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terça-feira, 24 de abril de 2018

Relatório da OIT - Melhorar a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores Jovens


28 DE Abril de 2018 Dia Mundial Da Segurança e Saúde no Trabalho


Divulgamos no nosso Blog SST a "introdução" deste relatório da OIT, agurdando a sua disponibilização oficial.


Introdução:

“ Segundo as últimas estimativas disponibilizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,78 milhões de trabalhadores e trabalhadoras morrem todos os anos devido a acidentes de trabalho e doenças relacionadas com o trabalho. Cerca de 2,4 milhões (86,3 por cento) destas mortes são causadas por doenças profissionais, enquanto mais de 380.000 (13,7 por cento) resultam de acidentes de trabalho. Há, todos os anos, quase mil vezes mais lesões causadas por doenças e acidentes não mortais do que por acidentes mortais. Estima-se que estas lesões não mortais afetem 374 milhões de trabalhadores anualmente, sendo que muitas delas têm consequências graves na capacidade dos/das trabalhadores/as para obtenção de rendimentos a longo prazo.

Os/as trabalhadores/as jovens apresentam uma taxa de acidentes profissionais significativamente superior à dos/as trabalhadores/as menos jovens. De acordo com dados europeus, a incidência de acidentes não mortais em contexto de trabalho é mais de 40 por cento superior entre os/as trabalhadores/as jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, do que entre os/as trabalhadores/as menos jovens (EU-OSHA, 2007). Nos Estados Unidos, a probabilidade de os ou as trabalhadoras jovens com idades entre os 15 e os 24 anos virem a sofrer um acidente de trabalho não mortal, é aproximadamente duas vezes superior ao dos/as trabalhadores/as com 25 anos de idade ou mais (CDC, 2010).

Paradoxalmente, tendo em conta o que foi referido anteriormente, as estatísticas indicam que a incidência de doenças profissionais é inferior entre os/as trabalhadores/as jovens quando comparada com os/as restantes trabalhadores/as. Esta circunstância não se deve ao facto de os/as trabalhadores/as jovens terem uma maior resistência às doenças profissionais. Os trabalhadores e as trabalhadoras jovens são, na realidade, mais vulneráveis a doenças profissionais porque estão ainda a desenvolver-se, tanto física como mentalmente, e isso, torna-os/as mais suscetíveis aos danos causados por produtos químicos perigosos e outros agentes. A menor incidência de doenças profissionais entre os/as trabalhadores/as jovens é, muito provavelmente, devido ao facto de as doenças profissionais ocorrerem geralmente apenas após exposição prolongada e/ou um período de latência. Por outro lado, é difícil obter dados fiáveis sobre as doenças profissionais, incluindo dados relativos a doenças profissionais causadas pela exposição a perigos no local de trabalho durante a juventude (EU-OSHA, 2007).

Além de causarem um sofrimento humano inestimável, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais constituem um custo económico significativo, ascendendo a uma perda anual estimada de 3,94 por cento do PIB mundial (ILO, 2017c). Para a sociedade, os custos dos acidentes graves sofridos pelos/as trabalhadores/as jovens e a longo prazo e as incapacidades que deles resultam, pode ser muito mais elevados de que os relacionados com os/as trabalhadores/as menos jovens que sofrem acidentes similares.
As consequências das lesões causadas por acidentes ou doenças profissionais, são mais graves quando ocorrem no início da vida profissional. Um/a trabalhador/a jovem com uma incapacidade permanente ou temporária de longo prazo, pode deixar de ser um membro ativo da sociedade e fazer pouco uso da educação e da formação que recebeu.”

Fonte: Relatório da OIT








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