Estudo: Acidentes de trabalho
e suas repercussões num hospital ao Norte de Portugal
Com
o objetivo de descrever os acidentes de trabalho num hospital ao Norte de
Portugal e analisar as suas principais repercussões, foi realizado este estudo no
período de 2008 a 2010.
A
informação foi obtida recorrendo-se ao registro de notificação dos acidentes de
trabalho, referentes a 387 trabalhadores/as.
A
maior prevalência de acidentes recaiu nos técnicos superiores de saúde (56,1%),
em trabalhadores do gênero feminino (81,9%), no grupo etário entre 30 e 39 anos
(37,2%), com escolaridade superior ao 12º ano (55,8%), trabalhando por turnos
(72,4%) e nos serviços de internamento (35,9%).
Alguns
resultados do Estudo:
Ø
Foram
notificados o total de 387 acidentes de trabalho, o que corresponde a taxa de
incidência média, nos três anos, de 5,9%;
Ø
A
distribuição, ao longo dos três anos, em valor absoluto e em taxa de
incidência, foi a seguinte: 122 (5,8%) no ano 2008, 135 (6,1%) ano 2009 e 130
(5,6%) em 2010;
Ø
Verificou-se
que houve aumento de 3% (7,3% em 2008 e 10,7% em 2010);
Ø
Em
relação ao número de dias perdidos, verificou-se diminuição de 313 dias (1.428
em 2008 e 1.115 em 2010);
Ø
No
que respeita às características do acidentado, 87,5% pertencia ao quadro
efetivo da instituição;
Ø
A
categoria profissional dos enfermeiros foi responsável por 48,3% dos acidentes,
seguida dos auxiliares de ação médica (AAM) com 39%;
Ø
A
prática de horário por turnos respondeu por 72,4% dos acidentes, sendo o turno
da manhã aquele onde se verificou prevalência maior (51,9%);
Ø
Caraterizaram-se
como acidentes in itinere 8,8%, sendo os restantes 91,2% acidentes
típicos;
Ø
O
internamento foi o local onde ocorreram mais acidentes (35,9%), apresentando o
serviço de medicina maior notificação (15,5%), seguido do serviço de urgência
(11,4%), da zona entre serviços/corredor (10,3%) e do bloco operatório (8,8%);
Ø
Em
média, os acidentes ocorreram às 12h30, verificando-se que 45,5% dos acidentes
ocorreram nas primeiras três horas de trabalho;
Ø
No
primeiro dia de trabalho, após descanso semanal, observaram-se 36,7% das
notificações;
Ø
Receberam
os primeiros socorros no serviço de urgência 82% dos acidentados;
Ø
A
principal ação que conduziu à lesão foi a picada de agulha/corte por objeto
(45,7%), seguida da queda do trabalhador/objetos (28,7%) e dos esforços
excessivos/movimentos inadequados (18,9%);
Ø
Essa
tendência inverte-se quando se analisam os acidentes com ausência ao trabalho,
aparece em primeiro lugar, como principal ação da lesão, a queda do
trabalhador/objetos (12,1%), seguida dos esforços excessivos/movimentos
inadequados (8,8%);
Ø
As
ferramentas/utensílios foram responsáveis por 33,5% dos acidentes, o pavimento
por 17% e a mobilização de doentes por 13,4%;
Ø
-
Esses dados também diferem entre os acidentes com ausência ao trabalho, sendo
nesses o pavimento o principal responsável (7,5%), seguindo-se a mobilização de
doentes (5,2%);
Ø
O
tipo de lesão mais prevalente foram as feridas (32,6%), sendo a parte do corpo
mais atingida os membros superiores (MS) com 43,2%;
Ø
Do
total de acidentes, 106 (27,4%) resultaram em incapacidade absoluta, verificando-se
média de 10,2 dias de trabalho perdidos por acidente;
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