Divulgamos
no nosso Blog este interessante artigo da autoria do perito João Areosa,
publicado na revista Segurança.
A triste actualidade dos suicídios no trabalho
“ O ano de 2015 foi de luto na PSP e na GNR. Ao todo, 15 elementos das forças de segurança puseram termo à própria vida só nesse ano. Novembro foi o mês mais marcante (7 suicídios) e também por isso suscitou mais reacções nos meios de comunicação social; o mediatismo talvez tenha impulsionado várias reuniões e fez “abrir os microfones” para mais declarações de preocupação sobre este fenómeno. Um dos dados a que é oferecida maior relevância e que “une” estes suicídios é o uso da arma de serviço. No entanto, parece-nos mais importante constatar que dos 7 elementos da PSP que se suicidaram, 6 fizeram-no no local de trabalho ou nas imediações do mesmo (como o parque de estacionamento da esquadra).
Perceber as causas do suicídio no trabalho
A
compreensão das causas que podem originar os suicídios no trabalho estão
repletas de zonas cinzentas, de emboscadas, de obstáculos, são situações, por
vezes, difíceis de decifrar. Se fizermos uma analogia com os acidentes aéreos,
os suicídios no trabalho são como uma caixa-negra que ainda não foi encontrada,
dado que o conhecimento sobre a sua etiologia é ainda relativamente escasso.
Todavia, os suicídios ocorridos nos locais de trabalho ou provocados pelo
trabalho representam a degradação ou o colapso do saber viver-junto no coletivo
laboral. É, em parte, uma acusação dura ao coletivo de trabalho. É ainda um
grito de raiva contra o silêncio dos outros, contra a sua indiferença ou
ausência de cooperação. A organização do trabalho é preponderante neste
fenómeno, particularmente quando ela se revela desestruturante ao nível da
saúde mental.”
Fonte: Artigo
Aceda ao Artigo “ O
suicídio no trabalho: um fenómeno social (in)decifrável? Aqui.
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