandemia Covid-19 tem sido uma chamada de atenção, pois tornou-se claro, sem qualquer dúvida, que o trabalho é um vetor chave na propagação do vírus.

 

É aqui que a pandemia Covid-19 tem sido uma chamada de atenção, pois tornou-se claro, sem qualquer dúvida, que o trabalho é um vetor fundamental na propagação do vírus, com trabalhadores em muitos setores e profissões em grande risco de contaminação.

 

Enquanto em tempos normais os riscos profissionais e as doenças que ocorrem como resultado deles, tais como as doenças respiratórias, o cancro ou a depressão, geralmente permanecem invisíveis – apenas um problema para as vítimas lidarem – desta vez, ficar doente no trabalho devido ao Covid-19 é uma questão de grande interesse público.

 

A contaminação no local de trabalho prejudicou a continuação de serviços essenciais como os cuidados de saúde e os transportes públicos e criou um risco para a saúde da população em geral – pensem, por exemplo, nos trabalhadores que processam carne e que foram colocados em quarentena, para evitar que infetassem outros, após um grande número deles terem sido infetados.

 

A pandemia Covid-19 tem, por outras palavras, “iluminado” os riscos para a saúde ocupacional e, mais do que isso, apresentou uma janela de oportunidade para agir.

 

A (falta) ligação entre a SST e o SP nos dados de saúde e nos cuidados de saúde

 

Uma vez que, até agora, as causas profissionais das doenças quase nunca foram tidas em conta, quer nos sistemas de vigilância e registo de saúde pública, quer nos dados que deles resultam, mantiveram-se em grande parte invisíveis. Além disso – ou talvez possamos dizer em grande medida como resultado desta invisibilidade – os profissionais de saúde também parecem ter um ponto cego no que toca ao trabalho.

 

Vamos dar um exemplo simples e hipotético para ilustrar quais podem ser as consequências desta situação. Imagine que um pintor vai ver o seu médico. Tem sofrido dores de cabeça regulares (especialmente até ao final da semana), incidências de desmaios no trabalho (os colegas mentem-no num colchão e depois quando acorda continua a trabalhar), e ultimamente tem cada vez mais dificuldades com a memória.

 

A mulher queixa-se que tem tido comportamentos agressivos inesperados que lhe são completamente estranhos. O médico não pergunta ao seu paciente que tipo de trabalho faz e prescreve-lhe algumas semanas de descanso, e depois disso, o pintor regressa ao seu trabalho, onde – o que teria sido óbvio para qualquer perito de SST – a exposição aos solventes na pintura com que trabalha são a causa das suas queixas de saúde.

 

O pintor passa por vários destes ciclos de trabalho e prescreve-lhe apenas descanso até que, finalmente, a sua mulher lê algo sobre síndrome psico-orgânica (POS), ou "doença dos pintores", na revista do sindicato, e reconhece os sintomas. Nessa altura, porém, já é tarde demais para reverter a doença e o pintor com um dano bastante severo na sua saúde para o resto da vida.

 

Se os sistemas de vigilância e registo sanitário incluíssem a SST como um possível fator causal, à semelhança de fatores comportamentais individuais como o tabagismo, o abuso do álcool e as dietas pouco saudáveis, seriam mais adequadamente capazes de explicar as causas das doenças e das desigualdades na saúde da população em toda a sua complexidade.

 

Um bom exemplo aqui são os sistemas de registo do cancro. Se estes incluíssem um historial de trabalho dos doentes, obteríamos uma imagem muito mais clara sobre até que ponto os agentes cancerígenos e mutagénicos no trabalho são responsáveis por (determinados) cancros na população em geral.

 

Isto ajudaria a reforçar o caso de serem encetadas mais medidas de prevenção do cancro no trabalho. Além disso, sensibilizaria os médicos para as possíveis causas profissionais das doenças, o que, por sua vez, contribuiria também para a prevenção.

 

Estabelecer a ligação no âmbito da governação da saúde

As decisões relativas à saúde são tomadas em grande medida com base em provas de saúde pública em que, mais uma vez, a SST é um ponto cego. Isto foi claramente demonstrado no processo de classificação do vírus Covid-19 no contexto da Diretiva dos Agentes Biológicos.

 

Um painel completamente composto por especialistas em saúde pública analisou apenas a taxa de mortalidade da doença, ignorando totalmente tanto a contagiosa como as condições de trabalho como fatores.

 

Para os peritos em SST, ficou claro desde o início, que as condições de trabalho continham um risco incorporado de multiplicar o contágio, tanto devido às caraterísticas intrínsecas de vários tipos de trabalho (por exemplo, contactos cliente/paciente, proximidade com colegas de trabalho, impossibilidade de aplicar regras higiénicas básicas, baixas temperaturas, etc.) como devido a alguns fatores relacionados com o trabalho (como viagens para o trabalho em transportes públicos embalados ou condições de habitação precárias, com muitas pessoas vivendo nas proximidades).

 

Mas os peritos da SST não estiveram envolvidos no processo de classificação. Como consequência, o Covid-19 não acabou na categoria de maior risco (4), mas na abaixo dessa (3), apesar de já ter matado muito mais pessoas do que, por exemplo, o Ébola, que está na categoria de maior risco.

 

Isto só pode levar à conclusão de que os peritos da SST devem ser incluídos nos processos de tomada de decisão sobre questões de saúde pública. Incluí-las como partes interessadas importantes seria, no mínimo, apenas uma boa governação. Um elemento a não esquecer aqui é a experiência dos próprios trabalhadores. O trabalho que é implementado na prática é muitas vezes muito diferente do trabalho, pois é projetado – uma visão bem conhecida dos ergonomistas.

 

Muitas vezes, os trabalhadores não são apenas os melhores, mas também os únicos peritos que podem reportar os riscos de SST num contexto de trabalho específico.

 

Uma pergunta final: há algum inconveniente em integrar o conhecimento da segurança e da saúde no trabalho nos registos, dados e práticas de saúde pública, bem como na sua governação? Bem, talvez apenas uma nota de prudência: a SST deve continuar a ser um campo de competências e de definição de políticas independentes e independentes. O seu foco deve manter-se no domínio do trabalho e na sua governação sob o guarda-chuva da política de emprego, onde é imperativo que as instituições e os órgãos consultivos e de negociação dedicados à SST sejam mantidos.

 

 Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST


Aceda à versão original Aqui.