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quinta-feira, 27 de outubro de 2016





A dor que está a paralisar a Europa

A Confederação Europeia de Sindicatos está a apelar à Comissão Europeia no sentido de combater a principal causa de doenças profissionais na Europa: a epidemia de dores nas costas, ombros, pescoço, cotovelos, mãos e joelhos que provoca uma enorme perda na qualidade de vida dos trabalhadores e milhões de dias de baixa.

Estima-se que o custo para empregadores, trabalhadores e serviços de saúde ronde os 163 mil milhões de euros.

As dores lombares estão a paralisar a Europa”, afirmou Esther Lynch, Secretária Confederal da CES. “Em França, perderam-se cerca de 9 milhões de dias de trabalho devido a dores lombares e outros problemas músculo-esqueléticos, e a situação irá agravar-se com a mão-de-obra em envelhecimento na Europa.”

Em 2013 a Comissão Europeia recusou apoiar uma diretiva sobre “ergonomia no local de trabalho” proposta pelos empregadores e sindicatos e em vez disso emitiu uma recomendação não-vinculativa.

“Está na hora de a Comissão admitir que aquela recomendação não é suficiente. É preciso fazer mais.”

As doenças músculo-esqueléticas (MSDs) do local de trabalho são causadas por tarefas que sobrecarregam o corpo e estão associadas a tarefas caracterizadas por posições corporais fixas ou constrangidas, movimentos repetitivos, concentração da força em partes do corpo tais como a mão e o pulso, e um ritmo de trabalho que não permite ao trabalhador controlo suficiente ou margem de manobra ou tempo de recuperação suficiente entre movimentos. Tudo aponta para que a constante intensificação do ritmo de trabalho esteja a obrigar os trabalhadores a laborar num ambiente de urgência constante, reduzindo assim a sua margem de manobra.

Os trabalhadores dos setores da alimentação, metalurgia, automóvel, construção, agricultura, transportes e saúde são os que correm maior risco.

A prevenção é essencial e isto implica a adaptação do trabalho ao trabalhador. “As comissões de segurança e saúde no trabalho, a legislação e regulamentações eficazes, bem como os incentivos económicos para a redução de MSDs, constituem a maior esperança para a melhoria da situação nas empresas europeias.”


Esther Lynch faz este apelo na conferência sobre “Redução do peso das doenças crónicas no trabalho” que teve lugar no início do mês, em Bruxelas, sob a presidência da Comissária Marianne Thyssen e organizada pela Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR).

Tradução baseada na versão oficial da CES, disponível Aqui.


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