Já
se encontra disponível, em português, a segunda edição do Inquérito da EU-OSHA
às empresas à escala europeia (ESENER-2) que recolheu as respostas de,
aproximadamente, 50 000 empresas em matéria de gestão de SST e de riscos
no local de trabalho, com particular enfoque nos riscos psicossociais, na
participação dos trabalhadores, e nos motores e entraves à ação.
O
objetivo deste inquérito consiste em fornecer dados nacionais comparáveis para
apoiar a definição de políticas e ajudar os locais de trabalho a gerir os
riscos de forma mais eficaz. Este relatório de síntese apresenta uma panorâmica
dos principais resultados do ESENER-2 e complementa o primeiro relatório com os
resultados publicado em fevereiro de 2015.
Seguem
alguns dados mais relevantes:
· 21%
das empresas da UE-28 referem que os trabalhadores com idade superior a 55
anos representam mais de um quarto de sua força de trabalho;
· Simultaneamente,
13% das empresas da UE-28 referem dispor de funcionários a trabalhar
a partir de casa (teletrabalho);
· 6%
das empresas da UE-28 indicam integrar trabalhadores com dificuldades de
compreensão da língua falada no local de trabalho;
· s.
Os fatores de risco mais frequentemente identificados são: a interação com
clientes, alunos e pacientes difíceis (58% das empresas da UE-28); em
seguida, posições cansativas ou dolorosas (56%); e, por fim, os movimentos
repetitivos da mão ou do braço (52%)
· Entre
os fatores de risco, os psicossociais são vistos como os mais exigentes; quase
uma em cada cinco empresas que referem ter de enfrentar clientes difíceis ou
a pressão relativamente a prazos a cumprir afirmam também não
dispor das informações ou ferramentas adequadas para fazer face ao risco de
forma eficaz;
· 76%
das empresas da UE-28 realizam periodicamente avaliações de riscos;
· A
maioria das empresas inquiridas na UE-28 e que realizam avaliações de
riscos periódicas considera as mesmas uma forma útil de gerir a segurança
e saúde (90%), um resultado consistente, transversal a todos os
setores de atividade e dimensões de empresas;
· No
que respeita às empresas que não realizam avaliações de riscos periódicas, as
principais razões fornecidas para justificar esse facto são: «os perigos já são
conhecidos» (83% das empresas); e «não existem problemas dignos de registo»
(80%);
· A
maioria das empresas da UE-28 (90%), sobretudo as empresas de maior dimensão,
refere dispor de um documento que explica as responsabilidades e os
procedimentos em matéria de segurança e saúde;
· As
questões relativas à segurança e saúde são regularmente discutidas ao
nível mais alto da administração em 61% das empresas da UE-28, percentagem que
aumenta com a dimensão da empresa;
· Quase
três quartos das empresas inquiridas na UE-28 (73%) afirmam proporcionar, aos
seus chefes de equipa e responsáveis operacionais, formação sobre
a gestão da SST nas respetivas equipas;
· O
cumprimento das obrigações legais é referido como uma das principais
justificações por 85% das empresas da UE-28;
· Mais
de quatro em cada cinco empresas que realizam avaliações de riscos periódicas
na UE-28 (81%) afirmam contar com a participação dos seus trabalhadores na
conceção e implementação das medidas resultantes das avaliações de riscos;
· A
relutância em falar abertamente sobre estas questões parece constituir
a principal dificuldade para abordar os riscos psicossociais (30% das
empresas da UE-28).
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