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segunda-feira, 29 de março de 2021

Desigualdades no Trabalho e variáveis de saúde - Publicação da ETUI

 

Tradução da secção n.º 4 da publicação da ETUI - "Work, health and Covid19: a literature review"

imagem com DR

Foi divulgado neste Blog esta publicação recente da ETUI, em que uma das principais secções de análise respeita às Desigualdades no Trabalho e variáveis de saúde. Pela importância desta abordagem, o Departamento de SST assumiu o compromisso de proceder à sua tradução., a qual iremos disseminar faseadamente.

Segue a parte I:

O impacto do Covid-19 não foi uniforme. As condições e as circunstâncias do trabalho e do emprego – e as lacunas potenciais relacionadas com as medidas de Saúde e Segurança no Trabalho – têm impacto na disseminação do Covid-19.

 

Há dois aspetos a ter em conta:

 

(1) Determinadas profissões correm maior risco, por necessidade de estarem operacionais no pico da pandemia;

(2) Algumas profissões são de alto risco devido ao ambiente de trabalho e às condições de emprego e socioeconómicas conexas. Os dois fatores muitas vezes sobrepõem-se.

 

Em certa medida, estes fatores profissionais também determinam os níveis de exposição, infeção e consequências conexas, que são ainda mais exacerbados devido à classe, raça, estatuto de migração e posição socioeconómica (Yancy 2020; McClure et al. 2020; Patel 2020).

 

É o caso, em particular, dos "trabalhadores-chave" empregados em postos de trabalho com contextos físicos de alto risco e níveis de proteção social muito baixos. Esta secção analisa os três fatores distintos, mas interseccionais, que emergem da nossa análise:

- Condições de trabalho;

- Condições de emprego e trabalhadores;

- Caraterísticas sociodemográficas dos trabalhadores.

 

Começamos por olhar para as condições de trabalho físicas, uma vez que estas desempenham um papel significativo na exposição relacionada com o trabalho: A interação face-to-face com outras pessoas, os espaços fechados, a falta de ventilação e/ou saneamento no trabalho são alguns desses fatores.


A segunda subsecção avalia a forma como os trabalhadores dos setores mais expostos a estes contextos são também mais propensos a enfrentar outras vulnerabilidades, como as condições de emprego precárias e outros determinantes socioeconómicos. As desigualdades estruturais em direitos laborais também criam um ambiente, onde a propagação da infeção é difícil de controlar.

 

As caraterísticas sociodemográficas dos trabalhadores estão sob os holofotes na terceira subsecção, na qual estudamos a forma como um baixo estatuto socioeconómico, o género, o fluxo migratório e a etnia se cruzam com o trabalho e o emprego para se tornar determinantes da saúde e do bem-estar dos trabalhadores.

 

O estatuto profissional e as vulnerabilidades estruturais com que estes trabalhadores se deparam obrigam a escolher entre a saúde e o trabalho e a sobrevivência.


Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT


Aceda à versão original da publicação Aqui.



 

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