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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Living, working and COVID-19 (Update April 2021): Saúde mental e confiança diminuem em toda a UE, à medida que a pandemia entra em mais um ano

 

Resumo

A terceira ronda do inquérito eletrónico da Eurofound, realizada em fevereiro e março de 2021, esclarece a situação social e económica das pessoas em toda a Europa, após quase um ano inteiro de restrições impostas pelo COVID-19.

 

Este relatório analisa as principais conclusões e acompanha a evolução e as tendências, em curso nos 27 Estados-Membros da EU, desde que o inquérito foi lançado pela primeira vez em abril de 2020.

 

Aponta questões que surgiram ao longo da pandemia, como o aumento da precariedade laboral devido à ameaça de perda de emprego, ao aumento dos níveis de bem-estar mental, à queda dos níveis de confiança face às instituições, à deterioração do equilíbrio entre a vida profissional e ao crescimento do receio e hesitação relativamente às vacinas. Os resultados do inquérito salientam a necessidade de uma abordagem holística para apoiar todos os grupos atingidos pela crise, a fim de evitar que fiquem mais para trás.

 

Principais conclusões

 

O bem-estar mental atingiu o seu nível mais baixo em todas as faixas etárias, desde o início da pandemia, há mais de um ano. Isso é especialmente proeminente entre os jovens e os trabalhadores que perderam o emprego.

 

As desigualdades existentes estão a aumentar devido ao impacto desproporcional da pandemia sobre os grupos vulneráveis. As conclusões mostram que as dificuldades em fazer face às despesas, aumentaram significativamente entre aqueles que já se encontram numa situação precária.

 

A satisfação dos cidadãos com as medidas de apoio à crise diminuiu drasticamente, com apenas 12% que sentem que as medidas de apoio são justas, contra 22% de respostas registadas no verão de 2020.

 

Aqueles que sentiram que obter apoio foi fácil e eficiente também caíram de 16% no verão de 2020 para 10% na primavera de 2021. Cerca de um em cada dez entrevistados teve um pedido de apoio financeiro rejeitado.

 

A confiança nas instituições diminuiu, especialmente a confiança nos governos nacionais, que caíram de 4,6% no verão de 2020 para 3,9% na primavera de 2021. A confiança nos governos nacionais em todos os Estados-Membros diminuiu abaixo dos níveis registados no início da pandemia. A confiança na UE também caiu, mas permanece acima da confiança nos governos nacionais.

 

Mais de um terço das pessoas que vivem na Europa indicam uma hesitação em relação à vacina COVID-19, com os homens a revelarem-se mais hesitantes (29%) do que as mulheres (25%).

 

A hesitação relativamente às vacinas também está fortemente associada a baixos níveis de confiança e uso de medias sociais, com países que registam baixos níveis de confiança no governo registando níveis mais altos de hesitação vacinal.

 

Os resultados da pesquisa destacam a necessidade de uma abordagem holística para apoiar todos os grupos duramente atingidos pela crise, a fim de evitar que fiquem ainda mais para trás.

  

Introdução

 

Para analisar os efeitos económicos e sociais da pandemia coronavírus, a Eurofound lançou um inquérito online, em larga escala, em toda a União Europeia (UE) que decorreu em abril de 2020.

 

Intitulado “Living, working and COVID-19”, o objetivo deste inquérito era investigar o impacto  no  bem-estar, saúde  e segurança, trabalho  e  teletrabalho, equilíbrio de vida e situação  financeira.

 

 Até à data, foram realizadas três rondas de inquérito. Lançado em abril de  2020,  quando  grande parte  da  sociedade  europeia  foi  encerrada após  o  início  da  crise,  o  inquérito propôs-se  aferir  os efeitos sociais  e económicos  imediatos.  

 

Uma segunda ronda ocorreu  três  meses  depois, em julho de  2020, quando a sociedade em toda a Europa  voltou  a  reabrir  após  o  primeiro confinamento.

A terceira  e  última  ronda  ocorreu  em  fevereiro  e  março de 2021,  durante  o  ressurgimento  de  casos COVID-19,  levando  a confinamentos adicionais  ou  prolongados  em  muitos  Estados-Membros.

 

Esta  publicação apresenta  uma  seleção das  principais  conclusões  da    última  ronda  do inquérito  eletrónico e  apresenta  uma  imagem  de  como  a  situação  social e económica dos europeus  evoluiu durante  um  ano  de encerramentos  e  de restrições.

 

Embora o rápido desenvolvimento  e o lançamento  de  vacinas em toda a Europa    razão  para  esperar  que  o  fim  da  pandemia  seja  agora uma possibilidade real, os atrasos na sua  entrega, bem  como os  imprevistos  riscos  para  a  saúde    abrandaram   o processo de vacinação,  impedindo   ainda mais  a  reabertura  total  da  sociedade.

 

 O inquérito é aplicado a qualquer pessoa com idade igual ou  superior  a  18 anos com  acesso  à    internet  e,  até à data,  foram    recolhidas quase  190.000 respostas. Como tal, o inquérito fornece informações úteis   sobre o impacto da pandemia COVID-19 na vida das pessoas,   permitindo comparações  entre  países,  diferentes  grupos  de  inquiridos  e,  importante,  entre  as  três  rondas.

 

A terceira ronda inclui novas questões sobre a própria experiência das pessoas na doença, atitudes sobre as vacinas e os programas de  vacinação, a confiança nas  empresas científicas  e  farmacêuticas e o  uso  e a confiança nas redes sociais.

 

 Nota: tradução da responsabilidade do Departamento de SST


Aceda à publicação na integra Aqui.



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