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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Comunicado da CES – 28 de abril de 2019




O Trabalho é ganhar VIDA

Não causar morte

Quase duzentas mil pessoas morrem todos os anos na União Europeia como resultado de doenças e acidentes no local de trabalho.

A realidade é muito pior – existe uma massiva subnotificação por parte dos empregadores e quando um trabalhador morre exercendo a sua atividade profissional, tal situação é uma tragédia para a sua família.

A Confederação Europeia de Sindicatos apela à União Europeia - em particular aos candidatos ao Parlamento Europeu, nas próximas eleições europeias, no mês de maio, assim como aos futuros comissários europeus, para:

- Definir objetivo zero para o cancro no local de trabalho.

Para atingir esse objetivo, definir limites de exposição obrigatórios para pelo menos 50 substâncias causadoras de cancro (24 substâncias foram acordadas pelo atual Parlamento e Comissão Europeia).

- Criar uma Diretiva sobre stresse no trabalho em que obrigue os empregadores a adotar procedimentos de prevenção do risco ao stresse e medidas para o combater no local de trabalho.

- Criar uma Diretiva sobre a prevenção de lesões músculo-esqueléticas provocadas no local de trabalho (prevenção das dores nas costas, joelhos e articulação dos dedos).

- Lançar um debate durante o período de vigência do novo Parlamento e da Comissão sobre a prevenção das mortes nas estradas relacionadas com o trabalho e o suicídio relacionado com o trabalho, com vista a tomar novas medidas.


- " Trabalhar é ganhar a vida ", disse Esther Lynch, Secretária Confederal da CES, " e não causar a morte”.

A UE deve trabalhar no sentido de prevenir as mortes relacionadas com o trabalho e adotar uma meta oficial para o cancro no local de trabalho.

“A legislação da UE é fundamental para obrigar os empregadores a implementar a avaliação dos riscos, prevenir e combater o stresse relacionado com o trabalho e para acabar com este flagelo dos suicídios causados pelo stresse relacionado com o trabalho.”

“ A UE também deve tomar medidas com o intuito de reduzir o sofrimento de milhões de trabalhadores que sofrem de dores músculo-esqueléticas – dores nas costas, joelhos e outras dores nos tendões, articulações. Músculos e nos ossos.”
Sobre as mortes nas estradas e suicídios relacionados com o trabalho, a Secretária da Confederação Europeia de Sindicatos, Esther Lynch acrescentou: “ Sabemos que uma grande proporção de mortes na estrada está relacionada com o trabalho e com a economia digital, pois há um aumento de pessoas a transportar mercadorias na estrada. Precisamos que essas plataformas criem as condições necessárias de forma responsável e tomem medidas para proteger os trabalhadores e prevenir as mortes nas estradas relacionadas com o trabalho.

Sabemos também que esses trabalhadores estão cada vez mais sujeitos à violência. No suicídio relacionado com o trabalho, precisamos de estudos e estatísticas, bem como ações para prevenir tal problema.

O Dia 28 de abril é o dia em que os sindicalistas de todo o mundo "lembram os mortos e lutam pelos vivos" e pressionam os governos e os empregadores a tomar medidas para que, em conjunto, com os sindicatos consigamos evitar acidentes de trabalho mortais e não mortais, lesões e doenças profissionais.

Entre o ano 2014 e 2019 (correspondente ao atual mandato do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia) estima-se que cerca de 500.000 pessoas morreram com cancro relacionado com o trabalho num total de 900.000 a 1 milhão de mortes relacionadas com o trabalho, no mesmo período nos estados membros da UE.

Tradução baseada na versão oficial da CES disponível Aqui.




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