A UGT encerrou as suas instalações no dia 18, na
defesa dos seus 30 trabalhadores e dos seus dirigentes, mas também de todos
quantos nos visitam e frequentam o nosso quotidiano, face a tempos estranhos
que todos vivemos, onde o teletrabalho passou de uma figura jurídica do código
do trabalho para a prática diária das nossas relações laborais, assim, como um
estalar de dedos.
Mas não deixámos de desempenhar as nossas funções
sindicais, com a nossa intervenção na concertação social, ainda que em
teleconferência, para apresentarmos e defendermos a nossa visão em defesa dos
trabalhadores e dos apoios sociais que devem ser tidos em conta pelo governo
neste atípico período que atravessamos.
Mantemos uma ligação estreita com os nossos sindicatos e
uniões distritais e regionais no levantamento das situações criadas por muitas
empresas, face ao pânico dos encerramentos temporários de muitas, e das
soluções encontradas por muitos empresários para que a economia não estagne e
se possam manter os postos de trabalho, preservando a saúde de todos quantos
garantem a viabilidade e sustentabilidade das empresas - patrões e
trabalhadores.
Temos conseguido manter canais de informação on-line para
que todos quantos nos procuram com as suas preocupações e problemas possam ser
encaminhados para as desejáveis soluções.
Mantemos uma ligação regular com a comunicação social,
onde a nossa voz e as nossas mensagens têm fluído com a possível atualidade.
Os nossos trabalhadores funcionam em rede, com o objetivo
de não parar a nossa imensa rede de contactos nacionais e internacionais,
informando os nossos parceiros europeus e globais - CSI, CES, CESE - da
evolução da pandemia e das respostas das autoridades nacionais às gravosas
consequências para a economia nacional, para as empresas e para o emprego.
Não nos cansamos de promover junto do governo a produção
das melhores soluções na defesa de todos quantos combatem na linha da frente
para estancar e vencer este inimigo invisível que nos ameaça - enfermeiros,
médicos, auxiliares de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica,
investigadores e académicos, mas também trabalhadores de áreas essenciais à
garantia de abastecimento de bens essenciais às pessoas e animais.
Tudo continuaremos a fazer e a desenvolver, de forma
proativa para ajudar Portugal e os portugueses a ultrapassar, com êxito, esta
etapa da nossa história comum.
E contamos com os nossos parceiros europeus no apoio de
recursos e de decisões que nos ajudem a sentir, a todos, que a Europa não é uma
miragem, mas sim um imenso coletivo, que é capaz de reagir, mesmo que
tardiamente e de forma algo atabalhoada, na nossa defesa comum.
Este é o papel que a UGT, enquanto parceiro social, sabe
e deve continuar a desempenhar.
Carlos Silva
Secretário-Geral da UGT
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