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sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Comunicado de Imprensa da OMS - Mundo falha no " dever de cuidar" para proteger a saúde mental e o bem-estar dos profissionais de saúde

 

 

Relatório sobre o impacto do COVID-19


Um novo relatório da Fundação World Innovation Summit for Health (WISH), em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS) conclui que pelo menos um quarto dos profissionais de saúde e apoio inquiridos reportaram sintomas de ansiedade, depressão e burnout. 

 

O nosso dever: Um apelo global à ação para proteger a saúde mental dos trabalhadores da saúde e dos cuidados de saúde examina o impacto da pandemia COVID-19 sobre a saúde mental destes trabalhadores e avança com 10 ações políticas para o acompanhamento imediato por parte de empregadores, organizações e decisores políticos.

 

O relatório evidenciou que 23% a 46% dos profissionais de saúde relataram sintomas de ansiedade durante a pandemia COVID-19 e 20% a 37% experimentaram sintomas depressivos.

 

O burnout entre os profissionais de saúde durante a pandemia variou de 41% a 52% nas estimativas em conjunto. Verificou-se que as mulheres, os jovens e os pais de crianças dependentes estão em maior risco de sofrerem angústia psicológica – um resultado significativo tendo em conta que as mulheres representam 67% da força de trabalho global neste setor e estão sujeitas a desigualdades, como a desigualdade salarial.

 

"No terceiro ano da pandemia COVID-19, este relatório confirma que os níveis de ansiedade, stress e depressão entre os profissionais de saúde e cuidados de saúde se tornaram uma 'pandemia dentro de uma pandemia'", afirmou Jim Campbell, Diretor da OMS.

 

Este relatório surge na sequência de decisões históricas na Assembleia Mundial de Saúde e na Conferência Internacional do Trabalho, em 2022, que reafirmaram as obrigações dos governos e empregadores para protegerem a força de trabalho, garantirem os seus direitos e proporcionarem-lhes um trabalho digno num ambiente de prática seguro e favorável que defenda a sua saúde mental e bem-estar. Proteger e salvaguardar esta mão-de-obra é também um investimento na continuidade dos serviços essenciais de saúde pública para fazer progressos no sentido de uma cobertura universal de saúde e de segurança sanitária global.

 

"O aumento da pressão sentida durante a pandemia COVID-19 teve claramente um impacto prejudicial na saúde e bem-estar dos trabalhadores da saúde e dos cuidados", disse Sultana Afdhal, Diretora Executiva da WISH. "A pressão não é nova, mas o COVID-19 evidenciou a necessidade de melhores cuidados para aqueles que cuidam de nós. Este novo relatório estabelece ações políticas que promovem o fortalecimento dos sistemas de saúde e apela à colaboração global entre governos e empregadores de cuidados de saúde para investir na salvaguarda do ativo mais valioso que os nossos sistemas de saúde possuem, que são as pessoas que trabalham dentro deles."

 

O relatório destaca 10 ações políticas para serem aplicadas imediatamente, tais como, o investimento em ambientes de trabalho e cultura que impeçam o burnout, promovam o bem-estar do pessoal e apoiem cuidados de qualidade. Isto inclui as obrigações e funções dos governos e empregadores para a segurança e a saúde no trabalho.

 

A OMS publicou recentemente recomendações para as intervenções e abordagens eficazes de apoio à saúde mental no trabalho, incluindo as especificamente para a mão-de-obra deste setor, que exigem mudanças a nível organizacional que abordam as condições de trabalho e garantem como prioridade os cuidados e apoio à saúde mental confidenciais. Relevante para este quadro, o Pacto Global dos Trabalhadores da Saúde e dos Cuidados da OMS fornece orientações técnicas sobre como proteger os trabalhadores da saúde e dos cuidados e salvaguardar os seus direitos; salienta que o dever de cuidado é uma responsabilidade partilhada em todos os países.

 

Tradução da responsabilidade do Departamento de SST

 

Aceda à versão original Aqui.

 

 

 

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