A Segurança e Saúde no Trabalho constituem dimensões
essenciais da melhoria das condições de trabalho, sendo por isso fundamental a
criação de ambientes de trabalho saudáveis e seguros, onde os trabalhadores e
trabalhadoras estejam cada vez mais protegidos de todos os riscos emergentes da
atividade laboral e menos sujeitos à incidência de acidentes de trabalho e
doenças profissionais. Esta é a linha orientadora que o Departamento de SST
desde sempre se norteia.
A existência de Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis
é o defendemos para todos os trabalhadores e trabalhadoras, para tanto
afigurasse-nos essencial que as nossas federações, sindicatos, uniões
distritais, ativistas sindicais e os representantes dos trabalhadores para a
SST estejam munidos da informação necessária conducente à implementação de uma
verdadeira cultura de prevenção.
Nunca é demais reafirmar que o Departamento de SST tem
feito uma aposta clara nesta matéria: em sensibilização, informação e formação,
no desenvolvimento de iniciativas e campanhas nacionais e setoriais com o
objetivo de garantir e promover a prevenção de riscos profissionais nos locais
de trabalho.
O mundo do trabalho encontra-se em constante mudança,
pelo que continuaremos a assumir o compromisso de partilhar conteúdos,
referentes aos variados setores, assegurando que os nossos associados tenham
conhecimento de ferramentas úteis para utilizar no seu dia a dia nos locais de
trabalho.
Trabalhadores e trabalhadoras informados e
esclarecidos são agentes fundamentais na promoção de condições de trabalho
seguras e saudáveis.
A nossa missão é garantir a prossecução deste
caminho.
Assim e, ainda mais quando as taxas de sinistralidade
laboral continuam extremamente elevadas, em particular a mortal - Portugal é o
terceiro país da UE com maior aumento de mortes no trabalho – torna-se, ainda,
mais fundamental que continuemos a informar, sensibilizar, esclarecer os
trabalhadores e trabalhadores e seus representantes quanto às melhores práticas
de promoção da segurança e da saúde nos locais de trabalho.
Neste sentido, a partilha de informação relevante em
matéria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), nomeadamente a elaboração de
guias e outros suportes informativos que fazem parte da linha editorial do Dep.
SST sobre PRP, é fundamental para a promoção de informação.
Reiteramos, pois, a disseminação
das principais publicações sobre PRP que fazem parte da linha
editorial do Dep. SST da UGT.
Publicação sobre O impacto da utilização de exoesqueletos na Segurança e Saúde no Trabalho
Nos
últimos anos foram introduzidos, em alguns locais de trabalho, novos
dispositivos auxiliares utilizados no corpo, os chamados exoesqueletos, que
servem para ajudar os trabalhadores a executar tarefas relacionadas com a
movimentação manual, reduzindo assim a carga suportada pelo corpo do
utilizador.
Os
exoesqueletos parecem proporcionar uma nova abordagem para lidar com a
prevenção das lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT),
pois podem reduzir a tensão muscular nas partes do corpo que são frequentemente
afetadas, tais como, a região lombar ou os ombros.
Não
esquecer que as LMERT continuam a ser um dos problemas de saúde mais
significativos nos locais de trabalho. Contudo, apesar dos potenciais
benefícios dos exoesqueletos para prevenir as LMERT é também necessário ter em
conta que estes dispositivos podem dar origem a novas preocupações e desafios
em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).
Tal
significa que poderão surgir novos riscos potenciais para a saúde devido a uma
redistribuição da tensão para outras partes do corpo. Além disso, o uso destes
dispositivos poderá contribuir para negligenciar a conceção ergonómica dos
locais de trabalho que, como sabemos, é centrada no ser humano.
Os efeitos a longo prazo da utilização de
exoesqueletos, a nível dos parâmetros fisiológico, biomecânico e psicossocial
são, pois, ainda pouco conhecidos.
Por
último, nunca é demais sublinhar que de acordo com a hierarquia de medidas de
controlo de riscos, devem ser sempre consideradas, em primeiro lugar, as
medidas de prevenção técnica e organizacional coletivas, sendo as medidas
técnicas individuais, tais como equipar um trabalhador com um exoesqueleto,
consideradas um último recurso.
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