Segurança e Saúde
no sector da hotelaria, restauração e
catering
O sector HORECA - hotelaria,
restauração e catering - é um dos sectores responsáveis por criar mais postos
de trabalho na Europa, empregando cerca de 8 milhões de pessoas. Estes dados
reforçam a importância de uma boa gestão da segurança e saúde no trabalho e da
prevenção dos riscos no que respeita a acidentes de trabalho e doenças
profissionais no sector.
Os maiores riscos para
quem trabalha neste sector são os seguintes:
Ø Trabalho fisicamente exigente,
que obriga a passar muitas horas de pé e em posturas estáticas, a movimentação
manual de cargas, elevações e movimentos repetitivos, muitas vezes em
combinação com outras condições de trabalho desfavoráveis, como as que resultam
da deficiente conceção do local de trabalho;
Ø Exposição a elevados
níveis de ruído; cerca de 29% dos trabalhadores do sector estão expostos a
ruído e mais de 4% consideram que tal facto coloca a sua saúde em risco;
Ø Trabalho em ambientes
quentes ou frios, especialmente a combinação de temperaturas elevadas com
correntes de ar, portas abertas, alternância entre ambientes quentes e húmidos
e ambientes frios, como despensas;
Ø Cortes e queimaduras;
Ø Escorregadelas, tropeções
e quedas devidos a pavimentos húmidos e escorregadios e a obstáculos, incluindo
quedas em altura;
Ø Substâncias perigosas,
por exemplo, o uso generalizado de produtos de limpeza e de agentes biológicos
nos alimentos.
Os principais fatores de risco psicossociais são os seguintes:
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Horários de trabalhos prolongados e não convencionais; o sector
caracteriza-se por turnos longos, horários de trabalho irregulares e pouco
habituais; uma parte substancial do trabalho é efetuada quando a maior parte
das pessoas não se encontra a trabalhar;
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Difícil conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal,
nomeadamente tendo em conta a imprevisibilidade dos horários de trabalho, a
duração dos dias de trabalho e a falta de controlo sobre o trabalho;
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Elevada carga de trabalho e pressão para que este seja
desenvolvido com celeridade; cerca de 75% dos trabalhadores referem que
trabalham a ritmo elevado, 66% têm de trabalhar com prazos muito curtos e cerca
de 48% afirmam não terem tempo suficiente para fazer todo o trabalho;
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Pouco controlo sobre o trabalho: as tarefas monótonas, sem
criatividade e que exigem pouca iniciativa são muito comuns;
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Contato com colegas e com o chefe: a falta de apoio pode agravar o
stresse provocado pelo trabalho; cerca de 70% dos trabalhadores são capazes de
pedir ajuda aos colegas, mas apenas 53% conseguem pedir ajuda aos supervisores;
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O contacto contínuo com clientes pode ser uma fonte de stresse ou,
nos piores casos, conduzir ao assédio ou mesmo à violência;
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Falta de formação e de educação; certas tarefas não exigem
qualquer educação formal, a par de um baixo nível de formação e de experiência;
as pessoas nem sempre possuem a formação adequada às tarefas que executam, o
que pode gerar mais stresse.
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