O Trabalho é ganhar VIDA
Não causar morte
Quase
duzentas mil pessoas morrem todos os anos na União Europeia como resultado de
doenças e acidentes no local de trabalho.
A realidade é muito pior – existe
uma massiva subnotificação por parte dos empregadores e quando um trabalhador
morre exercendo a sua atividade profissional, tal situação é uma tragédia para
a sua família.
A Confederação Europeia de Sindicatos
apela à União Europeia - em particular aos candidatos ao Parlamento Europeu,
nas próximas eleições europeias, no mês de maio, assim como aos futuros
comissários europeus, para:
- Definir objetivo zero para o
cancro no local de trabalho.
Para atingir esse objetivo, definir
limites de exposição obrigatórios para pelo menos 50 substâncias causadoras de
cancro (24 substâncias foram acordadas pelo atual Parlamento e Comissão Europeia).
- Criar uma Diretiva sobre stresse
no trabalho em que obrigue os empregadores a adotar procedimentos de prevenção
do risco ao stresse e medidas para o combater no local de trabalho.
- Criar uma Diretiva sobre a
prevenção de lesões músculo-esqueléticas provocadas no local de trabalho
(prevenção das dores nas costas, joelhos e articulação dos dedos).
- Lançar um debate durante o período
de vigência do novo Parlamento e da Comissão sobre a prevenção das mortes nas
estradas relacionadas com o trabalho e o suicídio relacionado com o trabalho,
com vista a tomar novas medidas.
- " Trabalhar é ganhar a vida ",
disse Esther Lynch, Secretária Confederal da CES, " e não causar a morte”.
A UE deve trabalhar no sentido de
prevenir as mortes relacionadas com o trabalho e adotar uma meta oficial para o
cancro no local de trabalho.
“A legislação da UE é fundamental
para obrigar os empregadores a implementar a avaliação dos riscos, prevenir e
combater o stresse relacionado com o trabalho e para acabar com este flagelo
dos suicídios causados pelo stresse relacionado com o trabalho.”
“ A UE também deve tomar medidas com
o intuito de reduzir o sofrimento de milhões de trabalhadores que sofrem de
dores músculo-esqueléticas – dores nas costas, joelhos e outras dores nos
tendões, articulações. Músculos e nos ossos.”
Sobre as mortes nas estradas e
suicídios relacionados com o trabalho, a Secretária da Confederação Europeia de
Sindicatos, Esther Lynch acrescentou: “ Sabemos que uma grande proporção de
mortes na estrada está relacionada com o trabalho e com a economia digital, pois
há um aumento de pessoas a transportar mercadorias na estrada. Precisamos que
essas plataformas criem as condições necessárias de forma responsável e tomem
medidas para proteger os trabalhadores e prevenir as mortes nas estradas
relacionadas com o trabalho.
Sabemos também que esses
trabalhadores estão cada vez mais sujeitos à violência. No suicídio relacionado
com o trabalho, precisamos de estudos e estatísticas, bem como ações para
prevenir tal problema.
O Dia 28 de abril é o dia em que os
sindicalistas de todo o mundo "lembram
os mortos e lutam pelos vivos" e pressionam os governos e os empregadores
a tomar medidas para que, em conjunto, com os sindicatos consigamos evitar
acidentes de trabalho mortais e não mortais, lesões e doenças profissionais.
Entre o ano 2014 e 2019
(correspondente ao atual mandato do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia)
estima-se que cerca de 500.000 pessoas morreram com cancro relacionado com o
trabalho num total de 900.000 a 1 milhão de mortes relacionadas com o trabalho,
no mesmo período nos estados membros da UE.
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