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sexta-feira, 8 de março de 2019

Problemática do género na segurança e saúde no trabalho - Síntese de um relatório da Agência





Existem diferenças substanciais nas condições de trabalho das mulheres e dos homens que se repercutem nas respetivas saúde e segurança no trabalho (SST).

Um dos objetivos da «Estratégia comunitária de saúde e segurança no trabalho» é a integração da dimensão do género nas atividades de segurança e saúde e no trabalho. Para apoiar este objetivo, a Agência elaborou um relatório de análise das diferenças, em função do género, da ocorrência de ferimentos e da prevalência de doenças de origem profissional e da falta de conhecimentos e das respetivas implicações para a melhoria da prevenção dos riscos.


Conclusões principais do Relatório:

São necessários esforços sustentados para melhorar as condições de trabalho das mulheres e dos homens;

  As diferenças de género nas condições de trabalho têm um impacto importante nas diferenças de género das repercussões para a saúde relacionadas com o trabalho. A investigação e as intervenções devem ter em conta o trabalho efetivamente executado pelas mulheres e pelos homens, bem como as diferenças na exposição a riscos e nas condições de trabalho.

  É possível melhorar a investigação e o acompanhamento incluindo sistematicamente a dimensão do género na recolha de dados, ajustando as horas de trabalho efetuadas (dado as mulheres normalmente trabalharem menos horas do que os homens) e baseando a avaliação da exposição aos riscos nas tarefas efetivamente realizadas;

Os indicadores dos sistemas de controlo, nomeadamente os relatórios e inquéritos nacionais de acidente, devem abranger os riscos profissionais efetivamente incorridos pelas mulheres.

  Os riscos para a segurança e a saúde relacionados com o trabalho incorridos pelas mulheres têm sido subestimados e negligenciados relativamente aos mesmos riscos incorridos pelos homens, tanto na investigação como na prevenção. Este desequilíbrio deve ser tido em conta nas atividades de investigação, sensibilização e prevenção.

  A abordagem neutra em termos de género nas políticas e na legislação contribuiu para que fossem menores os recursos atribuídos para os riscos relacionados com o trabalho incorridos pelas mulheres e para a sua prevenção. As diretivas comunitárias em matéria de segurança e saúde não contemplam os trabalhadores domésticos (na sua maioria mulheres);

Devem ser feitas avaliações do impacto sobre o género das diretivas de SST em vigor e futuras, do estabelecimento de normas e dos acordos de compensação.

Apesar de serem necessárias avaliações das repercussões sobre o género da legislação de SST, com base nos conhecimentos de que dispomos sobre prevenção e integração da dimensão do género na SST é possível implementar as diretivas existentes de forma a ter mais em conta as diferenças de género.

  As intervenções que têm em conta a diferença de género exigem uma abordagem participativa envolvendo os trabalhadores interessados e assente numa análise das situações reais de trabalho.

Aceda ao Relatório Aqui



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