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segunda-feira, 25 de março de 2024

Alerta Digital ... Alguns Números sobre Doenças relacionadas com o Trabalho

 


Alguns Números sobre Doenças relacionadas com o Trabalho

 

De acordo com um inquérito sobre acidentes de trabalho e problemas de saúde relacionados com o trabalho, conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020 (terceira edição já realizado em 2007 e 2013), as doenças profissionais mais graves apontadas pelos trabalhadores incluíam problemas ósseos, articulares e musculares.

Todavia, 54% dos inquiridos também indicaram a exposição a fatores de risco para a saúde mental.

Perto de meio milhão de pessoas dos 15 aos 74 anos (482,5 milhares) referiram ter tido algum problema de saúde causado ou agravado pelo trabalho, representando 6,9% da população empregada no momento da entrevista ou alguma vez empregada, menos 56,7 milhares de pessoas que em 2013.

Os problemas de saúde continuam a afetar principalmente, e de forma crescente, as mulheres: 7,8%, em comparação com 5,9% no caso dos homens, e agravamento da diferença entre sexos, de 1,5 p.p. em 2013para 1,9 p.p. em 2020.

A existência de problemas é mais frequente a partir dos 55 anos de idade: 10,7% das pessoas dos 55 aos 64 anos e 9,4% das que tinham 65 ou mais anos.

Os problemas de saúde foram também mais referidos pelas pessoas que à data do inquérito estavam reformadas ou noutros tipos de inatividade, respetivamente 9,8% e 9,5%, em contraste com 5,9% no caso dos que estavam empregados.

Os resultados do inquérito indicam ainda que os problemas de saúde relacionados com o trabalho afetavam principalmente os residentes na região do Alentejo (7,6%) e relativamente menos os residentes nas regiões autónomas dos Açores (5,0%) e da Madeira (5,4%).

No conjunto dos problemas relacionados com o trabalho, os problemas ósseos, articulares ou musculares no seu conjunto (os que afetam principalmente as costas, o pescoço, os ombros, os braços, as mãos, as ancas, as pernas e os pés) foram identificados em 2020 como sendo os mais graves por 59,9% da população com pelo menos um problema, mais6,0 p.p. que em 2013.

Neste conjunto salientam-se os problemas ósseos, articulares ou musculares que afetam principalmente as costas, referidos como o problema mais grave em 2020 por 25,4% da população em análise, mais frequentemente pelos homens (31,2%) que pelas mulheres (21,4%).

Os problemas musculosqueléticos do pescoço, ombros, braços e mãos afetavam 19,5% da população, mais frequentes no caso das mulheres (23,7%) que no dos homens (13,3%).

Tomando como referência o problema de saúde mais grave, aumentou substancialmente a percentagem da população que referiu que este limitava consideravelmente a capacidade de realizar atividades diárias normais (de 49,4% em 2013 para 55,3% em 2020).

Contudo, em 39,2% dos casos a ausência ao trabalho das pessoas afetadas foi inferior a um dia, o que representa um aumento de 8,4 p.p. em relação a 2013.

Por atividade económica, foram as pessoas que trabalham ou trabalharam na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (secção A) e nas atividades de educação, de saúde humana e apoio social, artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas, outras atividades de serviços, atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e para uso próprio, e atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (Seções P a U) as que registaram problemas em proporções (8,6% e 8,0%, respetivamente) superiores à média nacional(6,9%).

A maior frequência dos problemas de saúde relacionados com o trabalho foi reportada pelo grupo profissional agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta (10,1%).

 


Fonte:

Módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego
Acidentes de trabalho e problemas de saúde relacionados com o trabalho



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