Desde a sua introdução em 1974, o conceito de burnout gerou muita pesquisa científica. A Organização Mundial de Saúde só recentemente o reconheceu como um fenómeno ocupacional, definido como uma "resposta prolongada a agentes stressores emocionais e interpessoais crónicos no trabalho “.
Este
artigo fornece uma revisão da literatura sobre burnout e possíveis
intervenções. A literatura sugere que os instrumentos de medida atuais não são
apropriados para fins diagnósticos, e seus efeitos se sobrepõem
substancialmente a outros transtornos, como a fadiga, a ansiedade e a depressão.
Um
diagnóstico válido de burnout requer uma combinação de dados de questionário e
entrevista, incluindo informações sobre suas causas. A revisão descobriu que os
principais gatilhos do burnout são a exposição crónica a elevadas exigências de
trabalho e baixos recursos de trabalho.
Enquanto
as caraterísticas individuais (como o neuroticismo) tornam algumas pessoas mais
propensas ao burnout, não há uma imagem clara de quais caraterísticas de
personalidade implicam um risco maior.
No
entanto, o burnout tem efeitos prejudiciais, tanto para os indivíduos como para
as organizações. As intervenções para combater o burnout normalmente concentram-se na definição
de estratégias de alívio do stresse e na definição de estratégias para lidar
com o alto nível de exigências de trabalho, mas os seus efeitos diminuem com o
tempo.
A pesquisa também mostra que as organizações
se concentram principalmente nas consequências do esgotamento, enquanto deve
ser dada mais atenção às causas subjacentes inerentes ao trabalho.
Evidências
de intervenções organizacionais mostram que as organizações podem melhorar as
condições de trabalho dos seus trabalhadores para reduzir o risco de
esgotamento.
As
intervenções combinadas são promissoras: permitem que a organização desenvolva
um ambiente de trabalho saudável, enquanto os trabalhadores podem lidar
adequadamente com o stress (esporádico).
Os
parceiros sociais devem instar os governos e os decisores políticos a apoiarem
a investigação sobre o esgotamento profissional, a fim de ser desenvolvido um
diagnóstico e um tratamento adequados dos trabalhadores com burnout, juntamente
com medidas preventivas para reduzir os riscos psicossociais no ambiente de
trabalho.
Tradução da responsabilidade do Departamento SST
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