Acidentes de trabalho mortais no setor da Construção Civil em
2012
Em 2012 morreram, pelo menos, 30
trabalhadores no setor da construção civil.
Dizemos, pelo menos, na medida em que este
número apenas se refere às notícias divulgadas na comunicação social.
Um dado, certamente, muito abaixo do real
número de trabalhadores que perderam a vida no trabalho, no ano passado.
Foram, pois, 30 pessoas que morreram no exercício
da sua atividade profissional. Uma atividade considerada de risco e, que
tradicionalmente apresenta taxas de sinistralidade laboral mortal muito
elevadas.
Se observarmos as notícias divulgadas,
facilmente percebemos que um número substancial destas ocorrências decorreu por
incumprimento das normas de segurança.
Recordamos o trágico acidente de trabalho
que vitimou cinco trabalhadores em Setúbal, a 7 de
Fevereiro, na sequência da derrocada de uma parede no Mercado do Livramento.
Este foi, até ao momento, o sinistro com
maior número de vítimas mortais ocorrido em 2012 em ambiente laboral, num ano
em que até seria expectável uma descida do número de acidentes de trabalho,
fruto do aumento do desemprego e da desaceleração da atividade económica.
Preocupa-nos bastante o desinvestimento
que, lamentavelmente se assiste relativamente à segurança e saúde no trabalho,
em nome da crise económica.
A crise económica não pode levar a um
desinvestimento da prevenção da sinistralidade laboral. A utilização da crise
económica, pelas empresas, como desculpa para um desinvestimento nas condições
de trabalho não pode, de modo algum, acontecer.
Desde logo, porque os gastos na prevenção
não são um custo mas sim um investimento que traz um retorno de, em média, 2,2
euros por cada euro investido.
Depois
porque a Vida Humana não tem preço!
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