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terça-feira, 18 de junho de 2013


A Promoção da Diversidade no Local de Trabalho: uma estratégia para a inclusão e competitividade
 
 

 
No decorrer do antepenúltimo post e porque as questões relativas à diversidade cultural no trabalho estão na ordem do dia, fazemos referência a este Seminário promovido pela Fundação Dublin sobre a temática, realizado no passado dia 23 e 24 de maio de 2013.

Neste seminário foram divulgadas e discutidas várias medidas governamentais, empresariais e iniciativas que apoiam as práticas de gestão da diversidade no local de trabalho como uma ferramenta para promover a inclusão dos trabalhadores no mercado de trabalho.

Irá ter lugar uma segunda sessão deste seminário, no qual vão ser apresentadas diversas iniciativas adotadas a nível local/boas práticas empresariais, setorial e nacional que visam promover a inclusão através da introdução de práticas de gestão da diversidade nas empresas.

O seminário partiu de uma grande questão: Por que razão a Europa necessita de um crescimento inclusivo?

Em primeiro lugar e acima de tudo, a força de trabalho europeia regista uma diminuição etária devido à mudança demográfica. Isto terá um grande impacto sobre os sistemas de pensões, onde as pessoas em idade ativa se encontram a apoiar um crescente número de pessoas idosas.

A Europa necessita de maximizar urgentemente as taxas de emprego em todas as pessoas em idade ativa - grupos de jovens e idosos - tanto para o melhoria da economia como um todo e, acima de tudo, para a sustentabilidade dos sistemas de pensões.

Por exemplo, a taxa de emprego da UE, ainda hoje, é particularmente baixa para as mulheres (58,6% contra 69,8% para homens com idade entre 20-64 anos) e a taxa de desemprego entre os jovens da União Europeia é cada vez mais dramática, atingindo mais de 50% em alguns Estados-Membros.

Além disso, com o impacto da crise económica nos mercados de trabalho da maioria dos Estados-Membros da UE assiste-se à marginalização ou à exclusão de grupos populacionais específicos.

 
Apesar das diferenças entre os Estados-Membros, dois grupos foram diretamente e severamente atingida pela recessão: as populações jovens e os migrantes.

Alguns dados

 Entre 2007 e 2012, a taxa de desemprego nos jovens aumentou de 15,7% em 2007 para 22,8% em 2012.

Os trabalhadores migrantes foram igualmente afastados do mercado de trabalho desde o início da crise. As taxas emprego e desemprego dos trabalhadores estrangeiros variam muito em relação aos nacionais.

Em UE-27, a população migrante registava uma taxa de emprego mais baixa (59,7% contra 64,6% em 2011) e uma maior taxa de desemprego (16,8% versus 9,1% relativamente aos trabalhadores nacionais, em 2011). Além disso, o aumento das taxa de desemprego foi superior para os migrantes em comparação com os trabalhadores nacionais (+4,8 pontos percentuais entre 2007 e 2010 e 2,2 para os nacionais).

Dois outros grupos de trabalhadores, a destacar são os trabalhadores mais velhos (entre 55-64 anos) e as mulheres, que continuam a registar uma redução de emprego e taxas de atividade inferiores às da população ativa total (15-64 anos).
Em 2011, os trabalhadores mais velhos apresentavam uma taxa de emprego de 47,4%, o que representa uma taxa inferior de cerca de 20% do que a população em geral.

Da mesma forma, a taxa de atividade é de 50,9%, enquanto a taxa da população geral é de 71,9%.


As mulheres continuam a registar uma taxa consideravelmente menor de emprego do que os homens: 58,6% em 2012 para as mulheres e 69,8% para os homens.

Esses números são ainda mais baixos para as mulheres estrangeiras (51,5%) e para as mulheres com idades entre 55-64 anos (40,2%).


Conclusão Final

A estratégia para um crescimento verdadeiramente inclusivo deve ser perseguida na promoção da inclusão políticas e tendo uma política de igualdade de oportunidades e uma abordagem não-discriminação, sendo que todos os intervenientes têm um papel a desempenhar, designadamente:

· As empresas, como atores-chave no processo de crescimento económico, podem criar oportunidades de emprego e introduzir práticas a nível local de trabalho que visem a inclusão dos diferentes trabalhadores;

· Os governos podem conceber e implementar políticas e ações contra a discriminação, exclusão e apoio das políticas dirigidas para a inclusão dos diversos trabalhadores diversos nas empresas;

· Os sindicatos podem desenvolver estratégias específicas para representar efetivamente os interesses de todos trabalhadores, especialmente os mais excluídos.

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