Imagine um local de trabalho com um programa de saúde e segurança que considere todos os trabalhadores e trabalhadoras, independentemente do género.
Este foi o foco de uma formação ETUI que teve lugar em Madrid, em maio
deste ano. O workshop, concebido e realizado em parceria com a ACV-CSC e a
CCOO, teve como objetivo fornecer aos dirigentes e representantes sindicais as
ferramentas para abordar os riscos especificamente enfrentados pelas mulheres
no local de trabalho.
Durante a formação, os participantes
exploraram questões diversas, tais como os riscos ergonómicos, químicos e psicossociais podem afetar
desproporcionalmente as mulheres, dependendo de seu trabalho, indústria e setor
específicos.
Exemplos disso, são a exposição a
múltiplas substâncias químicas em determinados empregos da indústria da beleza,
como manicuras e cabeleireiros, os riscos músculo-esqueléticos decorrentes do
levantamento de pacientes pesados no setor da prestação de cuidados e o stresse e a ansiedade resultantes da experiência de assédio sexual em vários setores.
Ao longo do curso, os
participantes adquiriram também conhecimentos e ferramentas para prevenir e
responder à violência e ao assédio, incluindo a violência baseada no género e o
assédio sexual. Aprenderam a desenvolver e a implementar planos de ação nos seus
sindicatos para abordar estas questões e incorporar uma perspetiva de género
nas suas estratégias.
A formação destacou a importância de
reconhecer os desafios únicos enfrentados pelas mulheres em todos os setores
que usam uniformes ou equipamentos de proteção individual não projetados para
elas, ou em setores feminizados como saúde, limpeza, educação, serviços
públicos e comércio, nos quais o mercado de trabalho muitas vezes espelha
papéis tradicionais de gênero que resultam em consequências sociais para as
trabalhadoras.
No seminário realizado em Madrid, foi
proposto que a integração de uma perspetiva de género é essencial para criar um
ambiente de trabalho mais seguro e equitativo para todos. Através da
sensibilização, partilha de boas práticas e planeamento de ações futuras, este
curso de formação capacitou o movimento sindical para melhor representar e
proteger as diversas necessidades dos trabalhadores que representa.
Tradução da responsabilidade do Dep. SST
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