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terça-feira, 26 de março de 2024

Campanha Europeia - Segurança e bem-estar no trabalho e em casa: Tem o direito de prosperar

 

Imagem com DR

Pode parecer um privilégio trabalhar num ambiente seguro e passar tempo de qualidade com a sua família. Mas na UE, estes são direitos de todos os trabalhadores.

Desde o estabelecimento de um limite de 48 horas de trabalho semanais até à concessão de tempo de descanso suficiente entre os dias de trabalho para descansar e investir na vida pessoal, o bem-estar é uma prioridade para a UE. 

Isto também se aplica à garantia do cumprimento dos requisitos mínimos de segurança e saúde para todos os setores de atividade e à proteção do direito de falar quando algo parece errado. 

O Pilar Europeu dos Direitos Sociais e o seu Plano de Ação visam facilitar a prossecução de uma carreira e a realização de uma vida plena, para que não tenha de escolher entre uma coisa e outra.


Saiba mais sobre os seus direitos e a campanha "Let's make it work"


Consulte as publicações da EU-OSHA relacionadas com o teletrabalho seguro e saudável.


 Fonte: UE-OSHA

segunda-feira, 25 de março de 2024

Alerta Digital ... Alguns Números sobre Doenças relacionadas com o Trabalho

 


Alguns Números sobre Doenças relacionadas com o Trabalho

 

De acordo com um inquérito sobre acidentes de trabalho e problemas de saúde relacionados com o trabalho, conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020 (terceira edição já realizado em 2007 e 2013), as doenças profissionais mais graves apontadas pelos trabalhadores incluíam problemas ósseos, articulares e musculares.

Todavia, 54% dos inquiridos também indicaram a exposição a fatores de risco para a saúde mental.

Perto de meio milhão de pessoas dos 15 aos 74 anos (482,5 milhares) referiram ter tido algum problema de saúde causado ou agravado pelo trabalho, representando 6,9% da população empregada no momento da entrevista ou alguma vez empregada, menos 56,7 milhares de pessoas que em 2013.

Os problemas de saúde continuam a afetar principalmente, e de forma crescente, as mulheres: 7,8%, em comparação com 5,9% no caso dos homens, e agravamento da diferença entre sexos, de 1,5 p.p. em 2013para 1,9 p.p. em 2020.

A existência de problemas é mais frequente a partir dos 55 anos de idade: 10,7% das pessoas dos 55 aos 64 anos e 9,4% das que tinham 65 ou mais anos.

Os problemas de saúde foram também mais referidos pelas pessoas que à data do inquérito estavam reformadas ou noutros tipos de inatividade, respetivamente 9,8% e 9,5%, em contraste com 5,9% no caso dos que estavam empregados.

Os resultados do inquérito indicam ainda que os problemas de saúde relacionados com o trabalho afetavam principalmente os residentes na região do Alentejo (7,6%) e relativamente menos os residentes nas regiões autónomas dos Açores (5,0%) e da Madeira (5,4%).

No conjunto dos problemas relacionados com o trabalho, os problemas ósseos, articulares ou musculares no seu conjunto (os que afetam principalmente as costas, o pescoço, os ombros, os braços, as mãos, as ancas, as pernas e os pés) foram identificados em 2020 como sendo os mais graves por 59,9% da população com pelo menos um problema, mais6,0 p.p. que em 2013.

Neste conjunto salientam-se os problemas ósseos, articulares ou musculares que afetam principalmente as costas, referidos como o problema mais grave em 2020 por 25,4% da população em análise, mais frequentemente pelos homens (31,2%) que pelas mulheres (21,4%).

Os problemas musculosqueléticos do pescoço, ombros, braços e mãos afetavam 19,5% da população, mais frequentes no caso das mulheres (23,7%) que no dos homens (13,3%).

Tomando como referência o problema de saúde mais grave, aumentou substancialmente a percentagem da população que referiu que este limitava consideravelmente a capacidade de realizar atividades diárias normais (de 49,4% em 2013 para 55,3% em 2020).

Contudo, em 39,2% dos casos a ausência ao trabalho das pessoas afetadas foi inferior a um dia, o que representa um aumento de 8,4 p.p. em relação a 2013.

Por atividade económica, foram as pessoas que trabalham ou trabalharam na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (secção A) e nas atividades de educação, de saúde humana e apoio social, artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas, outras atividades de serviços, atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e para uso próprio, e atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (Seções P a U) as que registaram problemas em proporções (8,6% e 8,0%, respetivamente) superiores à média nacional(6,9%).

A maior frequência dos problemas de saúde relacionados com o trabalho foi reportada pelo grupo profissional agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta (10,1%).

 


Fonte:

Módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego
Acidentes de trabalho e problemas de saúde relacionados com o trabalho



sexta-feira, 22 de março de 2024

IA para a gestão dos trabalhadores: a segurança e a saúde dos trabalhadores são tidas em conta?

 


Imagem com DR


A digitalização está a transformar o local de trabalho, tornando as tecnologias de gestão dos trabalhadores baseadas em IA (GTIA) uma área prioritária para a segurança e saúde no trabalho (SST).

O nosso documento mais recente investiga a relação entre a IA e a evolução da dinâmica de gestão no trabalho, utilizando dados de patentes para analisar as tecnologias de gestão baseadas na IA, as suas funções pretendidas e a sua integração em todos os setores e os potenciais novos riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores.

Defendendo a supervisão estratégica das tecnologias GTIA, mostra que apenas uma fração marginal dessas tecnologias patenteadas visa melhorar o bem-estar dos trabalhadores e salienta que as considerações de SST devem ser parte integrante do seu processo de conceção e execução.


Leia o documento de reflexão aqui.


Para explorar o espetro completo do papel da IA na gestão dos trabalhadores, descubra todas as publicações relacionadas

 

Fonte: UE-OSHA

quarta-feira, 20 de março de 2024

OIT ADOTA TEMA DOS RISCOS CLIMÁTICOS PARA 28 DE ABRIL DE 2024

 

Os impactos das alterações climáticas na segurança e saúde no trabalho


Todos os anos, a 28 de abril, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) comemora o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, centrando-se num tema oportuno relacionado com a segurança e saúde no trabalho.

Este ano, o tema refletirá o tema adotado pelos sindicatos em todo o mundo e centrar-se-á na exploração dos impactos das alterações climáticas na segurança e saúde no trabalho.


As alterações dos padrões meteorológicos têm impactos notáveis no mundo do trabalho, afetando particularmente a segurança e a saúde dos trabalhadores. Entre os exemplos de riscos profissionais exacerbados pelas alterações climáticas contam-se o stress térmico,  a radiação UV, a poluição atmosférica, os acidentes industriais graves, os fenómenos meteorológicos extremos, o aumento das doenças provocadas por vetores e o aumento da exposição a produtos químicos.

A OIT produzirá vários materiais para o Dia Mundial de 2024, incluindo um relatório, materiais promocionais, bem como um evento global com especialistas e oradores convidados de governos, empregadores e trabalhadores para discutir como proteger os trabalhadores e responder a este desafio global.


Saiba mais Aqui.

 

IA para a gestão dos trabalhadores: a Segurança e a Saúde dos trabalhadores são tidas em conta?




Imagem com DR


A digitalização está a transformar o local de trabalho, tornando as tecnologias de gestão dos trabalhadores baseadas em IA (GTIA) uma área prioritária para a segurança e saúde no trabalho (SST).


O nosso documento mais recente investiga a relação entre a IA e a evolução da dinâmica de gestão no trabalho, utilizando dados de patentes para analisar as tecnologias de gestão baseadas na IA, as suas funções pretendidas e a sua integração em todos os setores e os potenciais novos riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores.


Defendendo a supervisão estratégica das tecnologias GTIA, mostra que apenas uma fração marginal dessas tecnologias patenteadas visa melhorar o bem-estar dos trabalhadores e salienta que as considerações de SST devem ser parte integrante do seu processo de conceção e execução.


Leia o documento de reflexão aqui.


Para explorar o espetro completo do papel da IA na gestão dos trabalhadores, descubra todas as publicações relacionadas


Fonte: UE-OSHA

terça-feira, 19 de março de 2024

PARTICIPE NO II WORKSHOP MINDFULNESS - SERENIDADE E BEM-ESTAR INTERIOR, 27 de março de 2024

27 de março de 2024, pelas 10 horas – ONLINE

 

O Departamento de SST da UGT, ciente da necessidade de serem encetadas estratégias no local de trabalhado para a PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL, pretende continuar a fornecer ferramentas para que os trabalhadores e trabalhadoras possam preservar a sua saúde mental e fortalecer os seus mecanismos de defesa para prevenir a ocorrência de problemas do foro mental.

 

Assim, no próximo dia 27 de março de 2024, pelas 10 horas, em formato Online, iremos desenvolver o 2.º Workshop temático inserido no nosso Programa de Promoção da Saúde Mental no Local de Trabalho, intitulado: MINDFULNESS - SERENIDADE E BEM-ESTAR INTERIOR.

 

Com este Workshop pretendemos promover o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras e o fortalecimento da sua saúde física e mental através da prática da reflexão e meditação, tendo por referência os benefícios da prática de mindfulness e o seu papel no ambiente de trabalho, os quais têm revelado um impacto significativo na satisfação e no desempenho no trabalho, na redução de exaustão emocional e burnout, promovendo o envolvimento no trabalho e a otimização dos relacionamentos interpessoais.

 

     Inscrições👉   https://forms.office.com/e/JqNF7BuewF

 

 

 

Reunião do Microsoft Teams

Participar pelo computador, aplicação móvel ou dispositivo de sala

Clique aqui para participar na reunião

ID da Reunião: 371 632 232 424
Código de acesso: itGYLc

Transferir o Teams

 

 

Para mais Informações, contactar: Maria do Carmo Magalhães / Telef.: 213 9312 00 | Email.: maria.carmo@ugt.pt

 


segunda-feira, 18 de março de 2024

ALERTA DIGITAL … Alguns números sobre o cancro relacionado com o trabalho

 



ALERTA DIGITAL … Alguns números sobre o cancro relacionado com o trabalho  


O  cancro relacionado com o trabalho   constitui uma das principais doenças profissionais na Europa. Para abordar esta questão, é necessário dispor de dados atuais e fiáveis sobre a exposição dos trabalhadores a fatores de risco de desenvolvimento da doença.

É por este motivo que a EU-OSHA realizou um inquérito sobre a exposição dos trabalhadores a fatores de risco de cancro na Europa.

O inquérito visa identificar melhor os fatores de risco de cancro responsáveis pela maioria das exposições, apresentando uma síntese rigorosa e abrangente que pode contribuir para a aplicação de medidas preventivas, bem como para a sensibilização e elaboração de políticas, em última análise, ajudando na luta contra o cancro de origem profissional.

Os primeiros resultados do inquérito sobre a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco de cancro na Europa identificaram a radiação solar ultravioleta (UV), as emissões de gases de escape dos motores a diesel, o benzeno, a sílica cristalina respirável (SCR) e o formaldeído como as exposições profissionais cuja probabilidade de ocorrência é mais frequente entre os 24 fatores de risco de cancro analisados.

No total, 24.402 trabalhadores responderam às perguntas do inquérito.


Seguem alguns resultados mais relevantes:

- 52,6% dos inquiridos não foram expostos a nenhum dos vinte e quatro fatores de risco de cancro considerados na pesquisa, na sua última semana de trabalho;

- 21,2% foram expostos a um  fator de risco;

- 1,9% a mais de cinco fatores de risco;

- Entre os trabalhadores expostos a um fator de risco de cancro, 14% trabalhavam na indústria transformadora, 14% no comércio grossista e retalhista e 13% em atividades de saúde e serviços sociais;

- Mais de 60% dos trabalhadores tinham exposições múltiplas nas atividades extrativas e na construção;

- 20,8% dos inquiridos manifestaram exposição à radiação solar UV (incluindo a exposição ocular) que é a exposição mais comum;

- Estimou-se que um em cada cinco trabalhadores estava exposto às emissões dos motores diesel, a maioria delas a um nível baixo;

- Estima-se que 13% dos trabalhadores estavam expostos ao benzeno;

- Muitos trabalhadores de postos de gasolina (98%), trabalhadores da construção e manutenção de estradas (68%) e bombeiros (51%) provavelmente foram expostos a esse fator de risco de cancro;

- 8,4% dos trabalhadores foram expostos a sílica cristalina respirável;

- Mais de 90% dos trabalhadores de minas e pedreiras e trabalhadores de construção e manutenção de estradas foram, provavelmente, expostos a fatores de risco durante a última semana de trabalho, bem como 79% dos trabalhadores na produção de cerâmica;

- 6,4% dos trabalhadores estavam expostos ao formaldeído;

- Mais de duas em cada cinco pessoas nas seguintes categorias profissionais estavam provavelmente expostas ao formaldeído: trabalhadores da indústria de estofos (62%); floristas (50,7%); bombeiros e trabalhadores que fabricam/reparam calçado ou acabamentos em couro (ambos 45,3%); e trabalhadores que fabricam artigos de borracha, borracha, plástico ou resina (42,5%).


Fonte: Inquérito sobre a exposição dos trabalhadores a fatores de risco de cancro na Europa – Primeiras conclusões


 

sexta-feira, 15 de março de 2024

PARTICIPE NO II WORKSHOP MINDFULNESS - SERENIDADE E BEM-ESTAR INTERIOR, 27 de março de 2024

 


O Departamento de SST da UGT, ciente da necessidade de serem encetadas estratégias no local de trabalhado para a PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL, pretende continuar a fornecer ferramentas para que os trabalhadores e trabalhadoras possam preservar a sua saúde mental e fortalecer os seus mecanismos de defesa para prevenir a ocorrência de problemas do foro mental.

Assim, no próximo dia 27 de março de 2024, pelas 10 horas, em formato Online, iremos desenvolver o 2.º Workshop temático inserido no nosso Programa de Promoção da Saúde Mental no Local de Trabalho, intitulado: MINDFULNESS - SERENIDADE E BEM-ESTAR INTERIOR.

Com este Workshop pretendemos promover o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras e o fortalecimento da sua saúde física e mental através da prática da reflexão e meditação, tendo por referência os benefícios da prática de mindfulness e o seu papel no ambiente de trabalho, os quais têm revelado um impacto significativo na satisfação e no desempenho no trabalho, na redução de exaustão emocional e burnout, promovendo o envolvimento no trabalho e a otimização dos relacionamentos interpessoais.


     Inscrições👉   https://forms.office.com/e/JqNF7BuewF

 


Reunião do Microsoft Teams

Participar pelo computador, aplicação móvel ou dispositivo de sala

Clique aqui para participar na reunião

ID da Reunião: 371 632 232 424
Código de acesso: itGYLc

Transferir o Teams

 

 

Para mais Informações, contactar: Maria do Carmo Magalhães / Telef.: 213 9312 00 | Email.: maria.carmo@ugt.pt

 

quinta-feira, 14 de março de 2024

ALERTA DIGITAL … A Sinistralidade Laboral em Números

 


ALERTA DIGITAL … A Sinistralidade Laboral em Números

 

A União Europeia (UE) registou, em 2020, 2,4% de acidentes de trabalho, com Portugal a ocupar o sexto lugar entre os Estados-membros (3,2%), recuando ambos face a 2013.

 

- De acordo com o EUROSTAT, em 2020, 2,4% das pessoas empregadas na UE - ou não empregadas, mas que tinham trabalhado durante o ano anterior ao inquérito -relataram pelo menos um acidente de trabalho nos 12 meses anteriores, uma percentagem inferior aos 2,8% registados em 2013, o que pode ser em parte devido à pandemia da covid-19.

 

- A Finlândia (9,6%), Suécia (5,0%) e França (4,6%) apresentaram, em 2020, as maiores taxas de acidentes de trabalho, com a Lituânia (0,5%), Bulgária e Hungria (0,7% cada) a registarem as menores.

 

- Portugal está no sexto lugar da tabela, com uma taxa de 3,2%, face à de 4,0% registada em 2013.

 

- A categoria profissional com a maior percentagem de pessoas que relataram um acidente de trabalho a nível da UE em 2020 foi a dos trabalhadores do setor artesanal (4,4%).

 

- No que toca a fatores de risco para a saúde física no trabalho, 13,2% dos inquiridos indicaram as posições cansativas ou dolorosas como o mais grave para a sua saúde, seguindo-se atividades envolvendo forte concentração visual (10,0%), manuseamento de cargas pesadas (9,1%) e movimentos repetitivos das mãos ou dos braços (8,7%).

 

- Os dados também indicaram que 44,6% das pessoas empregadas com idades entre os 15 e os 64 anos declararam enfrentar fatores de risco para o seu bem-estar mental no trabalho.

- Em 2020, 22% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 1 a 9 trabalhadores.

 

- Regista-se uma diminuição dos valores percentuais no decorrer dos anos em análise, de 26% em 2014 para 23% em 2019.

- Em 2020, 23% dos acidentes de trabalho mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 10 a 49 trabalhadores.

 

Regista-se uma diminuição dos valores percentuais no decorrer dos anos em análise, de 29% em 2014 para 23% em 2019, excetuando o ano de 2015 que registou 30% da totalidade de acidentes de trabalho mortais registados no nosso país.

Em 2020, 28% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 10 a 49 trabalhadores.

Em 2020, 24% dos acidentes de trabalho com consequência mortal, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 50 a 249 trabalhadores.

 

Regista-se um aumento percentual no decorrer dos anos em análise, de 16% em 2014 para 24% em 2019.

 

Em 2020, 17% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 50 a 249 trabalhadores.

 

Regista-se um aumento percentual no decorrer dos anos em análise, de 15% em 2014 para 18% em 2019.

Em 2020, 5% dos acidentes de trabalho mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 250 a 499 trabalhadores.

 

De registar a diminuição significativa ocorrida de 8% em 2019 para 5% em 2020.

Em 2020, 7% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em empresas com 250 a 499 trabalhadores.

 

Os valores percentuais mantiveram-se estáveis no decorre dos anos em análise, oscilando entre 6% em 2014.

Em 2020, 11,45% dos acidentes de trabalho mortais, registados em Portugal, ocorreram em atividades da agricultura.

 

Em 2016 registou-se uma diminuição significativa dos acidentes mortais registados neste setor de 12,32% para 6,80% em 2018.

Relativamente aos acidentes de trabalho mortais registados no domicílio, apenas são disponibilizados valores percentuais em 2016 e 2017, cuja análise evidencia um aumento muito significativo de 0,71% para 8,57%.

Apenas se registaram acidentes de trabalho mortais, nos estabelecimentos de saúde, no ano der 2019, representando 1,92% da totalidade de acidentes ocorridos no nosso país.

 

De ressaltar, Espanha que regista no ano de 2020 um valor percentual significativo de 7,40% de acidentes ocorridos neste setor de atividade.

 

Da mesma forma, Itália regista em 2020 um valor percentual de 10,82% de acidentes mortais.

 

Em 2020, 29,77% dos acidentes de trabalho mortais, registados em Portugal, ocorreram em ambiente de estaleiro, tendo -se verificado um aumento significativo de 22,14% em 2017 para os valores percentuais já referidos 29,77% em 2020.

Em 2020, 16,79% dos acidentes de trabalho mortais, registados em Portugal, ocorreram em ambiente industrial, tendo-se verificado um aumento significativo de 13,04,14% em 2015 para 19,42% em 2010.

Em 2020, 3,78% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em atividades da agricultura.

 

2015 foi o ano em que se registou um valor percentual mais elevado – 4,09% e o ano 2017 registou 2,70% da totalidade de acidentes ocorridos no nosso país.

Em 2020, 1,80 % dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram no domicílio.

Em 2020, 5,13% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em estabelecimentos de saúde, tendo-se verificado um aumento significativo de 3,98% em 2019.

Em 2020, 5,13% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em ambiente de estaleiro.

Em 2020, 39,37% dos acidentes de trabalho não mortais, registados em Portugal, ocorreram em zona industrial, tendo -se verificado um aumento significativo de 32,81% em 2014 para 36,18% em 2019.

 

Fonte:

Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat)

 

 

 


quarta-feira, 13 de março de 2024

Artigo da OSHwiki em destaque: Visão Zero - parte II

 

O atual quadro estratégico da UE para a saúde e a segurança no trabalho 2021-2027 baseia-se em estratégias anteriores que registaram melhorias substanciais em matéria de segurança e saúde no trabalho (SST), que permitiram uma redução global de cerca de 70 % dos acidentes mortais relacionados com a SST entre 1994 e 2020.

A estratégia Visão Zero vai um passo além: as empresas e outras organizações que adotam a estratégia têm uma crença principal e subjacente de que mortes, acidentes e problemas de saúde no trabalho são evitáveis.

A OSHwiki tem um artigo sobre Visão Zero que inclui toda a informação, métodos de avaliação de riscos e ferramentas para implementar a estratégia.


Segue a tradução deste artigo (parte II).


O que mais pede a UE


A estratégia UE-SST 2021-27 apela aos Estados-Membros e às respetivas inspeções do trabalho, parceiros sociais, empregadores e trabalhadores para que apoiem coletivamente a Visão Zero como parte dos esforços para reduzir ainda mais as mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST. Mas o que a Estratégia UE-SST 2021-27 e o Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Trabalho também pedem é o seguinte:

 

  • Reforço do cumprimento da legislação em matéria de saúde e segurança no trabalho; este cumprimento acrescido, quer seja implementado pelas inspeções do trabalho quer pelos serviços preventivos contratados pelas empresas, servirá novamente para reduzir o número de mortos, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST e, assim, apoiar a estratégia UE-SST 2021-27.
  • Investigação e análise de acidentes mais aprofundadas para descobrir as causas das mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST; Estas informações proporcionarão oportunidades de aprendizagem às empresas e evitarão ocorrências semelhantes.
  • Uma maior sensibilização para os riscos decorrentes de mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST; tal reforçará a base de conhecimentos das empresas à medida que selecionam estratégias, intervenções e ferramentas para reduzir as mortes, os acidentes e os problemas de saúde relacionados com a SST.
  • Aumento da preparação para futuras crises sanitárias; A recente pandemia global sublinhou a necessidade de as empresas e as instituições públicas mostrarem maior resiliência face a crises sanitárias ainda desconhecidas.


Escolher Estratégias, Intervenções e Ferramentas de Segurança

Não é função do presente documento de reflexão recomendar qualquer estratégia, intervenção ou instrumento em detrimento de qualquer outro quando uma empresa ou qualquer outra organização pondera a forma de reduzir as mortes, acidentes ou problemas de saúde relacionados com a SST.

A complexidade e as caraterísticas abrangentes dos 26,3 milhões de empresas da UE com os seus 131 milhões de trabalhadores significam que a estratégia, intervenção ou instrumentos mais adequados em matéria de SST variarão consideravelmente. Não existe uma abordagem única e será necessária uma análise cuidadosa relativamente a esta seleção.

No entanto, tal não ofusca o declínio global das vítimas mortais, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST entre 1990 e 2019. Uma parte desta redução pode ser atribuída à aplicação bem-sucedida de várias legislações, estratégias, intervenções e instrumentos nacionais e da UE relacionados com a SST.

Os rápidos progressos na gestão da SST desde a década de 1960 significam também que existe agora um grande número de estratégias, intervenções e ferramentas baseadas em dados concretos, que estão sumariamente enumeradas na secção 6 infra. Além disso, os recursos digitais, incluindo as aplicações de Inteligência Artificial e Big Data, estão a aumentar diariamente.  

Estes estão agora amplamente disponíveis para as empresas, bem como para os profissionais de SST que procuram incorporar a Visão Zero ou qualquer outra estratégia, intervenção ou ferramentas. Por conseguinte, o presente documento de reflexão destina-se a informar o processo de tomada de decisões para os profissionais das empresas e os grupos de defesa dos trabalhadores que ponderam introduzir melhorias para reduzir as mortes, os acidentes e os problemas de saúde relacionados com a SST. 

Note-se também que o presente documento foi redigido após uma ampla consulta do autor aos parceiros sociais da UE, aos representantes nacionais, aos peritos em SST, à EU-OSHA, à Comissão Europeia e ao Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Trabalho.

Esta consulta envolveu reuniões e seminários, bem como uma análise da literatura pertinente relacionada com a SST.

Um contributo notável para a gestão da SST é uma recente e abrangente análise bibliográfica da EU-OSHA sobre a melhoria do cumprimento da regulamentação em matéria de segurança e saúde no trabalho.  Esta revisão da literatura descreve em pormenor estratégias, intervenções e ferramentas baseadas em dados concretos que melhoraram a SST. Esta revisão também listou cinco temas transversais que, individual e coletivamente, afetam esse nível de conformidade;

  • Legislação e aplicação da legislação elaboradas pelas inspeções nacionais do trabalho
  • Normas sociais: expectativas morais e éticas no sentido de proporcionar condições adequadas de SST, incluindo normas certificáveis (por exemplo, ISO 45001), responsabilidade social e empresarial, iniciativas de informação e influências dos meios de comunicação social.
  • Incentivos económicos: incluindo a divulgação dos custos e das perdas de produtividade decorrentes de mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.
  • Influências da cadeia de abastecimento: incluindo a ligação das PME aos sistemas de gestão da segurança das empresas de maior dimensão.
  • Serviços preventivos de SST, incluindo ferramentas baseadas na Web (por exemplo o OiRA) ou prestados por profissionais internos de SST, bem como por empresas de consultoria externas.

Uma das muitas recomendações desta análise conclui que as autoridades competentes em matéria de aplicação da legislação estão em melhor posição do que a maioria dos outros intervenientes para assumir a liderança no apoio ao cumprimento. Um exemplo de uma intervenção bem-sucedida liderada pelos Estados-Membros é a proibição de fumar na Irlanda, implementada em 2004.

 

Numa outra revisão recente da literatura sobre a prevenção de acidentes de trabalho, os autores recomendaram que se dê prioridade às intervenções a nível organizacional que promovam ambientes seguros de SST e apliquem a hierarquia dos controlos, em detrimento das iniciativas individuais dos trabalhadores.

Uma outra consideração é a dimensão das empresas selecionadas para estratégias, intervenções ou instrumentos específicos em matéria de SST. Basicamente, quanto mais pequena for a empresa, mais difícil será para ela alcançar níveis adequados de cumprimento da legislação em matéria de SST devido a limitações de recursos, conhecimentos e capacidades. Para estas empresas mais pequenas, a investigação sugeriu que as intervenções regulamentares e a prestação de aconselhamento facilmente acessível, claro e inequívoco são vantajosas.


Estratégias, intervenções e ferramentas

O que será apresentado agora é uma coleção de estratégias, intervenções ou ferramentas que foram publicadas pela EU-OSHA, ou pela literatura académica, e que são consideradas pragmaticamente capazes de reduzir as mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.


Métodos de avaliação dos riscos

  • Vários guias para avaliação de riscos, auditorias de segurança, métodos sistemáticos de inspeção,
  • Colocar questões relacionadas com a SST aos trabalhadores e empregadores
  • Orientações da EU-OSHA publicadas (por exemplo, para PME).
  • Ferramentas e plataformas baseadas na Web, como o OiRA e o BeSMART.
  • Listas de verificação, questionários, inquéritos e modelos (por exemplo, para lesões musculoesqueléticas).


Estratégias e Intervenções

  • Sistemas e normas de gestão de SST certificáveis, por exemplo, ISO 45001; 2018 e estratégias relacionadas do Plan Do Check Act.
  • Sindicalização, representantes da segurança, defensores e grupos de defesa dos trabalhadores.
  • Fatores humanos e abordagens baseadas na ergonomia.
  • A utilização crescente da inteligência artificial e dos megadados para a monitorização e análise da segurança.
  • Aumentar a educação em SST nas escolas primárias, secundárias e universitárias.
  • Programas de segurança comportamental e definição de objetivos com a importante disposição de que os trabalhadores como um todo são o foco dessas intervenções, e não os indivíduos.
  • Erro humano.
  • Cultura de segurança e intervenções baseadas no clima.
  • Divulgação de resultados negativos, como ações judiciais, multas ou condições adversas de SST.


Ferramentas

  • Promoções, campanhas de sensibilização e fiscalização, por exemplo, a proibição de fumar na Irlanda de 2004.
  • Métodos de análise de acidentes, por exemplo, investigações, análise de causa raiz, modelo de queijo suíço, análise de gravata borboleta, etc.
  • O uso de Machine Learning, Cloud Computing e Internet das Coisas.
  • Educação para a saúde, por exemplo, o estudo italiano sobre metalúrgicos e lesões oculares.
  • Plataformas digitais de formação, por exemplo, OiRA e BeSMART
  • Software de gestão de riscos, por exemplo, o sistema de avaliação de impacto da Suécia.  (Ver https://iasystemet.se/en).
  • Barómetro de SST da EU-OSHA.

 

Exemplos de boas práticas

  • Lista extensa de publicações da EU-OSHA (https://osha.europa.eu/).
  • Sítios Web e campanhas nacionais e internacionais da Inspeção do Trabalho em matéria de SST (por exemplo, https://hsa.ie).
  • Códigos de Práticas, Normas e Documentos de Orientação Nacionais (por exemplo, https://hsa.ie).
  • Sítios Web e campanhas das empresas de segurança social relacionadas com a saúde e a segurança no trabalho (por exemplo, DGUV.ie).
  • Cruze o Reino Unido; um sistema confidencial para a comunidade de engenharia arquitetónica e construção.  Este é usado para informar nacionalmente sobre problemas de segurança contra incêndio e estruturais descobertos por profissionais relevantes.
  • Organismos profissionais relacionados com a segurança no trabalho (por exemplo, IOSH, ISSA, OIT, OMS).

 

Política e prática da inspeção do trabalho

Os inspetores do trabalho desempenham um papel central quando se trata de influenciar positivamente as empresas com as quais entram em contacto.

Alguns comentadores, por exemplo, referem que os inspetores do trabalho são os intervenientes mais importantes em termos de cumprimento da legislação em matéria de saúde e segurança no trabalho. Por conseguinte, é conveniente que as inspeções do trabalho da UE sejam referenciadas pela Estratégia UE-SST 2021-27, bem como pelo parecer do Comité Consultivo para a Segurança e a Saúde no Trabalho sobre a Visão Zero.

 Ambas as publicações recomendam novas iniciativas da Inspeção do Trabalho da UE para continuar a apoiar o cumprimento da legislação em matéria de saúde e segurança no trabalho. Uma publicação recente da EU-OSHA recomenda também um maior envolvimento com investigadores relacionados com a SST.

 

Conclusões

O objetivo geral do presente documento é fazer um balanço da situação atual da União Europeia em termos de SST e refletir sobre a necessidade de avançar para reduzir substancialmente o número de mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.

Esta redução é uma necessidade absoluta e imediata, dado o consenso sobre o imenso e inimaginável sofrimento humano causado pelas atuais mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.  A este respeito, e fazendo eco do apelo da EU-OSHA: é fundamental dispor de uma maior base de dados empíricos que especifique o que reduzirá o número de vítimas mortais, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.

Investigação pragmática para fundamentar as estratégias, intervenções e instrumentos que devem ser considerados prioritários. Não se trata de um luxo, mas de uma necessidade.

Existem muitas estratégias, intervenções e ferramentas baseadas em dados concretos possíveis para reduzir as mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.  A lista não exaustiva que se segue apresenta uma compilação destinada a fornecer opções baseadas em dados concretos.

Esta lista foi elaborada após consulta e considera-se que permite um melhor cumprimento da legislação em matéria de SST e, assim, reduz o número inaceitavelmente elevado de vítimas mortais, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST:

  • Realizar mais investigação sobre o que contribui para o cumprimento bem-sucedido da legislação em matéria de saúde e segurança no trabalho.
  • Discussões com o Comité de Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho sobre a necessidade de prosseguir a investigação baseada na inspeção do trabalho.
  • As empresas que utilizam ferramentas baseadas na Internet, como o OiRA e o BeSMART, devem ser contactadas para continuarem a colaborar na investigação sobre os efeitos alcançados.
  • Potencial continuação da utilização dos prémios da EU-OSHA para empresas que utilizem estratégias, intervenções e ferramentas inovadoras relacionadas com a SST.
  • A EU-OSHA poderia apresentar e continuar a divulgar estratégias, intervenções e ferramentas pragmáticas e baseadas em dados concretos que tenham alcançado melhorias em matéria de SST.
  • A EU-OSHA poderia ensaiar uma iniciativa à escala nacional e europeia para que os profissionais de segurança levantassem anonimamente os problemas de SST com que se deparam.
  • O Barómetro de SST da EU-OSHA deve recolher dados adicionais que deem prioridade aos setores e às questões de género que pode contribuir significativamente para reduzir as mortes, acidentes e problemas de saúde relacionados com a SST.
  • Justifica-se dar prioridade aos setores com as taxas mais elevadas de mortalidade e às PME no âmbito das estratégias nacionais de SST (incluindo categorias de género), dada a sua posição dominante no que diz respeito às mortes relacionadas com a SST.
  • Continuar a promover as atividades da EU-OSHA nos sítios Web nacionais em matéria de SST.
  • Continuar a tirar partido da cadeia de abastecimento, da responsabilidade social e das empresas e da influência das normas sociais, por exemplo, publicitando processos judiciais e encerramentos.
  • Maior divulgação dos métodos de investigação e análise de acidentes.
  • Continuar a divulgar melhorias baseadas em dados concretos para inspeções visuais, avaliação de riscos e métodos de auditoria de segurança.

 


Tradução da responsabilidade do Dep. SST


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