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quinta-feira, 30 de março de 2017

Relatório “AGE – Monitorização e gestão da saúde e da idade no trabalho”,

Acaba de ser publicado o relatório “AGE – Monitorização e gestão da saúde e da idade no trabalho”, fruto de uma parceria entre a ACT e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

“O relatório que se segue consiste numa análise dos dados recolhidos no âmbito do projeto AGE. Trata-se de um estudo efetuado ao nível nacional com uma amostra de 3106 trabalhadores de vários setores de atividade.

O estudo foi desenvolvido numa parceria entre o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e a ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho. A recolha de dados junto dos trabalhadores decorreu no final de 2015 e foi realizada pela ACT, através dos seus técnicos e inspetores do trabalho, com um instrumento construído para o efeito, pela equipa de investigadores do ISCTE-IUL – o instrumento AGE.

Foram recolhidas informações sobre a perceção dos trabalhadores acerca das suas condições de trabalho (fatores de risco, exigências, recursos, horários e tempos de trabalho), estado de saúde percebido (problemas de saúde sentidos e relação com o trabalho), práticas se SST identificadas nas empresas e um conjunto de dados de caraterização socio-demográfica (sexo, idade, setor, escolaridade, salário, tipo de contrato de trabalho, dimensão da empresa, entre outros).

Os resultados mostram algumas evidências sobre as condições de trabalho em Portugal, nomeadamente, no que diz respeito à exposição a fatores de risco, destacam-se o esforço físico, os fatores associados ao ambiente de trabalho e os fatores psicossociais (obviamente com particularidades setoriais).

São ainda de referir as exigências de concentração, o trabalho sob pressão e as longas horas de trabalho como fatores presentes numa boa parte da amostra. Quanto aos problemas de saúde sentidos e reportados pelos trabalhadores, salientam-se os problemas musculares, articulares ou ósseos, a ansiedade, os problemas de visão, o cansaço rápido e fadiga, os problemas de sono e a depressão, entre os mais frequentes.

As análises mostram ainda que nem todos os públicos estão igualmente expostos a estas situações, revelando uma realidade particularmente penosa para certos grupos em diferentes contextos. Por exemplo, para os trabalhadores temporários no que respeita às exposições e aos horários de trabalho atípicos; para os temporários e contratados a termo no que se refere aos baixos recursos sentidos na situação de trabalho; para as mulheres nas exigências emocionais, no baixo reconhecimento e participação; para os jovens na intensidade do trabalho e nos horários rotativos; e para os trabalhadores mais velhos, cuja diversidade de situações reportadas é expressão real do seu percurso, das suas escolhas e das escolhas das organizações e do mercado no qual se encontram inseridos.”

Fonte: Nota Introdutória


O relatório encontra-se disponível para consulta Aqui.

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