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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O ESENER demonstra como é feita a gestão da saúde e segurança no setor da saúde humana e ação social

 


Imagem com DT


Os trabalhadores do setor da saúde humana e ação social na Europa estão expostos a vários riscos para a saúde e segurança no trabalho (SST). Este relatório fornece uma visão global desses riscos e da respetiva gestão, dos quais a COVID-19 e os fatores ergonómicos e psicossociais se encontram entre os principais. O relatório inclui ainda uma visão geral das tendências ao longo do tempo e dos motores e entraves para a gestão da SST, bem como da participação dos trabalhadores na SST.


Através das análises às três vagas do inquérito ESENER e dos contributos de peritos reputados do setor, o relatório fornece comparações entre países e com outros setores. O relatório conclui-se com importantes pontos de aprendizagem que ajudam a melhorar a gestão da SST no setor.


As conclusões do relatório e o trabalho de preparação para um novo projeto de análise da SST para o setor dos cuidados de saúde vão ser discutidos na oficina a realizar no dia 4 de maio de 2022.


Leia o relatório e o sumário Saúde humana e ação social - resultados do Inquérito Europeu às Empresas Sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER)


Navegue pelos resultados do inquérito no setor na visualização de dados do ESENER


Fonte - UE-OSHA

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Ficha Técnica UE-OSHA - Prevenção de distúrbios músculo-esqueléticos no teletrabalho

 

Imagem com DR


A pandemia COVID-19 acelerou uma tendência crescente no teletrabalho. 

Esta ficha de informações contém um conjunto significativo de conselhos para trabalhadores e empregadores para a prevenção de DMEs em situação de teletrabalho. O Departamento de SST procedeu à tradução dos seus conteúdos por forma a facilitar o seu acesso a todos os trabalhadores e trabalhadoras. 


Pontos-chave

 

• A pandemia COVID-19 aumentou substancialmente a tendência de subida do teletrabalho;

 

• Embora o teletrabalho desenvolvido  a partir casa tenha potenciais vantagens, pode afetar negativamente a saúde dos trabalhadores e contribuir para o desenvolvimento ou exacerbação de distúrbios músculo-esqueléticos (DMEs).

 

• É crucial identificar e abordar fatores de risco de DME relacionados com o teletrabalho.

 

• Uma avaliação de risco do local de trabalho doméstico é o primeiro passo.

 

• É importante adotar uma abordagem multidisciplinar na resolução dos riscos de DME relacionados com o teletrabalho.

 

• Otimize a ergonomia e o ambiente no local de trabalho, mova-se, mude de postura, faça pausas regulares e mantenha-se em ligação com os colegas e supervisores.

 

• Proporcionar educação e formação cria consciência e ajuda os teletrabalhadores a utilizarem melhor os postos de trabalho dinâmicos e a manterem-se ativos durante todo o dia de trabalho.

 

• É fundamental uma política clara de teletrabalho que estabeleça disposições sobre os equipamentos ergonómicos e que proceda à avaliação de riscos.

 

 

O teletrabalho desenvolvido a partir de casa está a aumentar!

 

O teletrabalho disparou em 2020, quando no auge da pandemia COVID-19, uma parte significativa dos trabalhadores da UE passaram a desenvolver a sua atividade em regime de teletrabalho. Isto impulsionou substancialmente a tendência de subida no teletrabalho nos últimos anos.

 

Impacto do teletrabalho na saúde dos trabalhadores

 

Embora o teletrabalho em casa tenha vantagens potenciais, como o tempo e o stresse que são poupados nas deslocações, um melhor equilíbrio entre a vida profissional e a vida profissional, uma maior produtividade e uma melhor concentração, está também associado a um aumento da pressão do tempo de trabalho, ao aumento das horas de trabalho e ao isolamento social.

 

Tal pode ter um impacto negativo na saúde dos teletrabalhos e contribuir para o desenvolvimento ou exacerbação de DMEs. Tendo em conta que os DMEs são de origem multidimensional e estão relacionados com fatores ergonómicos, de organização do trabalho, ambientais e psicossociais, é crucial identificar os riscos associados ao teletrabalho desenvolvido a partir de casa e abordá-los de uma forma preventiva e proativa.

 

A avaliação do risco no local de trabalho é o primeiro passo

 

O teletrabalho deve ser incluído na avaliação obrigatória de risco que é obrigação do empregador. A participação dos trabalhadores e da gestão no processo de avaliação dos riscos é importante. Além de fornecer informações fundamentais para dar os próximos passos no sentido de ser definido e implementado um plano de ação para prevenir os riscos, ajuda a promover a consciência entre os teletrabalhadores.

Os métodos de mapeamento de corpo interativo e de mapeamento de perigos, combinados com ferramentas online ou listas de verificação, são uma boa forma de identificar e de compreender o local de trabalho dos teletrabalhadores e os riscos relacionados com os DMes.

 

Otimizar a ergonomia e o ambiente do posto de trabalho

 

Os teletrabalhadores nem sempre têm os mesmos recursos em casa que têm no escritório.

Siga estes conselhos para tornar o “home office” um local de trabalho confortável e saudável:

 

• Cadeira de escritório:

 

- Ajuste a altura do assento de forma a que as costas e as ancas estejam ligeiramente mais altas do que os joelhos e as coxas num declive ligeiramente para baixo.

 

- Utilize uma almofada se a cadeira estiver muito baixa e a cadeira não for ajustável.

 

- Certifique-se de que os pés estão em contacto com o chão.

 

• Escritório:

 

- Certifique-se de que a mesa é suficientemente grande (ou seja, 120 cm por 80 cm).

 

- Ajuste a altura do cotovelo. Se a altura da mesa não for ajustável, levante a altura da cadeira (por exemplo, com almofadas) se a mesa for demasiado alta, ou elevar a altura da mesa (por exemplo, utilizando blocos) se a mesa estiver demasiado baixa.

 

• Ecrã:

- Posicione o ecrã ao nível dos olhos (ou logo abaixo) e ao comprimento dos olhos.

 

- Utilize um suporte para portátil, ou uma caixa ou uma pilha de livros, para posicionar o ecrã na altura ideal.

 

- Siga a regra 20-20-20 (isto é, a cada 20 minutos concentre-se num objeto a pelo menos 20 pés de distância durante pelo menos 20 segundos) para evitar fadiga ocular.

 

 Rato e teclado:

 

- Utilize um rato e um teclado externos.

 

- Posicione o teclado à frente do ecrã e a 5-10 cm da borda da mesa.

 

- Coloque o rato o mais próximo possível do teclado.

 

Utilize um suporte de documento, colocado entre o ecrã e o teclado, quando escrever a partir de documentos em papel.

 

Iluminação:

 

- Fornecer iluminação adequada (luz do dia ou luz artificial).

 

- Evite o contraste extremo e evite o brilho da luz solar ou a iluminação brilhante no ecrã.

 

• Ar e temperatura:

 

- A temperatura ambiente ideal é entre 22 °C e 24,5 °C.

 

- Abra regularmente janelas e portas, por exemplo, antes de iniciar o trabalho ou quando estiver a fazer uma pausa.

 

• Ruído de fundo:

 

- Trabalhe num quarto separado do resto da casa.

 

- Pode ser útil a utilização de um auricular redutor de ruído.

 

Continue a andar!

 

Combine estes três conselhos:

(1) sentar-se menos horas por dia;

(2) mudar frequentemente de postura;

e (3) adotar uma boa postura sentada.

A atividade física e o exercício fora do horário de trabalho são igualmente importantes.

 

Mova-se mais durante o dia de trabalho da seguinte forma:

 

• Comece o dia com uma curta caminhada ou um treino rápido.

• Levante-se regularmente durante reuniões online ou caminhe durante as chamadas telefónicas.

• Evite longos períodos de sessão – tenha em vista levantar-se a cada 20-30 minutos e levante-se sempre após 2 horas de sessão durante pelo menos 10 minutos.

• Sente-se e fique de pé alternadamente.

 

• A pausa para almoço é o momento ideal para uma caminhada, 15 minutos de exercício, executar alguma tarefa no jardim ou outra atividade ao ar livre.

• Mova-se sentado, por exemplo, ativando o assento dinâmico da cadeira de escritório ou esticando-se e inclinando-se para trás.

 

• Faça regularmente estes exercícios rápidos para melhorar a circulação sanguínea e libertar a tensão muscular:

 

- Vire a cabeça para a esquerda e para a direita.

- Incline a cabeça para a frente e agite-a suavemente de um lado para o outro.

- Deixe os braços e ombros pendurados e soltos, em seguida, incline os ombros para os seus pés.

- Enrole os ombros para trás e depois para a frente.

- Estender os braços para a frente à altura dos ombros. Junte as mãos (palmas viradas para fora) e estique os braços.

- Estique os braços para o lado e para trás. Coloque os calcanhares no chão e levante os dedos dos pés.

- Suporte os dedos dos pés no chão e levante os calcanhares

 

Melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e a vida profissional

 

Ao trabalhar a partir de casa, as fronteiras entre o trabalho e a vida doméstica tornam-se cada vez mais desfocadas. Siga estes oito conselhos para garantir um melhor equilíbrio entre a vida profissional e a vida profissional:

1. Forneça um escritório em casa separado onde possa trabalhar sem ser perturbado. Isto mantém uma clara separação entre trabalho e casa.

2. Agende o dia de trabalho (incluindo almoço e pausas curtas). Comece todos os dias estabelecendo objetivos e acompanhe o seu progresso. Se necessário, ajuste os objetivos de acordo com as circunstâncias atuais e ritmo de trabalho.

3. Respeitar o horário normal de trabalho no escritório.

4. Mantenha uma rotina adequada: levante-se, vista-se e comece a trabalhar ao mesmo tempo que faria num dia de trabalho 'normal'. Termine o dia de trabalho, por exemplo, dando um passeio.

5. Faça planos para o horário pós-laboral.

6. Faça pausas suficientes durante o dia para interromper períodos de trabalho intenso e não falte à pausa para almoço.

8. Informe os colegas de que "não está disponível" para evitar que se distraia quando precisa de se concentrar.

 

Mantenha-se saudável e conectado

 

• Marque chamadas telefónicas regulares ou reuniões virtuais com colegas e supervisores. Isto ajuda a mantê-los informados daquilo em que está a trabalhar e a manter relações positivas.

• Tenha tempo para conversas informais. Reserve a primeira parte das reuniões para conversar sobre questões não relacionadas com o trabalho. Faça pausas para café virtual.

 

O que podem os empregadores fazer?

 

 • Ter uma política de teletrabalho clara, que deve incluir disposições sobre como avaliar e gerir os riscos profissionais, equipamentos ergonómicos, horas de disponibilidade e resultados esperados.

• Fornecer formação e educação

A assistência técnica e a formação ajudam os teletrabalhadores a fazer o melhor uso dos postos de trabalho e a permanecerem ativos durante todo o dia de trabalho. Também sensibiliza os teletrabalhadores e os supervisores sobre os fatores de risco de DMEs relacionados com o teletrabalho e como lidar com eles.

• Prevenção de MSDs

- Fornecer portáteis ergonómicos, ratos externos e teclados.

- Fornecer apoio técnico e orientação sobre como criar um posto de trabalho em casa.

- Promover o exercício regular, encorajando os trabalhadores a participar em pausas ativas e treinos curtos durante reuniões online.

- Mantenha-se ligado aos colegas.

- Fornecer a possibilidade dos teletrabalhadores poderem partilhar as suas preocupações, o que irá detetar potenciais dificuldades mais rapidamente.

- Fale com os trabalhadores sobre desconexão saudável. Quais são as suas necessidades? O que esperam? O que espera? Diga também o que não espera.

 

 

Exemplo 1

Uma empresa permitiu que os seus trabalhadores levassem as suas cadeiras de escritório para casa durante a pandemia COVID-19. Também lhes deu a oportunidade de comprar uma cadeira de escritório a um preço razoável através da compra em grupo. Para cada teletrabalhador foi fornecido um rato externo, teclado e suporte para laptop. Os teletrabalhadores os seus supervisores também receberam formação online sobre como reduzir o tempo de permanência na posição de sentado, otimizar a ergonomia no local de trabalho, desligar e comer de forma saudável quando trabalham a partir de casa.

 

Exemplo 2

Uma empresa de software tomou medidas para ajudar os seus trabalhadores a desligarem-se "verdadeiramente" do trabalho. Os e-mails são bloqueados durante as férias. As mensagens fora do escritório indicam que os e-mails serão automaticamente apagados e devem ser enviados para outro endereço (se urgente) ou ressentidos numa data posterior (se for necessária uma resposta). As chamadas telefónicas e reuniões virtuais são proibidas entre as 08h00 e as 10h00, de forma a melhorar o foco e a concentração.

 

Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT


Aceda à versão original Aqui.


O ESENER demonstra como é feita a gestão da saúde e segurança no setor da saúde humana e ação social

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           


                                Imagem com DR                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             


Os trabalhadores do setor da saúde e ação social na Europa estão expostos a vários riscos para a saúde e segurança no trabalho (SST). Este relatório fornece uma visão global desses riscos e da respetiva gestão, dos quais a COVID-19 e os fatores ergonómicos e psicossociais se encontram entre os principais. O relatório inclui ainda uma visão geral das tendências ao longo do tempo e dos motores e entraves para a gestão da SST, bem como da participação dos trabalhadores na SST.


Através das análises às três vagas do inquérito ESENER e dos contributos de peritos reputados do setor, o relatório fornece comparações entre países e com outros setores. O relatório conclui-se com importantes pontos de aprendizagem que ajudam a melhorar a gestão da SST no setor.


As conclusões do relatório e o trabalho de preparação para um novo projeto de análise da SST para o setor dos cuidados de saúde vão ser discutidos na oficina a realizar no dia 4 de maio de 2022.


Leia o relatório e o sumário Saúde humana e ação social - resultados do Inquérito Europeu às Empresas Sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER)


Navegue pelos resultados do inquérito no setor na visualização de dados do ESENER


Fonte: UU- OSHA

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Empresa portuguesa em competição nos Prémios Boas Práticas da campanha «Locais de trabalho seguros e saudáveis»

 

A 15ª edição dos Prémios Boas Práticas da campanha “Locais de trabalho seguros e saudáveis 2020-22”, sob o tema Aliviar a carga, terá uma empresa portuguesa a concurso. A lista das 39 empresas finalistas foi divulgada no portal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), sendo constituída por empresas de vários setores de atividade de toda a Europa.

 

Os prémios distinguem as organizações que demonstrem abordagens excecionais e inovadores à segurança e saúde, através da prevenção e gestão de lesões musculoesqueléticas no local de trabalho.

 

As empresas selecionadas à fase final foram distinguidas a nível nacional pelos seus pontos focais e neste momento, encontram-se em competição a nível Europeu. As candidaturas serão avaliadas pelo júri internacional e os vencedores serão anunciados na primavera de 2022.

 

Consulte aqui a lista das empresas em competição.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Automação, digitalização e plataformas de trabalho - Implicações no trabalho e no emprego pela Eurofound

 


Imagem com DR


A era digital está a transformar a economia e os mercados de trabalho da UE: quase um terço dos locais de trabalho da UE já são considerados altamente digitalizados e a pandemia COVID-19 está a aumentar o ritmo desta revolução digital. Mas quais são as implicações para o trabalho e o emprego?

 

"A era digital: Implicações da automação, digitalização e plataformas para o trabalho e o emprego" explora esta questão.

 

Este relatório da Eurofound fornece uma imagem de como as tendências de progresso digital como a inteligência artificial, a realidade virtual e o trabalho da plataforma funcionam, influenciam o emprego e o diálogo social. Chama também a atenção para a segurança e a saúde dos trabalhadores e salienta a necessidade de implementar as tecnologias digitais no local de trabalho de uma forma centrada no homem.

 

Leia o relatório


Tradução da responsabilidade do Departamento de SST 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Números impressionantes de avaliações de risco graças à OiRA


 


Imagem com DR


 

Foram efetuadas mais de 201 200 avaliações de risco em vários setores de atividade, em toda a Europa, no ano de 2021, através da utilização de ferramentas online de Avaliação de Riscos Interativos (OiRA).


No ano passado existiam 265 ferramentas ativas com 123 000 utilizadores registados.


Entretanto, estão em desenvolvimento mais de 85 instrumentos OiRA para apoiar processos de avaliação de riscos em diferentes países e setores da UE – desde o comércio geral de alimentos e escritórios até veterinários, cuidados domiciliários, entre muitos outros.


Quer saber mais? 


Navegue no Resumo da OiRA para 2021 e ajude a disseminar a mensagem para a utilização da #OiRAtools


Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT.

Trabalho em plataformas digitais: Regulamentos, políticas e iniciativas dos Estados-Membros da UE Uma nova síntese informativa da EU-OSHA destaca os resultados e as conclusões de um estudo sobre regulamentos, políticas, estratégias, iniciativas, ações e programas relacionados com SST para o trabalho em plataformas digitais. Baseia-se em quatro estudos de casos, três dos quais apresentam iniciativas legislativas em Espanha, Itália e França. O quarto explica as ações que os serviços de inspeção do trabalho e da segurança social podem tomar para gerir os riscos relacionados com a SST. Leia na íntegra a síntese informativa «Segurança e saúde no trabalho em plataformas digitais: Ensinamentos retirados de regulamentos, políticas, ações e iniciativas» Consulte os quatro estudos de casos Leia o relatório Trabalho em plataformas digitais e segurança e saúde no trabalho: documento de análise.

 

Imagem com DR


 

Uma nova síntese informativa da EU-OSHA destaca os resultados e as conclusões de um estudo sobre regulamentos, políticas, estratégias, iniciativas, ações e programas relacionados com SST para o trabalho em plataformas digitais. Baseia-se em quatro estudos de casos, três dos quais apresentam iniciativas legislativas em Espanha, Itália e França. O quarto explica as ações que os serviços de inspeção do trabalho e da segurança social podem tomar para gerir os riscos relacionados com a SST.


Leia na íntegra a síntese informativa «Segurança e saúde no trabalho em plataformas digitais: Ensinamentos retirados de regulamentos, políticas, ações e iniciativas»


Consulte os quatro estudos de casos


Leia o relatório Trabalho em plataformas digitais e segurança e saúde no trabalho: documento de análise.


Fonte: conteúdo retirado do site da UE-OSHA 

Artigo OSHwiki - Trabalhadores Vulneráveis - parte II

 

Trabalhadora grávida, puérpera e lactante


Esta secção fornece uma breve visão geral dos principais riscos reprodutivos no local de trabalho enfrentados pelas trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes.

 

Estas trabalhadoras são consideradas um grupo de risco, ou seja, são mais suscetíveis a lesões relacionadas com o trabalho e a problemas de saúde. São também suscetíveis a riscos reprotóxicos devido à exposição a produtos químicos que podem prejudicar não só a sua saúde, mas também a saúde do seu filho.

 

Os empregadores têm de reconhecer que pode haver riscos diferentes dependendo se uma mulher está grávida, deu à luz recentemente ou está a amamentar. Os principais riscos reprodutivos incluem:

 

     Os agentes químicos, que assim que entram no corpo da mãe podem afetar a saúde do feto e nas fases iniciais do seu desenvolvimento podem causar defeitos à nascença ou a ocorrência de aborto.

 

     Os agentes físicos, que podem incluir o ruído excessivo, as vibrações, a exposição a temperaturas extremas, as radiações ionizantes e não ionizantes.

 

     Agentes biológicos como vírus, fungos e bactérias que podem prejudicar a fertilidade de homens e mulheres ou causar defeitos congénitos no feto.  

Os empregadores devem identificar os perigos associados á sua atividade, avaliar os riscos que representam e implementar as medidas de controlo adequadas. No entanto, os empregadores devem estar cientes de que a exposição a riscos reprodutivos podem afetar o feto.

 

Além disso, uma mulher pode ser particularmente cautelosa sobre quaisquer riscos potenciais para o filho que está a gerar, sendo que a ansiedade que isso pode causar pode, por si só, ser prejudicial tanto para a mãe como para o filho. Fatores psicossociais como o stresse durante a gravidez geralmente podem ter um impacto adverso tanto na mãe como na criança.

 

A segurança e a saúde da trabalhadora grávida, puérpera e lactante  está abrangida pela Diretiva 92/85/CEE que exige a avaliação de quaisquer "agentes químicos, físicos e biológicos e processos industriais considerados perigosos". As orientações foram alargadas em 2000 para abranger "movimentos e posturas, fadiga mental e física e outros tipos de stresse físico e mental".

 

Em 2008, os direitos das trabalhadoras grávidas foram alargados através de uma alteração que aumentou a licença de maternidade de 14 para 18 semanas. Isto também permite que as mães amamentam durante mais tempo se optarem por fazê-lo, sem o risco de os contaminantes do local de trabalho serem passados para o seu bebé através do leite materno.


Trabalhadores mais velhos


Em alguns Estados-Membros, a idade de reforma foi aumentada para apoiar as mudanças nos sistemas de pensões e para permitir e incentivar as pessoas a continuarem a trabalhar até à idade da reforma.

A fim de prolongar a vida profissional e de continuar a tirar o melhor partido dos trabalhadores por mais tempo, as condições de trabalho têm de ser melhoradas. em matéria de saúde e segurança, incluindo as disposições de trabalho flexíveis, entre outras

 

Estima-se que, até 2025, a proporção de trabalhadores entre os 50 e os 64 anos duplique em relação aos trabalhadores com menos de 25 anos. Os trabalhadores mais velhos estão protegidos ao abrigo da "Diretiva-Quadro" da UE (89/391/CEE) [25], sendo que quando se considera a capacidade de um trabalhador mais velho exercer um trabalho, a idade não deve ser uma barreira, uma vez que os trabalhadores mais velhos variam na forma como respondem ao processo de envelhecimento.

 

Além disso, a maioria dos trabalhadores mais velhos continuará a ter uma boa saúde mental e física que lhes permite trabalhar até aos 65-70 anos de idade. O declínio relacionado com a idade afeta principalmente as capacidades físicas e sensoriais, que são mais relevantes para o trabalho físico pesado.

 

Existem provas de que o desempenho no trabalho é o mesmo em todas as faixas etárias e em alguns estudos, os trabalhadores mais velhos podem ter um melhor desempenho em termos de precisão e de consistência da produção do que os seus colegas mais jovens.

Além disso, as competências cognitivas, tais como a inteligência, o conhecimento, a linguagem e a capacidade de resolução de problemas complexos são resistentes aos declínios relacionados com a idade e são suscetíveis de aumentar com a idade até aos 60 anos.

 

Os trabalhadores mais velhos são, geralmente, menos propensos a ter acidentes do que os seus congéneres mais jovens. No entanto, os acidentes de trabalho que envolvam trabalhadores mais velhos tendem a resultar em ferimentos mais graves (isto é, em situações de invalidez permanente, perda de membros ou morte).

 

As causas particulares de stresse para os trabalhadores mais velhos podem ser a falta de oportunidades de desenvolvimento e formação de carreiras e dificuldades na adaptação às tecnologias que se encontram em mudança. A avaliação dos riscos sensíveis à idade significa ter em conta aspetos relacionados com a idade de diferentes faixas etárias na avaliação dos riscos, incluindo potenciais alterações na capacidade funcional e no estado de saúde, no caso dos trabalhadores mais velhos.

 

Devem ser tomadas mais em consideração as exigências físicas do trabalho, os riscos relacionados com o trabalho por turnos, o trabalho em condições quentes, o ruído, etc., no caso dos trabalhadores mais velhos. No entanto, à medida que as diferenças inter-individuais aumentam com a idade, os pressupostos não devem ser feitos exclusivamente com base na idade. A avaliação dos riscos deve considerar as exigências de trabalho em relação às capacidades funcionais e ao estado de saúde do indivíduo.

 

Quando um trabalhador adoece, pode ser necessária uma atenção especial às suas necessidades de reabilitação e regresso ao trabalho. No entanto, esta necessidade não se limita aos trabalhadores mais velhos. Por exemplo, com o aumento das taxas de sobrevivência do cancro, há um reconhecimento crescente da necessidade de gerir ativamente o regresso ao trabalho após o cancro, qualquer que seja a idade do trabalhador.

 

Trabalhadores com deficiência


A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho no Trabalho (UE-OSHA) define a deficiência como um estado que abrange a existência de deficiências físicas e mentais e abrange todos os trabalhadores que possam ser prejudicados no desempenho do trabalho, incluindo pessoas com condições de longo prazo ou progressivas.

 

Estima-se que 23,5% da população ativa na UE-27 tem uma doença crónica e 19% têm uma doença de longa duração. Algumas perturbações musculoesqueléticas podem necessitar de uma gestão cuidadosa para evitar incapacidades a longo prazo ou para minimizar o impacto de problemas crónicos.

 

Os Estados-Membros são obrigados a adotar regulamentos que garantam a SST dos trabalhadores, garantindo simultaneamente a igualdade de tratamento para as pessoas com deficiência. A Diretiva 89/654/CEE[CEE] da UE abrange os requisitos mínimos de SST para o local de trabalho e dirige que os locais de trabalho devem ser ajustados para ter em conta, se necessário, as necessidades dos trabalhadores com deficiência.

 

Esta disposição aplica-se às portas, passagens, escadas, chuveiros, lavatórios, lavatórios, lavatórios e postos de trabalho utilizados ou ocupados diretamente por trabalhadores com deficiência. A Diretiva 89/391/CEE exige que os empregadores efetuem avaliações de risco, eliminem riscos e adaptem o trabalho e o local de trabalho aos trabalhadores, incluindo os trabalhadores com deficiência.

 

A avaliação dos riscos deve igualmente aplicar-se aos equipamentos de trabalho, à organização do trabalho, ao trabalho isolado, às substâncias perigosas, etc., pelo que todas as diretivas se aplicam e são pertinentes.

 

Deve reconhecer-se que os trabalhadores com deficiência fazem parte de um grupo muito diversificado e que alguns trabalhadores podem não apresentar sinais óbvios de incapacidade. Aqueles que sofrem de problemas de saúde mental podem não ter sinais exteriormente visíveis, mas podem, no entanto, precisar da adoção de disposições adequadas.

 

As questões de SST que enfrentam podem ser igualmente variadas. Cada trabalhador deve ser tratado individualmente. O estabelecimento de uma política e de procedimentos de gestão da deficiência pode ser benéfico.

 

As avaliações de risco sensíveis à deficiência devem:

     Ter em conta as capacidades do deficiente

     Ter em conta a natureza e a extensão da incapacidade do indivíduo

     Ter em conta os requisitos específicos do trabalho

     Evite fazer pressupostos estereotipados sobre riscos associados a um determinado tipo de deficiência

     Consultar o indivíduo em causa em todas as fases

     Procurar aconselhamento de profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, profissionais médicos, grupos de emprego para deficientes ou organizações

     Coordenar entre pessoal de segurança e pessoal para a igualdade

     Considerar acomodações razoáveis para prevenir ou reduzir os riscos avaliados

     Consulte o indivíduo para verificar se os alojamentos sugeridos são adequados e adequados antes e depois da implementação

 

Outras medidas podem incluir:

 

     Ajustamentos à organização do trabalho, às funções e ao horário de trabalho

     Ajustes nas caraterísticas físicas do local de trabalho

     Ajustes nos equipamentos de trabalho

     Instalação de sinais, sinalização e procedimentos de emergência adequados

     Formação e supervisão

 

Trabalhadores migrantes


Os trabalhadores migrantes podem ser encontrados em muitos postos de trabalho, incluindo empregos altamente qualificados em tecnologias da informação, bem como no que é referido como “ empregos 3D",ou seja em atividades/empregos sujos, perigosos e exigentes, sendo os setores mais comuns, são na agricultura e horticultura, na construção, nos cuidados de saúde, no trabalho doméstico, nos transportes e na indústria alimentar.

 

As três principais questões da SST relativas aos trabalhadores migrantes são:

     As elevadas taxas de emprego dos trabalhadores migrantes em setores de alto risco.

     Barreiras linguísticas e culturais à comunicação e formação em SST.

     São mais propensos a sofrer lesões e doenças profissionais, porque muitas vezes trabalham mais horas extraordinárias, não usufruindo do direito à baixa médica por motivo de doença.

 

Para apoiar os migrantes no local de trabalho, a Diretiva-Quadro 89/391/CEE da UE estabelece a obrigação de proceder a uma avaliação inclusiva dos riscos. As melhores práticas para os empregadores na gestão da SST dos trabalhadores migrantes incluem as seguintes recomendações:

 

     Gerir a discriminação no trabalho em vez de ignorá-la. Ouvir as preocupações dos trabalhadores, mas também compreender que as atitudes em relação ao trabalho podem ser influenciadas por diferenças culturais.

     Tome em consideração as competências linguísticas verbais e escritas dos trabalhadores migrantes antes de realizar uma avaliação de risco.

     Verifique se quaisquer processos de avaliação de risco podem ser compreendidos pelos trabalhadores migrantes e, se necessário, proceder à sua tradução.

     Se as competências linguísticas do trabalhador migrante são deficientes, então a formação em segurança deve ser idealmente ministrada na sua língua materna.

     Os empregadores devem adotar uma política de integração dos trabalhadores migrantes na mão-de-obra para criar um local de trabalho verdadeiramente intercultural.

     A criação de um local de trabalho inclusivo, solidário e aberto deverá ter impacto nos acidentes de trabalho, nas doenças profissionais e no stresse relacionado com o trabalho e na melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores migrantes.

 

Trabalhadores independentes


A definição de trabalhador independente varia em todos os Estados-Membros, mas pode ser dividida em cinco categorias:

 

1.     Empregadores que gerem os seus negócios com a ajuda de trabalhadores;

2.     Os "profissionais livres" tradicionais, que para poderem trabalhar na sua profissão, devem cumprir requisitos específicos, respeitar os regulamentos e os códigos vinculados às obrigações e, muitas vezes, passar em exames a serem listados nos registos públicos. Geralmente realizam as suas atividades sozinhos ou em associação com outros profissionais e com a ajuda de um número limitado de colaboradores, se houver;

3.     Trabalhadores artesanais, comerciantes e agricultores, que representam as formas tradicionais de autoemprego. Geralmente trabalham com familiares e um pequeno número de funcionários;

4.     Trabalhadores independentes em profissões qualificadas, mas não regulamentadas, por vezes referidas como "novos profissionais".

5.     Trabalhadores independentes em profissões não qualificadas, que gerem os seus negócios sem a ajuda de trabalhadores, mas que por vezes podem ser assistidos por familiares.

 

De acordo com os dados produzidos em 2009, os trabalhadores independentes representam 10% da mão-de-obra na Europa, que oscila entre 21% na Grécia e 4% na Estónia. Evidencia-se uma proporção significativa de trabalhadores independentes na agricultura (47%) e na construção (17%).

 

A Recomendação 2003/134/CE do Conselho, de 18 de fevereiro de 2003, diz respeito à melhoria da proteção da saúde e da segurança no trabalho dos trabalhadores independentes. Muitas vezes trabalham horas longas e em períodos irregulares e são, na sua maioria, mal remunerados, pelo que tendem a não ter tempo, nem dinheiro para pagar os EPIs equipamentos, bem como frequentarem formação em matéria de SST.

 

Os trabalhadores independentes devem avaliar os riscos não só para a sua própria saúde e segurança no trabalho, mas também para as pessoas com quem trabalham e para os membros do público.

 

Trabalhadores temporários


A evolução do mercado de trabalho resultou na diminuição do número de postos de trabalho permanentes e muitos empregadores estão a escolher diferentes formas de contrato de trabalho que lhes conferem maior flexibilidade.

 

Isto significa que há uma variedade de diferentes tipos de trabalho temporário, mas para efeitos deste artigo um trabalhador temporário é definido como '... Uma pessoa com contrato de trabalho ou uma relação de trabalho com uma agência temporária, com vista a ser afixada numa empresa utilizadora para trabalhar temporariamente sob a sua supervisão.  


Um trabalhador temporário é definido nos termos da Diretiva 2008/104/CE como o “trabalhador com um contrato de trabalho ou uma relação de trabalho com uma empresa de trabalho temporário, tendo em vista a sua cedência temporária a um utilizador para trabalhar sob a autoridade e direção deste”.

 

A experiência dos trabalhadores temporários variará, muitas vezes, dependendo do tempo que vão permanecer no local de trabalho. Por exemplo, os trabalhadores da manutenção são um grupo particularmente em risco, uma vez que a manutenção se torna cada vez mais subcontratada.

Consequentemente, os empregadores devem assegurar que os trabalhadores temporários disponham da mesma proteção da SST que os outros trabalhadores e assegurar que sejam efetuadas as necessárias e adequadas avaliações dos riscos, de modo que os trabalhadores temporários saibam que medidas foram tomadas para os proteger.  

 

Os empregadores devem assegurar que:

     Os trabalhadores temporários compreendem as informações e instruções de que necessitam para trabalhar em segurança e recebem toda a formação necessária.

     As necessidades linguísticas dos trabalhadores temporários são tidas em conta se vierem de outro país.

     Os trabalhadores temporários têm as qualificações e competências necessárias para fazer o trabalho.

     Estão acordados os preparativos para o fornecimento e manutenção de qualquer equipamento de proteção individual, equipamento de ecrã de exposição, bem como qualquer vigilância sanitária necessária.

     As disposições relativas à denúncia de acidentes relevantes são acordadas em conformidade com a legislação adequada para esse país.

 

O que os empregadores devem considerar


Existem alguns pontos-chave que podem ajudar os empregadores a gerir os trabalhadores considerados "vulneráveis":

     Evite estereotipar as pessoas e fazer suposições sobre quais são os perigos e quem está em risco.

     Adaptar o trabalho e as medidas preventivas aos trabalhadores. A correspondência entre o trabalho e os trabalhadores é um princípio fundamental da legislação da UE.

     Ao conceber ou planear trabalhos, considere as necessidades de uma mão-de-obra diversificada em vez de esperar que um trabalhador jovem/grávida/deficiente/mais velho/migrante seja integrado e depois tenha de fazer alterações.

     Associar a segurança e a saúde no trabalho a quaisquer ações de igualdade no local de trabalho, incluindo planos de igualdade e políticas de não discriminação.

     Assegurar que a segurança no trabalho e a formação em saúde são adaptadas às necessidades e às circunstâncias dos trabalhadores.

     Assegurar que os trabalhadores temporários e por turnos, os trabalhadores subcontratados e de manutenção, bem como os trabalhadores a tempo parcial, sejam incluídos na avaliação de riscos, na formação e educação no local de trabalho e na prevenção.

 

Tradução da responsabilidade do Departamento de SST 


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