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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

PRINCIPAIS CONCLUSÕES GERAIS DO ESENER 2

Os locais de trabalho na Europa encontram-se em constante evolução por influência das alterações das condições económicas e sociais.

Algumas dessas alterações são perfeitamente visíveis nos resultados do ESENER-2, sendo seguidamente apresentadas as conclusões gerais:

Ø  21% das empresas da UE-28 referem que os trabalhadores com idade superior a 55 anos representam mais de um quarto de sua força de trabalho;

Ø  13% das empresas da UE-28 referem dispor de trabalhadores que exercem a sua atividade a trabalhar a partir de casa (teletrabalho);

Ø  6% das empresas da UE-28 indicam integrar trabalhadores com dificuldades de compreensão da língua falada no local de trabalho;

Ø  Os resultados do ESENER-2 refletem o crescimento contínuo do setor dos serviços. Os fatores de risco que são mais identificados são: a interação com clientes, alunos e pacientes difíceis (58% das empresas da UE-28); em seguida, as posições cansativas ou dolorosas (56%); e, por fim, os movimentos repetitivos da mão ou do braço (52%);

Ø  Entre os fatores de risco, os psicossociais são vistos como os mais exigentes; quase uma em cada cinco empresas referem ter de enfrentar clientes difíceis ou a pressão relativamente a prazos a cumprir, bem como afirmam não dispor das informações ou ferramentas adequadas para fazer face ao risco de forma eficaz.

Ø  O ESENER-2 revela que 76% das empresas da UE-28 realizam periodicamente avaliações de riscos.

Ø  A maioria das empresas inquiridas na UE-28 e que realizam avaliações de riscos periódicas considera que estas que são forma útil de gerir a segurança e saúde (90%).

Ø  No que respeita às empresas que não realizam avaliações de riscos periódicas, as principais razões fornecidas para justificar esse facto são: «os perigos já são conhecidos» (83% das empresas); e «não existem problemas dignos de registo» (80%).

Ø  A maioria das empresas da UE-28 (90%), sobretudo as empresas de maior dimensão, refere dispor de um documento que explica as responsabilidades e os procedimentos em matéria de segurança e saúde.

Ø  As questões relativas à segurança e saúde são regularmente discutidas ao nível mais alto da administração em 61% das empresas da UE-28, percentagem que aumenta com a dimensão da empresa.

Ø  Quase três quartos das empresas inquiridas na UE-28 (73%) afirmam proporcionar, aos seus chefes de equipa e aos responsáveis operacionais, formação sobre a gestão da SST nas respetivas equipas.

Ø  O cumprimento das obrigações legais é referido como uma das principais justificações por 85% das empresas da UE-28.

Ø  O segundo fator determinante mais importante para atuar em matéria de SST é a resposta às expectativas dos trabalhadores ou dos seus representantes. O ESENER-2 revela que mais de quatro em cada cinco empresas que realizam avaliações de riscos periódicas na UE-28 (81%) afirmam contar com a participação dos seus trabalhadores na conceção e implementação das medidas resultantes das avaliações de riscos.

Ø  O ESENER-2 revela também que a relutância em falar abertamente sobre estas questões parece constituir a principal dificuldade para abordar os riscos psicossociais (30% das empresas da UE-28). Esta, como todas as outras dificuldades, é mais frequentemente relatada à medida que a dimensão da empresa aumenta.

Ø  Um pouco mais de metade das empresas inquiridas na UE-28 (53%) afirma dispor de informações suficientes sobre a inclusão dos riscos psicossociais nas avaliações de riscos. Como esperado, esta percentagem varia mais com a dimensão da empresa do que com o setor.

Ø  A utilização dos serviços de segurança e saúde revela que os profissionais mais procurados são os médicos do trabalho (68%), os generalistas em saúde e segurança (63%) e os peritos em prevenção de acidentes (52%).

Ø  No que respeita concretamente aos riscos psicossociais, o recurso a um psicólogo é referido por apenas 16% das empresas da UE-28.

Ø  No que se refere às formas de representação dos trabalhadores, os mais referidos foram os representantes em matéria de segurança e saúde: 58% das empresas da UE-28, com as percentagens mais elevadas entre as empresas nas áreas da educação, saúde e ação social (67%), da indústria transformadora (64%) e da administração pública (59%).

Ø  No que respeita às empresas que afirmam ter tomado medidas destinadas a prevenir os riscos psicossociais nos três anos anteriores ao inquérito, 63% das empresas da UE-28 referem que os trabalhadores desempenharam um papel importante na conceção e aplicação de tais medidas.

Ø  Dada a natureza dos riscos psicossociais, seria de esperar que as medidas tomadas nesta área suscitassem uma participação direta do trabalhador e um grau especialmente elevado de colaboração de todos os intervenientes no local de trabalho.

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