Os
locais de trabalho na Europa encontram-se em constante evolução por influência
das alterações das condições económicas e sociais.
Algumas
dessas alterações são perfeitamente visíveis nos resultados do ESENER-2, sendo
seguidamente apresentadas as conclusões gerais:
Ø
21% das empresas da UE-28 referem que os
trabalhadores com idade superior a 55 anos representam mais de um quarto de sua
força de trabalho;
Ø
13% das empresas da UE-28 referem dispor de
trabalhadores que exercem a sua atividade a trabalhar a partir de casa
(teletrabalho);
Ø
6% das empresas da UE-28 indicam integrar
trabalhadores com dificuldades de compreensão da língua falada no local de
trabalho;
Ø
Os resultados do ESENER-2 refletem o
crescimento contínuo do setor dos serviços. Os fatores de risco que são mais
identificados são: a interação com clientes, alunos e pacientes difíceis (58%
das empresas da UE-28); em seguida, as posições cansativas ou dolorosas (56%);
e, por fim, os movimentos repetitivos da mão ou do braço (52%);
Ø
Entre os fatores de risco, os psicossociais
são vistos como os mais exigentes; quase uma em cada cinco empresas referem ter
de enfrentar clientes difíceis ou a pressão relativamente a prazos a cumprir,
bem como afirmam não dispor das informações ou ferramentas adequadas para fazer
face ao risco de forma eficaz.
Ø
O ESENER-2 revela que 76% das empresas da
UE-28 realizam periodicamente avaliações de riscos.
Ø
A maioria das empresas inquiridas na UE-28
e que realizam avaliações de riscos periódicas considera que estas que são
forma útil de gerir a segurança e saúde (90%).
Ø
No que respeita às empresas que não
realizam avaliações de riscos periódicas, as principais razões fornecidas para
justificar esse facto são: «os perigos já são conhecidos» (83% das empresas); e
«não existem problemas dignos de registo» (80%).
Ø
A maioria das empresas da UE-28 (90%),
sobretudo as empresas de maior dimensão, refere dispor de um documento que
explica as responsabilidades e os procedimentos em matéria de segurança e
saúde.
Ø
As questões relativas à segurança e saúde
são regularmente discutidas ao nível mais alto da administração em 61% das
empresas da UE-28, percentagem que aumenta com a dimensão da empresa.
Ø
Quase três quartos das empresas inquiridas
na UE-28 (73%) afirmam proporcionar, aos seus chefes de equipa e aos
responsáveis operacionais, formação sobre a gestão da SST nas respetivas
equipas.
Ø
O cumprimento das obrigações legais é
referido como uma das principais justificações por 85% das empresas da UE-28.
Ø
O segundo fator determinante mais
importante para atuar em matéria de SST é a resposta às expectativas dos
trabalhadores ou dos seus representantes. O ESENER-2 revela que mais de quatro
em cada cinco empresas que realizam avaliações de riscos periódicas na UE-28
(81%) afirmam contar com a participação dos seus trabalhadores na conceção e
implementação das medidas resultantes das avaliações de riscos.
Ø
O ESENER-2 revela também que a relutância
em falar abertamente sobre estas questões parece constituir a principal
dificuldade para abordar os riscos psicossociais (30% das empresas da UE-28).
Esta, como todas as outras dificuldades, é mais frequentemente relatada à
medida que a dimensão da empresa aumenta.
Ø
Um pouco mais de metade das empresas
inquiridas na UE-28 (53%) afirma dispor de informações suficientes sobre a
inclusão dos riscos psicossociais nas avaliações de riscos. Como esperado, esta
percentagem varia mais com a dimensão da empresa do que com o setor.
Ø
A utilização dos serviços de segurança e
saúde revela que os profissionais mais procurados são os médicos do trabalho
(68%), os generalistas em saúde e segurança (63%) e os peritos em prevenção de
acidentes (52%).
Ø
No que respeita concretamente aos riscos
psicossociais, o recurso a um psicólogo é referido por apenas 16% das empresas
da UE-28.
Ø
No que se refere às formas de representação
dos trabalhadores, os mais referidos foram os representantes em matéria de
segurança e saúde: 58% das empresas da UE-28, com as percentagens mais elevadas
entre as empresas nas áreas da educação, saúde e ação social (67%), da
indústria transformadora (64%) e da administração pública (59%).
Ø
No que respeita às empresas que afirmam ter
tomado medidas destinadas a prevenir os riscos psicossociais nos três anos
anteriores ao inquérito, 63% das empresas da UE-28 referem que os trabalhadores
desempenharam um papel importante na conceção e aplicação de tais medidas.
Ø
Dada a natureza dos riscos psicossociais,
seria de esperar que as medidas tomadas nesta área suscitassem uma participação
direta do trabalhador e um grau especialmente elevado de colaboração de todos
os intervenientes no local de trabalho.
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