De acordo com as
primeiras conclusões do 6.º Inquérito Europeu, no que toca aos riscos físicos
no trabalho, os trabalhadores europeus continuam tão expostos a riscos físicos
como há 20 anos atrás, sendo a justificação para esta situação o facto de
muitos empregos dos europeus continuarem a implicar o desenvolvimento de
esforço físico.
Por exemplo, 33% dos
trabalhadores europeus transportam cargas pesadas durante pelo menos um quarto
do seu horário de trabalho, enquanto 23% são expostos a vibrações – valores que
permanecem inalterados desde 2000.
Os riscos físicos não
se encontram limitados aos trabalhadores manuais: quase metade de todos os
trabalhadores (46%) trabalha em posições que provocam cansaço ou dor pelo menos
durante um quarto do tempo. Além disso, os movimentos repetitivos das mãos ou
dos braços fazem parte do trabalho de um número de europeus superior ao de há
10 anos atrás.
No que se refere às
diferenças de exposição aos riscos físicos por género, esta diverge
substancialmente, o que se deve em parte à segregação, ainda generalizada,
entre homens e mulheres em inúmeros setores de atividade. Estas divergências
entre os géneros também se têm mantido mais ou menos constantes ao longo do
tempo.
Por exemplo, 33% dos
homens, mas apenas 10% das mulheres, são regularmente expostos a vibrações, ao
passo que 42% dos homens, mas 24% das mulheres transportam cargas pesadas.
Em contraste, 13% das
mulheres, mas apenas 5% dos homens, levantam ou deslocam pessoas no âmbito do
seu trabalho.
Contudo, percentagens
semelhantes de homens e mulheres trabalham em posições que provocam cansaço
(48% e45%, respetivamente), ou fazem movimentos repetitivos com as mãos ou os
braços (64% e 63%, respetivamente).
Ainda no que se refere
aos riscos físicos, os primeiros resultados do 5.º Inquérito Europeu facultam
mais conclusões, mais concretamente:
No que se refere à exposição ao ruído no
trabalho, em 2010, quase 30% dos trabalhadores da UE-27 foram expostos a ruído
forte durante pelo menos um quarto do seu horário de trabalho, um valor que se
mantém inalterado desde 2000;
15% dos trabalhadores inalam fumo ou
poeira, ou manuseiam produtos químicos perigosos – também aqui em percentagem
idêntica à de 10 anos atrás;
Uma percentagem maior da população ativa
manuseou mais produtos infeciosos em 2010 do que em 2005 (11% e 9%,
respetivamente).
Seguidamente
apresentam-se os resultados de Portugal, sendo igualmente facultados os valores
obtidos referentes à média da UE, bem como os resultados obtidos no 4.º
Inquérito Europeu relativamente a cada uma das matérias.
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