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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Relatório - Como responder aos problemas de saúde crónicos no local de trabalho?




A Eurofound publicou recentemente um Relatório - Como responder aos problemas de saúde crónicos no local de trabalho? – em que se debruça sobre uma evidência: o número de trabalhadores que vivem com condições de saúde crónica está a aumentar na UE. Tais condições afetam a capacidade dos trabalhadores no desenvolvimento das suas atividades profissionais. Enquanto alguns não conseguem continuar a trabalhar, muitos desejam e poderiam continuar a fazê-lo, se no seu local de trabalho fossem realizadas adaptações para acomodar as suas necessidades.

Analisa, pois, a problemática das doenças crónicas nos locais de trabalho da UE: a sua prevalência e o impacto destas na capacidade de trabalho, conferindo particular importância à análise das situações em que os locais de trabalho procedem a ajustes para os trabalhadores com doenças crónicas e o efeito disso na sua qualidade do trabalho.

Constata que a maioria dos trabalhadores portadores de uma doença crónica que limita a sua capacidade de trabalhar não beneficia de adaptações no seu local de trabalho.

Confere especial atenção à necessidade dos decisores políticos manterem a participação da força de trabalho como uma questão fundamental no contexto do envelhecimento demográfico e da queda da população em idade ativa.

 Segue a tradução da Introdução deste importante relatório:


" Os trabalhadores portadores de uma doença crónica têm perspetivas reduzidas de emprego e de rendimentos, em parte porque são mais propensos a abandonar o mercado de trabalho mais cedo ou porque devido à sua condição é mais difícil voltarem a ser integrados no mercado de trabalho após uma ausência prolongada.

De acordo com dados da Pesquisa sobre Saúde, Envelhecimento e Reforma na Europa, enquanto 74% dos indivíduos saudáveis entre os 50 e 59 anos encontram-se empregados, tais valores diminuem para 70% entre aqueles com uma doença crónica e desce para 52% no caso de trabalhadores portadores de duas doenças crónicas.

Não estar no trabalho priva as pessoas dos benefícios que o emprego pode trazer para o seu bem-estar, qualidade de vida, segurança financeira e inclusão social. Também reduz a mão-de-obra disponível para os empregadores e conduz a uma maior dependência do sistema de benefícios e de pensões sociais.

Enquanto algumas pessoas com condições crónicas não conseguem continuar a trabalhar, muitas desejavam e seriam capaz de continuar a fazê-lo, se lhes fosse permitido o apoio apropriado e a adaptação do seu posto de trabalho às suas necessidades.

O impacto das doenças crónicas na força de trabalho é uma preocupação crescente para os decisores políticos.

A crescente parcela de trabalhadores mais velhos traz ao cimo a questão da sustentabilidade do emprego. E, embora as doenças crónicas sejam mais comuns entre os trabalhadores idosos, acontece que uma parcela crescente de trabalhadores mais jovens relata doenças de longa data. Isto também apresenta uma preocupação política, principalmente por causa da exclusão precoce do mercado de trabalho de indivíduos em estados iniciais de carreira.

Utiliza dados reunidos pela Eurofound e pelo Eurostat para estabelecer:

£ A prevalência da doença crónica na força de trabalho da UE;

£ Até que ponto os trabalhadores com doenças crónicas têm limitações no seu quotidiano, incluindo a capacidade de trabalhar;

£ Até que ponto os locais de trabalho são adaptados às necessidades desses trabalhadores;

£ Se essas adaptações tornaram o seu trabalho mais sustentável.

O resumo da política destaca também as diferenças entre os Estados-Membros, bem como as diferenças de acordo com fatores sociodemográficos, como o sexo, a idade, e outros relacionados com o trabalho, como o setor e a atividade dos trabalhadores.

Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT

Aceda ao Relatório Aqui


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