Já
foram divulgados os dados sobre sinistralidade laboral, relativos a 2013.
Seguem algumas conclusões gerais:
Note-se
que este ano, pela primeira, vez foram contabilizados todos os acidentes de
trabalhos, tanto provenientes via sistema segurador como via entidades
empregadoras públicas quando o acidente de trabalho é reparado pela própria
entidade.
- Apesar
do setor “C - indústrias transformadoras” ser a atividade económica com maior
sinistralidade global, o setor “E - captação, tratamento e distribuição de
água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição” regista a maior taxa de
incidência, quase 3 vezes maior que a taxa de incidência global (11.585,2
acidentes por cada 100.000 trabalhadores) e um aumento de 2 843,4 acidentes por
100 000 trabalhadores, face ao ano anterior;
- Na
distribuição dos acidentes de trabalho por sexo observa-se que 69,0% dos
acidentes ocorreram com homens;
- A
concentração maior de trabalhadores sinistrados do sexo masculino destaca-se no
setor “B indústrias extrativas” com 99,4%;
- Pelo
contrário, onde a maioria dos sinistrados é do sexo feminino é no setor das “T-
atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de
produção das famílias para uso próprio” com 90,8%, reflexo também da
distribuição do emprego por sexo nesta atividade;
- A
maior parte dos acidentes de trabalho mortais deram-se em micro empresas ou
trabalhadores independentes, 39,2%, e, pequenas empresas, 32,3%. Já nas grandes
empresas, com 250 e mais pessoas ao serviço, registarem-se 11,4% dos acidentes;
- Comparativamente
com a percentagem registada para o total dos acidentes, o grupo dos
“agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pesca” é o que se
destaca em termos da sinistralidade mais grave, pois a percentagem para os
acidentes mortais foi 4 vezes maior que para o total dos acidentes;
- O
distrito com maior sinistralidade foi o do Porto seguido do distrito de Lisboa,
totalizando ambos 39,7% do total de acidentes;
- No
que respeita aos acidentes mortais, em Portugal continental, foi no distrito de
Lisboa que morreram mais trabalhadores (14), seguido de Setúbal e Aveiro com o
mesmo número de mortes (12).
- Onde
existiu um grande crescimento da sinistralidade foi no Estrangeiro, tendo-se
registado 4.241 acidentes de trabalho em 2013, contra 3.508 em 2012. Estes
acidentes ocorrem com indivíduos vinculados a entidades empregadoras
portuguesas com seguro de acidente de trabalho em Portugal.
Fonte:
Acidentes de Trabalho (2013) – Síntese do GEP.
Pode
consultar os dados na íntegra Aqui.
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