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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Módulo ad hoc “Acidentes de Trabalho e Problemas de Saúde Relacionados com o Trabalho”

 

Os resultados que a seguir se apresentam foram obtidos através do módulo ad hoc “Acidentes de Trabalho e Problemas de Saúde Relacionados com o Trabalho” do Inquérito ao Emprego no 2.º trimestre de 2020. É a terceira edição deste módulo ad hoc, já realizado em 2007 e 2013.


O módulo ad hoc “Acidentes de Trabalho e Problemas de Saúde Relacionados com o Trabalho” incluiu três temas:


(1)         Acidentes de trabalho ocorridos nos doze meses anteriores à entrevista;

(2)         Problemas de saúde relacionados com o trabalho sofridos nos doze meses anteriores à entrevista;

(3)         Fatores no trabalho que podem afetar o bem-estar mental ou a saúde física.

 

Aceda a esta publicação do INE Aqui.


 

Principais resultados – Acidentes de Trabalho:

 

- De acordo com os resultados do módulo, 165,1 milhares de pessoas, dos 15 aos 74 anos, tinham tido pelo menos um acidente de trabalho nos doze meses anteriores à entrevista, representando 3,2% da população empregada, menos 54,3 milhares de pessoas e 0,8% que em 2013.

 

- Em 2020, a ocorrência de pelo menos um acidente de trabalho continua a ser referida por mais homens (3,7%) que mulheres (2,6%), no entanto a diferença entre sexos reduziu-se em relação a 2013.

 

- Os acidentes de trabalho ocorreram principalmente em pessoas dos 35 aos 44 anos (3,5%), menos 0,6 % que em 2013 (4,0%). Foi na faixa etária dos 45 aos 54 anos que a percentagem de acidentes de trabalho mais diminuiu (de 4,6% em 2013 para 3,2% em 2020).

 

- No 2.º trimestre de 2020, ao contrário de 2013, os trabalhadores da construção não foram os que mais referiram a ocorrência de acidentes de trabalho nos doze meses anteriores à entrevista, registando-se uma diminuição do risco de acidentes nesta atividade, de 5,8% em 2013 para 4,0%.

 

- Em 2020, o risco de acidente afetava principalmente os trabalhadores da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e os das indústrias extrativas, transformadoras e produção e distribuição de eletricidade, gás e água, com 4,3% em ambos os casos.

 

- O risco de acidente de trabalho, no 2.º trimestre de 2020, atingiu principalmente os operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem, tendo sido 5,3%, e os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices, 4,7%.

 

Principais resultados – Problemas de saúde relacionados com o trabalho:

 

- Perto de meio milhão de pessoas dos 15 aos 74 anos (482,5 milhares) referiram ter tido algum problema de saúde causado ou agravado pelo trabalho, representando 6,9% da população empregada, menos 56,7 milhares de pessoas que em 2013.

 

- Os problemas de saúde continuam a afetar principalmente, e de forma crescente, as mulheres: 7,8%, em comparação com 5,9% no caso dos homens, e agravamento da diferença entre sexos, de 1,5 % em 2013 para 1,9 % em 2020.

 

- A existência de problemas é mais frequente a partir dos 55 anos de idade: 10,7% das pessoas dos 55 aos 64 anos e 9,4% das que tinham 65 ou mais anos.

 

- No conjunto dos problemas relacionados com o trabalho, os problemas ósseos, articulares ou musculares no seu conjunto (os que afetam principalmente as costas, o pescoço, os ombros, os braços, as mãos, as ancas, as pernas e os pés) foram identificados em 2020, como sendo os mais graves por 59,9% da população com pelo menos um problema, mais 6,0 % que em 2013.

 

- Neste conjunto salientam-se os problemas ósseos, articulares ou musculares que afetam principalmente as costas, referidos como o problema mais grave em 2020 por 25,4% da população em análise, mais frequentemente pelos homens (31,2%) que pelas mulheres (21,4%).

 

- Os problemas musculosqueléticos do pescoço, ombros, braços e mãos afetavam 19,5% da população, mais frequentes no caso das mulheres (23,7%) que no dos homens (13,3%).

 

- A maior frequência dos problemas de saúde relacionados com o trabalho foi reportada pelo grupo profissional agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta (10,1%).

 

Principais resultados - Fatores no trabalho que podem afetar o bem-estar mental ou a saúde física

 

- Do total de pessoas empregadas na semana de referência, 82,2% indicaram que estavam expostas a fatores que podiam afetar a saúde física no seu local de trabalho, mais 6,6 % que em 2013.

 

- Estes fatores continuam a afetar mais frequentemente os homens (83,5%) que as mulheres (80,8%) e de forma bastante semelhante os grupos etários até aos 55 anos.

 

- 54,0% das pessoas empregadas indicaram que estavam expostas a um fator de risco para a saúde mental no seu local de trabalho, mais 17,2 % que em 2013.

 

- Estes fatores afetavam em 2020 ligeiramente mais mulheres (54,8%) que homens (53,3%) e mais frequentemente os grupos etários dos 35 aos 54 anos.

 

- Os fatores que foram identificados com maior frequência foram a forte pressão de prazos ou sobrecarga de trabalhos (43,1%) e o contacto com pessoas problemáticas, mas não violentas (clientes, pacientes, alunos, cidadãos, etc.) (37,1%).

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