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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Estudo Nacional
Metade dos professores portugueses sofre de stresse, ansiedade e exaustão


Um estudo desenvolvido por duas investigadoras do ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada – aponta como principais motivos para as situações de stresse, ansiedade e exaustão sentidas por metade dos professores portugueses, indisciplina e o desinteresse dos alunos, bem como o excesso de carga letiva e a extrema burocracia nas escolas.

O estudo resultou de um inquérito aplicado a cerca de 807 professores de escolas públicas (a larga maioria) e privadas de Portugal continental e nas regiões autónomas.

Metade dos professores portugueses sofre do chamado síndrome de burnout, um estado físico, emocional e psicológico associado ao stresse e à ansiedade que, nos casos mais graves, pode mesmo levar à depressão, e que conduz ao recurso prolongado a ansiolíticos.

De acordo com a investigação realizada por Ivone Patrão e Joana Santos Rita, são sobretudo os professores do sexo feminino, mais velhos e com vínculo profissional que apresentam níveis de burnout superiores.

O primeiro aspeto apontado pelos docentes como causa para o distúrbio prende-se com a dificuldade de gestão dos problemas de indisciplina na sala de aula, com a perceção da desmotivação para o estudo por parte dos alunos e pela pressão para o sucesso.

O segundo fator relaciona-se com a insatisfação com a carga letiva que lhes é atribuída, por todas as responsabilidades não-educacionais e pela falta de trabalho em equipa e de suporte das chefias, além da pressão de supervisores no que toca à avaliação de desempenho.
O estudo encontra-se, ainda, em curso, sendo objetivo das autoras, alargar a amostra a outros docentes.

Referência a este Estudo

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