Imagem com DR
No Dia Mundial da Segurança e Saúde no
Trabalho, a UGT-ES alerta que a crise climática representa um risco
significativo para a saúde dos trabalhadores
Em 2023, segundo dados provisórios,
registaram-se 1.194.907 acidentes de trabalho, tendo sido registados 721
acidentes mortais, muitos deles de causas facilmente evitáveis. São números
muito elevados: continuamos a registar 2 mortes por dia no trabalho.
Além de ser um dia para recordar, para
a Central é um dia de reivindicação e denúncia, pois temos de tornar visível
este flagelo. Acreditamos que a sociedade normalizou as mortes no trabalho.
E um dia para homenagear e reconhecer
o trabalho dos milhares de delegados de Prevenção de Riscos Profissionais (ORP)
que, através da sua ação sindical, cuidam e protegem a saúde e segurança dos
seus colegas.
Este ano escolhemos o slogan "A
crise climática, um grande risco para a segurança e saúde no trabalho".
É evidente que as várias transições em curso afetam todas as áreas da vida,
incluindo o trabalho e os riscos que lhe estão associados. Face à rapidez
destas mudanças, temos de nos adaptar. Por isso, no atual contexto de
transformação, devemos refletir sobre como garantir condições de trabalho
seguras e saudáveis para todos.
A transição demográfica, com o
crescente envelhecimento das sociedades, e a digitalização do mundo do trabalho
estão também a afetar a saúde dos trabalhadores. A monitorização constante, a
falta de desconexão, a intensificação do trabalho, a redução da autonomia e
determinação do trabalhador submetido à nova inteligência artificial, acabam
causando sérios problemas de saúde física e mental entre os trabalhadores.
A UGT também tem vindo a alertar há
algum tempo para a necessidade de enfrentar e intensificar os esforços de
combate às alterações climáticas. Os especialistas apontam a Espanha como um
dos países mais vulneráveis e os impactos já estão a aparecer.
Trata-se, portanto, de mudanças e
desafios que exigem uma revisão e adaptação do atual quadro regulamentar no
domínio da prevenção às novas realidades do mundo do trabalho.
Temos de antecipar e gerir as mudanças
resultantes desta tripla transição, abordando-as, juntamente com outras
relevantes, na mesa do diálogo social que está aberta.
Por isso, a UGT insta o Governo a
acelerar os trabalhos desta mesa, de forma a chegar a acordos o mais
rapidamente possível, com a única prioridade de proteger a segurança e saúde
dos trabalhadores face a estas transições.
Tradução da responsabilidade do Dep.SST
Fonte:https://28april.org/?cat=1850
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