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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Trabalho + Seguro | Newsletter Internacional SST | 4ª Edição | N.º 1



 Já se encontra disponível, no site da UGT, o número mais recente da nossa Newsletter Internacional sobre SST. 


O Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da UGT, pretende com a publicação da 4.ª edição desta Newsletter Internacional, continuar a partilhar informação internacional relevante em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho.

A UGT, como Central Sindical democrática e responsável, sempre se pautou por uma postura de proposição e de ação, de compromisso e reivindicação na defesa dos seus princípios e valores, e de afirmação dos direitos dos trabalhadores, defendendo que só uma verdadeira cultura de prevenção no local de trabalho, pode evitar e prevenir os riscos profissionais e consequentemente aos acidentes de trabalho e as doenças profissionais.

Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis é o defendemos para todos os trabalhadores e trabalhadoras, pelo que se nos afigura essencial que as nossas Federações, Sindicatos, Uniões Distritais, Dirigentes Sindicais e os Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho estejam munidos da informação necessária conducente à promoção, implementação e reivindicação de uma verdadeira Cultura de Prevenção.

A Segurança e Saúde no Trabalho constituem dimensões essenciais da melhoria das condições de trabalho, sendo por isso fundamental a criação de ambientes de trabalho saudáveis e seguros, onde os trabalhadores e trabalhadoras estejam cada vez mais protegidos de todos os riscos emergentes da atividade laboral e menos sujeitos à incidência de acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Nunca é demais reafirmar que o Departamento de SST tem feito uma aposta clara nesta matéria: em sensibilização, informação e formação, no desenvolvimento de iniciativas e campanhas nacionais e setoriais com o objetivo de garantir e promover a prevenção de riscos profissionais nos locais de trabalho. Esta Newsletter é um dos instrumentos de informação e sensibilização que utilizamos para esse efeito.

O mundo do trabalho encontra-se em constante mudança, pelo que assumimos o compromisso de partilhar conteúdos dos mais variados setores, no sentido de que os nossos associados tenham conhecimento de ferramentas úteis para utilizar no seu dia a dia nos locais de trabalho.

Assim e, ainda mais, quando as taxas de sinistralidade laboral continuam extremamente elevadas, em particular a mortal - Portugal é o terceiro país da UE com maior aumento de mortes no trabalho – torna-se, ainda, mais fundamental que continuemos a informar, sensibilizar, esclarecer os trabalhadores e trabalhadores e seus representantes quanto às melhores práticas de promoção da Segurança e da Saúde nos locais de trabalho.


Leia no link abaixo o número 1, da 4ª edição da Newsletter Internacional do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da UGT.


https://www.ugt.pt/seguranca-e-saude-no-trabalho/publicacoes/newsletter/trabalho-seguro-newsletter-internacional-sst-4-edicao-n-1/6282

 

 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Prevenção e inspeção são fundamentais no modelo polaco de conformidade em matéria de segurança e saúde no trabalho


Imagem com DR


O novo relatório da EU-OSHA analisa a forma como a Inspeção do Trabalho polaca e os serviços de prevenção da segurança e saúde no trabalho (SST) estão a responder aos novos desafios no local de trabalho através do desenvolvimento de abordagens e iniciativas inovadoras.


O modelo polaco de SST apresenta soluções para questões críticas como stress no local de trabalhosegurança nos estaleiros de construçãoabordagens setoriais específicas que combinam programas de inspeção e prevençãoapoio a refugiados e migrantesapoio de peritos em SST, e colaboração entre a inspeção do trabalho e outros intervenientes importantes na SST.


Saiba mais sobre a forma como outros países europeus, como a Noruega e a Alemanha, apoiam o cumprimento da SST. Estão em curso publicações sobre os modelos na Irlanda e em Portugal.


Consulte a  secção temática sobre melhorar o cumprimento da regulamentação em matéria de SST


Fonte: Conteúdo retirado do site da UE-OSHA


Maioria dos europeus apoia a IA no local de trabalho, revela inquérito Eurobarómetro

 


Imagem com DR


Um novo inquérito Eurobarómetro revela que a maioria dos europeus considera que a inteligência artificial (IA) e as tecnologias digitais são benéficas para o emprego, a economia e a sociedade.

Mais de 60% apoiam o uso de IA e robôs no trabalho, com mais de 70% acreditando que eles aumentam a produtividade.

No entanto, embora a maioria apoie a tomada de decisões baseada em IA, 84% enfatizam a necessidade de uma gestão cuidadosa para salvaguardar a privacidade e garantir a transparência.

As conclusões destacam um forte interesse público em abraçar o potencial da IA e garantir uma supervisão responsável no local de trabalho.


Confira Aqui os resultados 

Vamos fazer campanha por um trabalho seguro e saudável na era digital

 

Tradução da responsabilidade do Dep. SST

Versão original 


O novo inquérito da UE revela que os longos períodos na posição sentada, os riscos psicossociais e a digitalização são as principais preocupações em matéria de segurança e saúde no local de trabalho


O Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER) de 2024 esclarece sobre os riscos identificados pelos locais de trabalho europeus em todos os sectores, sendo que os longos períodos na posição sentada e os movimentos repetitivos continuam a ser as principais preocupações. Revela também desafios psicossociais e o impacto crescente da digitalização na segurança e saúde no local de trabalho, à medida que as organizações lidam com novas práticas de trabalho.

Além disso, houve uma quase duplicação de estabelecimentos que relatam ter funcionários a trabalhar em casa (de 13 % em 2019 para 23 % em 2024), acompanhada por uma crescente consciencialização do impacto da digitalização na segurança e saúde dos trabalhadores.

Também os riscos psicossociais são referidos frequentemente, particularmente nos sectores dos serviços, com 56 % das organizações a identificarem o desafio de lidar com clientes, doentes ou alunos difíceis.

Na sua reflexão sobre os resultados, o Diretor Executivo da EU-OSHA, William Cockburn, afirmou que «25 % das organizações ainda não reconhecem a presença de riscos psicossociais, o que evidencia um défice significativo na abordagem a estas questões importantes. Este facto sublinha a importância da nossa futura campanha “Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis”, a lançar em 2026, que se centrará no combate ao impacto dos riscos psicossociais no trabalho na saúde mental dos trabalhadores.»

Entre os locais de trabalho que comunicam fatores de risco psicossociais, 21 % consideram que estes riscos são mais difíceis de gerir do que outros riscos de SST. Os valores variam significativamente de país para país, com certos países nórdicos, como a Suécia (38 %) e a Dinamarca (37 %), a percecionarem desafios mais elevados. A participação dos trabalhadores na conceção de medidas destinadas a prevenir os riscos psicossociais registou um ligeiro declínio, descendo de 61 % em 2019 para 55 % em 2024.

Além disso, o inquérito mostra uma atenção crescente às tecnologias digitais nas avaliações de riscos no local de trabalho, agora abrangidas por 43 % dos locais de trabalho em geral, com a Espanha e a Eslovénia no topo, com mais de 60 %. De igual modo, 42 % dos estabelecimentos oferecem formação sobre a utilização das tecnologias digitais, atingindo 75 % em Malta. O ESENER também destaca os fatores de risco associados à utilização das tecnologias digitais no trabalho. Para além dos riscos musculoesqueléticos, as empresas referem o aumento da intensidade do trabalho (34 %), a sobrecarga de informação (32 %) e o esbatimento das fronteiras entre a vida profissional e a vida privada (27 %).


É encorajador o facto de se ter registado uma melhoria acentuada na consulta aos trabalhadores sobre o impacto da digitalização na segurança e na saúde. Entre as empresas que utilizam, pelo menos, uma tecnologia digital, 35 % afirmam consultar os trabalhadores, contra 24 % em 2019.

O primeiro relatório de conclusões marca o início de uma série de análises que irão aprofundar os dados do ESENER 2024, sendo os resultados pormenorizados publicados em relatórios subsequentes até 2026.

Ligações:


·         Aceda às Primeiras conclusões do Quarto Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER 2024)

·         Explore o instrumento de visualização de dados do ESENER


Fonte: UE-OSHA




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Comissão publica lista indicativa de medicamentos perigosos

 


Imagem com DR


Os medicamentos perigosos (HMP) incluem, entre outros, alguns antineoplásicos, imunossupressores e medicamentos antivirais e são utilizados para tratar uma vasta gama de patologias, incluindo o cancro e a reumatologia.

Os HMP podem causar efeitos indesejados nos trabalhadores que a eles estão expostos no local de trabalho.

A Comissão Europeia acaba de publicar uma lista indicativa de medicamentos perigosos para complementar a sua legislação e as suas orientações para a gestão segura de medicamentos perigosos no trabalho , a fim de apoiar a avaliação dos riscos no local de trabalho em sectores em causa, como os cuidados de saúde, a indústria farmacêutica, mas também a limpeza e lavandaria para hospitais e cuidados de saúde veterinários e a gestão de resíduos de medicamentos,  entre outros.

Para mais informações: Comunicação da Comissão


Explore a secção Web da EU-OSHA sobre segurança e saúde no trabalho no setor da saúde e da assistência social

 Tradução da responsabilidade do dep. SST

versão original aqui:


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Assassino silencioso no trabalho: Campanha de sensibilização desenvolvida pelo sindicato belga FGTB

 


 

Imagem com DR


Os cancros profissionais continuam a ser uma das ameaças mais prementes para a saúde no local de trabalho dentro e fora da Europa. De acordo com o Roteiro sobre agentes cancerígenos, ocorrem anualmente na UE cerca de 120 000 casos de cancro relacionado com o trabalho em resultado da exposição a agentes cancerígenos no trabalho, resultando em mais de 100 000 mortes por ano. 

No entanto, ao contrário de acidentes ou quedas, esses riscos muitas vezes passam despercebidos – até que seja tarde demais.

Estima-se que a exposição a agentes cancerígenos no local de trabalho seja responsável por 2% a 12% de todas as mortes por cancro. As consequências são de longo alcance, afetando não apenas os trabalhadores, mas também suas famílias, empresas e a economia. 

O encargo financeiro – decorrente de despesas médicas, perda de produtividade e benefícios por incapacidade – é imenso: entre 270 e 610 mil milhões de euros por ano, o que representa 1,8% a 4,1% do produto interno bruto da União Europeia.

Neste contexto, uma recente campanha sindical na Bélgica está a chamar a atenção para os cancros profissionais na indústria metalúrgica, onde os trabalhadores se deparam frequentemente com substâncias perigosas sob a forma de fumos, poeiras ou partículas. 

Reconhecendo a urgência de abordar a questão dos cancros profissionais, o centro Form'action André Renard - centro de formação e especialização do sindicato belga FGTB, lançou uma poderosa campanha de sensibilização. A iniciativa inclui 22 clipes audiovisuais com conhecimentos especializados de médicos do trabalho, especialistas em prevenção e representantes sindicais.

Estes recursos em língua francesa têm como objetivo educar e capacitar os trabalhadores, e estão acessíveis on-line em www.stopcancersprofessionnels.be.

 

Tradução da responsabilidade do dep. SST


Aceda à versão original Aqui.



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Novo programa da Presidência do Conselho da UE: O que está reservado para a SST?

 

Imagem com DR


O trio rotativo de presidências do Conselho da UE, desta vez composto pela Polónia, Dinamarca e Chipre, iniciou o seu percurso de 18 meses com a publicação de uma agenda estratégica. Assente na visão global da UE para 2024-2029, o programa do trio está estruturado em torno de três pilares fundamentais: «Uma Europa forte e segura», «Uma Europa próspera e competitiva» e «Uma Europa livre e democrática». Cada um destes pilares aborda, respetivamente, questões como a segurança e a resiliência, as transições dupla verde e digital e os valores da UE em matéria de democracia e direitos humanos.  

Este programa tem muitos pontos importantes para a saúde ocupacional. Um dos principais objetivos declarados do trabalho sobre as transições gémeas será assegurar que estas transições melhorem a segurança no local de trabalho em vez de a comprometerem.

A resolução do problema da escassez de mão de obra e de competências através do investimento na educação, na aprendizagem ao longo da vida e na formação será também uma prioridade, em especial nos sectores de alto risco em que é essencial uma formação adequada em matéria de segurança. Além disso, as políticas de apoio à saúde mental no local de trabalho e às melhorias ergonómicas visam contribuir para uma força de trabalho mais saudável.

A saúde e a segurança no trabalho são, além disso, um elemento vital de qualquer compromisso para com a democracia e os direitos humanos. Deve ser garantido a todos os trabalhadores, independentemente do setor ou da sua origem, o acesso a condições de trabalho seguras, justas e não discriminatórias. 

A este respeito, o programa trio coloca uma tónica especial no combate à violência baseada no género, ao incitamento ao ódio, à xenofobia, à discriminação com base na religião ou crença, bem como na plena implementação da agenda para as mulheres, a paz e a segurança.


A Polónia é o primeiro dos países a liderar a Presidência do Conselho da UE, de janeiro a junho de 2025, e centrar-se-á no emprego, nos assuntos sociais e na igualdade sob três temas abrangentes.

 

O futuro do trabalho na Europa digital

A Polónia liderará os debates sobre a proteção dos trabalhadores numa economia cada vez mais digital e automatizada. Os principais domínios de incidência incluem a regulamentação da IA no local de trabalho, os direitos ao teletrabalho e a garantia de uma dinâmica equilibrada entre a vida profissional e a vida privada através do direito à desconexão. 

Comprometeu-se igualmente a fazer avançar o Quadro Estratégico da UE para a Saúde e Segurança no Trabalho (2021-2027) e a promover iniciativas da economia social no contexto da transformação digital. Além disso, será dada especial atenção ao impacto da automatização na segurança no local de trabalho, garantindo que os avanços digitais não conduzam a uma erosão das proteções dos trabalhadores.


Uma Europa da igualdade, da coesão e da inclusão

A Presidência polaca declarou a sua intenção de defender a inclusão e dar prioridade ao apoio aos grupos vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, os jovens NEET (que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação) e os migrantes. Foram prometidas medidas para reforçar os quadros de combate à discriminação, promover a igualdade de género e combater a violência baseada no género. A Presidência contribuirá igualmente para a revisão de 2025 do Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e trabalhará no sentido da adoção do projeto de diretiva relativa à igualdade de tratamento. Em abril de 2025, deverá ser assinada uma Declaração do Trio sobre a Igualdade de Género, reforçando os compromissos em matéria de segurança no local de trabalho e de tratamento justo.


Responder aos desafios do "envelhecimento da população"

As alterações demográficas, em especial o envelhecimento da população, constituem um dos desafios mais prementes que a UE enfrenta atualmente. No âmbito da prioridade «A Europa responder aos desafios da transformação da prata», a Presidência polaca colocou uma ênfase significativa nas políticas que abordam as realidades de uma população envelhecida, as quais, segundo afirma, se centrarão na promoção de condições para um envelhecimento digno e saudável, assegurando simultaneamente o respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos idosos. 


A Presidência defenderá políticas que promovam a participação ativa dos cidadãos idosos no mercado de trabalho.


 Tradução da responsabilidade do dep. SST

Versão original Aqui.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Conheça os finalistas dos Prémios de Boas Práticas «Trabalho seguro e saudável na era digital»



Imagem com DR


A 16.ª edição dos Prémios de Boas Práticas para Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis reconhece as organizações que contribuem para a segurança e saúde no trabalho através da digitalização. 

Os pontos focais da EU-OSHA pré-selecionaram 34 exemplos nacionais para avançar para a fase final do concurso europeu. 

Estas entradas apresentam soluções digitais inovadoras, desde ferramentas de segurança baseadas na IA até aplicações que promovem pausas ativas durante o trabalho híbrido. Um júri internacional tripartido avaliará estas práticas e os vencedores serão revelados na primavera. 


Conheça as entradas pré-selecionadas

 

Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho

 


Imagem com DR


Relembramos as principais conclusões que decorrem de um Estudo elaborado pela Ordem dos psicólogos de 2023:


De acordo com este  Relatório intitulado: "Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho", o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros em 2022 às empresas em Portugal.


O presentismo (quando os trabalhadores vão para o seu local de emprego, mas funcionam abaixo das suas capacidades por motivo) teve um custo de 3,5 mil milhões de euros, registando-se assim uma perda total de produtividade de 5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo português gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19).


Segue o Sumário Executivo deste estudo:


Nos últimos anos, os desafios colocados pela Pandemia COVID-19 e a crise socioeconómica dela decorrente, têm desencadeado profundas e rápidas mudanças laborais que agravaram os riscos psicossociais pré-existentes e colocaram em evidência a relevância da Saúde Psicológica e do bem-estar dos/das trabalhadores/as e organizações. 

Os Riscos Psicossociais e a falta de Saúde Psicológica no trabalho não têm apenas um custo humano enorme, mas também um impacto imenso na sociedade e na economia. 

A perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por stresse e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até €5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19), uma vez que se estima que, em Portugal, os/as trabalhadores/as faltem, devido ao stresse e a problemas de Saúde Psicológica até 8 dias por ano e o presentismo possa ir até 15,8 dias. 

É de notar que este cálculo refere-se apenas a custos indirectos. 

Os custos directos do stresse e problemas de Saúde Psicológica no trabalho não estão contabilizados, bem como diversos Riscos Psicossociais (tais como os conflitos laborais).

No total, a perda de produtividade pode custar às empresas portuguesas até 1,4% do seu volume de negócios. A prevenção e a promoção da Saúde Psicológica e do bem-estar nas empresas portuguesas podem reduzir as perdas de produtividade pelo menos em 30% e, portanto, resultar numa poupança de cerca de 1,6 mil milhões de euros por ano. 

O sucesso e a sustentabilidade das organizações passam imperiosamente pelo investimento na construção de Locais de Trabalho Saudáveis, criadores de Saúde Psicológica e bem-estar, nomeadamente através da avaliação, prevenção e intervenção nos Riscos Psicossociais que afectam o trabalho e os trabalhadores/as.

Para descarregar o documento clique aqui.


https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/opp_relatorio_prosperidadeesustentabilidadedasorganizacoes2023.pdf


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Sindicato francês CGT pede proibição do PFAS

 


Imagem com DR

A Confédération Générale du Travail (CGT), um dos principais sindicatos franceses, acaba de criar o «Coletivo PFAS» para apelar à proibição destes produtos químicos perigosos e proteger a saúde dos trabalhadores a eles expostos.

As PFAS (substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas) são uma família de compostos químicos sintéticos também conhecidos como «produtos químicos para sempre» porque não se decompõem facilmente e podem permanecer nos ecossistemas e no corpo humano durante décadas.

Eles são amplamente utilizados em muitos produtos industriais e de consumo por suas propriedades resistentes à água, graxa e manchas. Encontram-se em embalagens de alimentos, têxteis e vestuário impermeáveis, utensílios de cozinha antiaderentes e cosméticos. Acumulam-se na literatura científica provas dos seus efeitos nocivos para a saúde e o ambiente: cancros, perturbações do sistema hormonal, problemas de fertilidade e contaminação das águas subterrâneas e superficiais, do solo, da vida selvagem, etc.

"Não queremos trabalhar para perder a nossa saúde", diz Jean-Louis Peyren, secretário federal da federação das indústrias químicas CGT, para justificar a posição do seu sindicato a favor da proibição desta família de produtos químicos. «Os trabalhadores são os primeiros a ser afetados, porque fabricam estas substâncias e utilizam-nas todos os dias como matéria-prima no seu trabalho.»

No início de 2024, foram realizadas análises em funcionários da gigante química Akerma e foram encontradas quantidades alarmantes de PFAS na corrente sanguínea de alguns deles. Segundo Peyren, o princípio da precaução deve ser aplicado para evitar a repetição da tragédia do amianto. 

Confrontados com a crescente preocupação com os efeitos das PFAS, em fevereiro de 2023, cinco países europeus propuseram uma «restrição universal» (uPFAS), no âmbito do Regulamento REACH Europeu (registo, avaliação e autorização de substâncias químicas). O objetivo declarado é proibir todas as utilizações de PFAS, a menos que não existam alternativas.

De acordo com um recente inquérito em colaboração sobre as PFAS realizado por 46 jornalistas e 29 parceiros dos meios de comunicação social em 16 países europeus, o custo da limpeza da Europa poderá ultrapassar os 2 000 mil milhões de euros em 20 anos se as PFAS não forem proibidas.

 

Tradução da responsabilidade do dep. SST

versão original Aqui.


 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Inquérito da UE revela riscos fundamentais e emergentes no local de trabalho

 



O último Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER) revelou que os longos períodos na posição sentada, a necessidade de lidar com clientes difíceis e a digitalização estão entre os principais riscos emergentes no local de trabalho na Europa. 


Num inquérito exaustivo a mais de 41 000 locais de trabalho, a EU-OSHA esclarece de que forma gerem a segurança e a saúde no trabalho e fornece informações sobre as principais preocupações, ou seja as lesões musculoesqueléticas e desafios psicossociais, e a sua evolução desde 2014.

Salienta igualmente o crescente impacto da digitalização e o aumento das consultas aos trabalhadores sobre os seus efeitos na sua segurança e saúde.


Leia o comunicado de imprensa

Saiba mais sobre os inquéritos ESENER


Fonte: UE-OSHA

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Fatores de risco de cancro profissional na Europa — primeiras conclusões do Inquérito sobre a exposição dos trabalhadores

 


O Inquérito sobre a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco de cancro na Europa (IET) da EU-OSHA fornece informações sobre a provável exposição dos trabalhadores a 24 fatores de risco de cancro conhecidos durante a sua última semana de trabalho. O IET foi realizado na Alemanha, na Irlanda, em Espanha, na França, na Hungria e na Finlândia em 2023.


A presente publicação apresenta as primeiras conclusões do IET, destacando as exposições profissionais mais comuns entre os fatores de risco de cancro considerados, as circunstâncias de exposição e a relação entre a exposição e algumas condições de trabalho. 


Os resultados mostram um risco acrescido para os trabalhadores em locais de trabalho micro ou pequenos, em comparação com locais de trabalho médios ou grandes, e para aqueles que trabalham mais de 50 horas por semana.


Aceda à publicação Aqui





terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Comunicado da CES CANCRO: Comissão tem de pôr termo ao atraso na ação contra o amianto

 

4 de fevereiro de 2025


 

No Dia Mundial contra o Cancro, os sindicatos apelam à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que cumpra finalmente a sua promessa de legislação para proteger melhor os trabalhadores dos edifícios dominados pelo amianto.

De acordo com dados da UE, entre 4 e 7 milhões de trabalhadores em toda a UE estão expostos ao amianto, sendo que o mesotelioma, que é causado pela exposição às fibras de amianto, é responsável por 40% dos cancros relacionados com o trabalho.

A presidente Von der Leyen anunciou em 2022 que iria propor uma diretiva sobre rastreio, registo e monitorização do amianto em edifícios. Foi realizada uma consulta pública e a Comissão deveria adotar uma diretiva no segundo trimestre de 2023, no entanto ainda não o fez.


"Fator de mortalidade"

O atraso de mais de 18 meses é um facto, apesar de os últimos dados da UE evidenciarem que  os casos de mesotelioma relacionado com o trabalho registaram um aumento 10%.

Um relatório da Comissão Europeia  publicado no Dia Mundial contra o Cancro alertou que "a exposição profissional é um grande fator de mortalidade, representando 6% das mortes por cancro na UE em 2021" e que existem "fortes desigualdades na mortalidade por cancro (...) com taxas que permanecem mais elevadas nos países de baixos rendimentos, entre as pessoas com níveis de educação mais baixos e entre os homens."

Em 1996, a Comissão examinou e retirou o amianto da sua sede no Berlaymont.

Giulio Romani, Secretário Confederal da Confederação Europeia de Sindicatos, afirmou:

“Milhões de pessoas continuam a ser expostas todos os dias, na Europa, a fibras de amianto potencialmente mortais no trabalho de uma forma desnecessária e inconsciente. Construtores, bombeiros ou trabalhadores de escritório que foram trabalhar para ganhar a vida e, em vez disso, tiveram suas vidas cruelmente interrompidas pelo surgimento de cancro.”

“Esta Comissão Europeia já tornou os limites de exposição mais seguros, mas sabe que pode fazer mais para evitar que os trabalhadores contraiam cancro relacionado com o amianto, razão pela qual prometeu apresentar uma diretiva sobre o rastreio, registo e monitorização do amianto nos edifícios.”

"É por isso que, no Dia Mundial contra o Cancro, apelo novamente à Presidente von der Leyen para que acabe com o atraso em relação a esta diretiva que salva vidas e que, finalmente, cumpra a promessa que fez de garantir que os edifícios em que as pessoas estão a trabalhar são seguros, tal como a Comissão fez com os seus próprios escritórios na década de 1990.

“O próprio relatório da Comissão sobre o cancro mostra que o cancro profissional continua a ser uma ameaça grave e afeta de forma desproporcionada os mais pobres e vulneráveis. As suas vidas não devem ser sacrificadas no altar da desregulamentação. Garantir que as pessoas estão seguras e saudáveis no trabalho é bom para a competitividade, bem como a coisa fundamentalmente certa a fazer.”

 

 

Tradução da responsabilidade do Departamento de Segurança e saúde no Trabalho

 

Fonte: Confederação Europeia de Sindicatos

 

Aceda à versão original Aqui.