O ESENER 2019 incluiu uma nova
secção sobre o impacto da digitalização na Segurança e na Saúde dos
trabalhadores e trabalhadoras. Tal como previsto, existe uma grande
diversidade relativamente ao tipo de tecnologias digitais que foram comunicadas
pelos inquiridos. Seguem os principais resultados que se encontram estruturados
em 4 áreas fundamentais, a saber:
1- Tecnologias
digitais objeto do inquérito
•Os computadores pessoais em locais de
trabalho fixos, os computadores portáteis, os tablets, os smartphones ou outros
dispositivos móveis são frequentemente comunicados em todos os setores de
organizações de diferentes dimensões.
•Apenas 6 % dos locais de trabalho
declararam não utilizar qualquer das tecnologias digitais mencionadas no
questionário.
• Outras tecnologias mais sofisticadas
são comunicadas com maior frequência pelos locais de trabalho de maior dimensão.
2 - Discussão sobre o potencial
impacto da utilização destas tecnologias na Segurança e Saúde dos trabalhadores
• Menos de um em cada quatro locais de
trabalho (24 %) refere terem sido realizadas sessões de debate sobre o impacto,
correspondendo as percentagens mais elevadas à Hungria (58 %) e à Roménia (42
%).
•Por setor, este tipo de discussão foi
comunicado com maior frequência pelos locais de trabalho no domínio da
informação e comunicação (31 %) e das finanças e seguros (31 %).
•O debate sobre os potenciais impactos
na SST é mais frequentemente comunicado entre os locais de trabalho que
utilizam dispositivos portáteis (51%) e máquinas, sistemas ou computadores de
monitorização do desempenho dos trabalhadores (38 %).
3 - Identificação de possíveis
impactos
•A necessidade de formação contínua
para manter as competências atualizadas surge em primeiro lugar. Segundo 77 %
dos locais de trabalho inquiridos na UE27_2020, este é o maior impacto em todos
os setores, aumentando com a dimensão das empresas.
•Em seguida, os maiores impactos são a
posição sentada prolongada (65 %) e uma maior flexibilidade para os
trabalhadores no que diz respeito ao local de trabalho e ao tempo de trabalho
(63 %).
•Em 85 % dos locais de trabalho onde
são utilizados robôs, assinala-se a necessidade de uma formação contínua devido
à utilização de tal tecnologia e ao seu impacto na SST.
4 – Principais resultados em Portugal
•86.6% dos inquiridos afirmaram
utilizar computadores pessoais em locais de trabalho fixos;
•76.7% dos inquiridos afirmaram
utilizar computadores portáteis, tablets, smartphones ou outros dispositivos
informáticos móveis;
•3.7% declararam existirem, no seu local de
trabalho, robôs que interagem com os trabalhadores;
•11.8% declararam a existência de máquinas,
sistemas ou computadores que determinam o conteúdo ou o ritmo de trabalho;
•8.2% declararam a existência de máquinas,
sistemas ou computadores que monitorizam o desempenho dos trabalhadores;
•4.8% declararam a existência de dispositivos
portáteis, como relógios inteligentes, óculos de dados ou outros sensores
(incorporados);
•75.5% dos inquiridos referiram que
não foi realizada qualquer discussão sobre os possíveis impactos da utilização
destas tecnologias na segurança e saúde dos trabalhadores.
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