Dados
UE
Em 2022 a Agência Europeia para a
Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) levou a cabo um inquérito europeu - Inquérito
Eurobarómetro de SST - com o objetivo de obter mais informações sobre o estado
da SST nos locais de trabalho pós-pandemia.
Este Eurobarómetro centra-se nos
fatores de stress para a saúde mental e física com que os trabalhadores são
confrontados (incluindo as tecnologias digitais atualmente utilizadas no local
de trabalho) e nas medidas de SST no local de trabalho.
Mais especificamente, este inquérito
explora, entre outras, as seguintes áreas:
Mais especificamente, este inquérito
explora, entre outras, as seguintes áreas:
§ Fatores de risco psicossociais
relacionados com o trabalho;
§ Problemas de saúde mental no local de
trabalho, incluindo medidas para combater o stresse no trabalho.
§ A utilização de tecnologias digitais
no local de trabalho e os riscos conexos para a saúde dos trabalhadores;
§ Pontos de vista dos trabalhadores
sobre a gestão da SST no local de trabalho.
Seguem alguns dados relativamente aos problemas
de saúde causados ou agravados pelo trabalho:
§ 28 % dos inquiridos em toda a UE
afirmam que a sua saúde é «muito boa» e 51 % que é «boa»;
§ Em toda a UE, 33 % dos inquiridos
respondem que não tiveram nenhum dos problemas de saúde causados ou agravados
pelo seu trabalho;
§ A fadiga geral é o problema de saúde
mais citado causado ou agravado pelo trabalho (37%), seguido por dores de
cabeça e fadiga ocular (34%), problemas ou dores ósseas, articulares ou
musculares (30%), stress, depressão e ansiedade (27%);
§ As doenças infeciosas, incluindo o
COVID-19, são selecionadas por 21% dos inquiridos como um problema de saúde
vivido nos últimos 12 meses e causado ou agravado pelo seu trabalho;
§ 5% dos inquiridos sofreram um
acidente ou lesão no trabalho nos últimos 12 meses e 6% mencionam "outro
problema de saúde" relacionado com o seu trabalho;
§ Os inquiridos com um nível de qualificação
mais elevado são mais propensos a mencionar dores de cabeça e fadiga ocular
causadas ou provocadas pelo trabalho (36% contra 25% dos inquiridos menos qualificados);
§ Os inquiridos com um nível de
qualificação mais elevado são menos propensos a ter tido problemas ou dores
ósseas, articulares ou musculares (28% contra 41% dos inquiridos menos
qualificados);
§ 30 % das inquiridas do sexo feminino
sofreram stress, depressão ou ansiedade relacionados com o trabalho nos últimos
12 meses, em comparação com 25 % dos inquiridos do sexo masculino;
§ Existem também algumas diferenças
entre os grupos etários, sendo as pessoas com idades compreendidas entre os 25
e os 39 anos e entre os 40 e os 54 anos as mais suscetíveis de terem sofrido
problemas de saúde causados ou trabalhados pelo trabalho. Nestes grupos
etários, 38% dos inquiridos afirmam ter experimentado fadiga geral causada ou
agravada pelo trabalho;
§ Este valor é de 35% para os jovens dos 16 aos
24 anos e de 32% para os maiores de 54 anos;
§ Os inquiridos com um nível de qualificação
mais elevado são mais propensos a mencionar dores de cabeça e fadiga ocular
causadas ou provocadas pelo trabalho (36% dos inquiridos com um nível de
instrução mais elevado vs 25% dos inquiridos menos instruídos);
§ Os inquiridos com um nível de
qualificação mais elevado são menos propensos a ter tido problemas ou dores
ósseas, articulares ou musculares (28% contra 41%, respetivamente);
§ A prevalência de problemas de saúde
relacionados com o trabalho parece estar associada à cultura de prevenção da
segurança e saúde na empresa. Assim, 37% dos inquiridos que trabalham em
empresas com uma cultura de prevenção elevada afirmam que nenhum dos problemas
de saúde enumerados no inquérito é causado ou agravado pelo seu trabalho;
§ Em
contrapartida com 30% dos inquiridos que trabalham em empresas com uma cultura
de prevenção média e 25% dos inquiridos que trabalham num ambiente com uma
cultura de baixa cultura de prevenção.
§ No que se refere a setores
económicos, pode notar-se que os inquiridos que trabalham na educação e na
saúde e assistência social tendem a ser globalmente um pouco mais propensos do
que os seus homólogos de outros setores a referir ter sofrido problemas de
saúde causados ou agravados pelo seu trabalho. Nestes setores, mais de um
quarto dos inquiridos (28%-29%) mencionam doenças infeciosas (incluindo
COVID-19), em comparação com entre 15% e 21% dos inquiridos noutros setores;
§ Do mesmo modo,
30%-31% dos inquiridos na educação e na área da saúde e assistência social
referem ter sofrido stress, depressão ou ansiedade;
§ Este valor é
igualmente elevado no caso dos trabalhadores das tecnologias da informação e da
comunicação; finanças; serviços profissionais, científicos ou técnicos (30%).
Fonte: Inquérito da EU-OSHA - Tomar
o pulso à SST — Segurança e saúde nos locais de trabalho após a pandemia
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