Diretrizes para a Vigilância do Cancro Relacionado ao Trabalho
Estudo
Um
Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva (INCA) revela que, pelo menos, 19 tipos de tumores malignos, entre os
quais, o cancro do pulmão, da pele, do fígado, da laringe e do sangue podem
estar relacionados com a atividade profissional e com o ambiente de trabalho do
doente.
Estes
dados constam da publicação “Diretrizes para
a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho”, lançada por este
Instituto, recentemente.
O
levantamento, que reuniu as últimas pesquisas mundiais sobre o cancro
relacionado com o trabalho, revela desde as substâncias mais comuns associadas ao
desenvolvimento de tumores malignos, como o amianto (ou asbesto) –classificadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como cancerígenas – até produtos
aparentemente inofensivos, como poeiras da madeira e do couro, além de medicamentos,
como os antineoplásicos, por exemplo.
Trabalhadores
de profissões como as de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo,
farmacêuticos, químicos e enfermeiros são mais propensos ao desenvolvimento
desses tumores.
Sublinha
a necessidade imperativa dos profissionais dae saúde questionarem os doentes
diagnosticados com cancro qual foi a atividade profissional desenvolvida,
partindo da elação que é diminuta a frequência com que o
médico questiona o doente sobre a sua ocupação profissional. Só desta forma
será possível identificar e registrar os casos de cancro relacionados com o
trabalho.
Esta
publicação fornece, pois, conteúdo didático sobre os principais agentes
cancerígenos, sobre os tumores malignos por eles provocados e sobre a sua associação com
algumas ocupações específicas.
Um
aspeto a ressaltar, prende-se com a Prevenção - De acordo com as diretrizes do
INCA a principal estratégia para reduzir o número de tumores malignos
relacionados com exposições ocupacionais, consiste na eliminação ou redução da
exposição aos agentes causadores. Desse modo, o primeiro passo para prevenir o
cancro deverá ser a identificação de agentes conhecidos por causarem o aumento do
risco para a doença.
Os
principais grupos de agentes cancerígenos relacionados ao trabalho incluem os
metais pesados, agrotóxicos, solventes orgânicos, formaldeído e poeiras
(amianto e sílica).
A
prioridade da prevenção é a remoção da substância cancerígena das
atividades exercidas pelos trabalhadores. Enquanto isso não acontece, as
recomendações alternativas são: evitar a exposição e gradualmente eliminar o
uso desses agentes, restringir o contato com cancerígenos a determinadas
atividades, com a adoção de níveis mínimos de exposição, associado ao
monitorização do ambiente de trabalho, além da redução diária de exposição.
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