Divulgamos no nosso Blog um interessante
artigo sobre a temática da síndrome de Burnout, da autoria do investigador João
Areosa, intitulado “ Burnout: um fogo que arde sem se ver, mas que se sente!”.
“ Primeiramente, devido à sua atual
dimensão, o burnout deve ser tratado como um problema de saúde pública ou
coletiva. O seu impacto nas sociedades, nas organizações e na vida das pessoas
é suficientemente grave para que esta síndrome seja apenas tratada como fruto
de personalidades mais frágeis ou inadaptadas, o que significaria que este
problema seria essencialmente de natureza individual. Mas não é!”
“ A síndrome de burnout ligada ao
mundo ocupacional tem uma relação estreita com a forma como o trabalho está
organizado, bem como com o tipo de trabalho que é realizado…”
" Esta síndrome manifesta-se
essencialmente através de três níveis/sintomas:
- Esgotamento emocional: falta de recursos
emocionais e sentimento de que nada se pode oferecer ao outro (isto no caso de
profissões cuidadoras); caracteriza-se por um esgotar progressivo da energia
emocional e física, em que o descanso entre as jornadas de trabalho já não
chega para readquirir forças para enfrentar as tarefas diárias habituais.
- Despersonalização/cinismo: surge
quando, para ultrapassar esta perda de energia, o trabalhador começa a
desinvestir nas suas tarefas e dedicação ao trabalho, tentando proteger-se e
afastar-se do trabalho que agora constitui fonte de stress crónico. Tende a
adotar uma postura fria e desligada do outro. No entanto, ao ser tão negativo e
pessimista isso afeta o seu bem-estar e pode também diminuir o seu desempenho e
eficácia no trabalho, desenvolvendo, por vezes, atitudes negativas e de
insensibilidade face aos destinatários dos serviços que se prestam.
- Pessoal: perceção de fechamento
das possibilidades de sucesso pessoal no trabalho; isto faz com que diminuam as
expetativas pessoais e implica uma autoavaliação negativa, onde se inclui a
recusa de si próprio e de êxitos pessoais, bem como sentimentos de fracasso e
baixa autoestima…Esta síndrome afeta, particularmente, os profissionais de
saúde, os trabalhadores de call center, os professores, os trabalhadores
bancários, os advogados e, em geral, todas as profissões que têm que trabalhar
com outras pessoas, ou seja, a generalidade das profissões de serviços."
Aceda ao artigo na íntegra Aqui.
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