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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Quatro em cada dez seropositivos dizem-se alvo de exclusão ou discriminação. Associações querem tornar lei mais eficaz.


São uma minoria os seropositivos que partilham o resultado do teste ao VIH no trabalho, mas é neste contexto que quem o faz mais sente a discriminação.
 


Esta é uma das conclusões do primeiro inquérito nacional sobre discriminação associada ao vírus da sida, que contou com a participação de 1102 seropositivos no início deste ano em entrevistas feitas em hospitais e associações.

Quatro em cada dez revelaram ter vivido nos últimos 12 meses pelo menos uma situação de exclusão ou discriminação relacionada com o VIH, num total de 912 situações. A maioria acontece em contexto laboral, num total de 350 casos. Há mesmo 31 pessoas que dizem ter sido despedidas nos últimos 12 por serem seropositivas, 56 a quem foi recusada uma oportunidade de trabalho e 197 a quem foram alteradas funções.

Os resultados do Estudo Índice de Estigma relacionado com o VIH em Portugal, uma iniciativa do Centro Antidiscriminação VIH/Sida (CAD), das associações Ser+ e GAT, foram apresentados recentemente no Parlamento. Pedro Silvério Marques e Luís Mendão, responsáveis pelas associações, são unânimes: a Lei de 2006 que pune a discriminação por razões de deficiência ou risco agravado de saúde, como é o caso do VIH, não está a ser eficaz e cumprida.

Por um lado, existe a perceção de que há falta de conhecimento dos mecanismos para fazer queixa. Por outro, explicam os dois responsáveis, os dados do Instituto Nacional de Reabilitação, responsável pelo acompanhamento da aplicação das coimas e relatórios anuais sobre infrações, não permitem perceber o desfecho e a natureza dos casos, de forma que possam ser adotadas medidas preventivas.

Consulte a notícia completa Aqui.

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