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sexta-feira, 13 de julho de 2012


Promoção da saúde junto dos trabalhadores jovens

Uma síntese de casos de boas práticas


De acordo com os dados disponíveis, a taxa de acidentes de trabalho não mortais, entre os trabalhadores dos 18 aos 24 anos, é superior, em mais de 40%, relativamente ao conjunto dos trabalhadores em geral. Os jovens têm igualmente maior probabilidade de ser afetados por uma doença profissional.

No entanto, em vez de serem pouco saudáveis, os locais de trabalho podem ser meios importantes para promover a saúde, oferecendo a oportunidade de melhorar a saúde geral dos trabalhadores, o que é igualmente benéfico para as empresas, porquanto permite reduzir os custos relacionados com doenças e aumentar a produtividade.

Um jovem trabalhador de 18 anos partiu ambas as pernas depois de iniciar o seu segundo dia de trabalho, ao cair da plataforma de um camião de recolha de resíduos. O jovem deslocava-se no exterior do veículo porque a cabina não tinha espaço suficiente para ele e para os colegas que também iam no camião.

Um jovem de 16 anos, no seu primeiro trabalho de férias, numa carpintaria perdeu os dedos da mão ao utilizar indevidamente uma serra elétrica. Não lhe foi dada informação ou formação sobre a utilização deste equipamento de risco.

Falamos de jovens. Falamos de trabalhadores jovens que têm que viver o resto das suas vidas com marcas profundas decorrentes de acidentes de trabalho. Falamos de jovens trabalhadores que perdem as suas vidas nos locais de trabalho.

As razões para esta situação são de vária ordem, apontando-se, indiscutivelmente, como uma das grandes causas a falta de educação e formação para a prevenção.

É, pois, certo que a ausência de educação e formação para a prevenção, constitui em Portugal, uma das causas para os números disponíveis sobre a sinistralidade laboral, principalmente no que respeita à população jovem recém admitida no mercado de trabalho.

Sectores de grande sinistralidade como a construção civil e a agricultura registam um número de acidentes de trabalho preocupante ao nível dos jovens trabalhadores.

Torna-se claro que na ausência de educação e formação sobre prevenção, os jovens recém chegados ao mercado de trabalho têm mais dificuldade em reconhecer os riscos profissionais e, mesmo quando os reconhecem podem ter mais dificuldade em tomar as medidas preventivas consideradas adequadas.

Tal facto sugere uma melhor preparação dos potenciais jovens trabalhadores em matérias sobre segurança, higiene e saúde no trabalho, de forma a adquirirem informação, atitudes e comportamentos adequados para a prevenção em geral e, para a prevenção dos riscos profissionais que vão encontrar no exercício da sua atividade profissional futura.

Nesta perspetiva, a interiorização de comportamentos e atitudes dirigidos à prevenção deve desenvolver-se mesmo antes da entrada na vida ativa, ou seja, a cultura de prevenção deve começar a ser construída nos bancos de escolas incutindo, desta forma, nos potenciais jovens trabalhadores, os princípios de uma verdadeira cultura de prevenção.

Entendemos que esta abordagem constitui um imperativo para a melhoria da qualidade de vida e das condições de trabalho, sendo a educação e a formação para a prevenção uma das suas expressões mais estruturantes.

É imperativo garantir que aos jovens seja assegurado o início da sua vida profissional de forma segura, saudável e em proteção pelo valor fundamental que é a

VIDA!


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