Os agentes cancerígenos
são uma ameaça importante para a saúde dos trabalhadores na Europa e no
mundo. Para ilustrar, os custos diretos da exposição cancerígena no
trabalho em toda a Europa são estimados em 2,4 mil milhões de euros por ano.
Isto inclui custos com hospitais, cuidados primários, medicação, cuidados de
emergência e cuidados ambulatórios.
Os custos diretos da
exposição a agentes cancerígenos no trabalho em toda a Europa são estimados em
2,4 mil milhões de euros por ano.
Além disso, em Espanha, no ano de 2014, foram
diagnosticadas diariamente cerca de 25 pessoas com cancro atribuível à
exposição a agentes cancerígenos no trabalho. Para a Europa, estima-se que o
número total de pessoas que sofrem de cancro por exposição profissional a
agentes cancerígenos ultrapasse o limite de 120.000 casos por ano, causando
quase 80.000 mortes por ano.
Os custos das despesas com cuidados de saúde e as
perdas de produtividade na UE, são estimados entre 4 e 7 mil milhões de euros
por ano.
Para a Europa,
estima-se que o número total de pessoas que sofrem de cancro por exposição
profissional a agentes cancerígenos ultrapasse o limite de 120.000 casos por
ano, causando quase 80.000 mortes por ano.
Claramente, os agentes cancerígenos são perigosos em muitos
aspetos. A exposição a carcinogénicos ameaça a saúde e a vida dos
trabalhadores, mas também a sua participação no trabalho e produtividade, com
efeitos adversos para as empresas e para os empregadores.
Por conseguinte, a exposição profissional a agentes cancerígenos
deve ser prevenida ou reduzida. Se forem tomadas medidas adequadas no
local de trabalho, o peso dos cancros poderá ser significativamente reduzido.
Mas o que são
exatamente agentes cancerígenos?
Os agentes cancerígenos são substâncias que podem causar cancro.
Existem várias formas de agentes cancerígenos, como, por exemplo, os agentes
cancerígenos químicos. Estes químicos podem causar cancro devido às suas
propriedades intrínsecas.
Alguns agentes cancerígenos podem ser inalados e podem entrar,
por exemplo, na corrente sanguínea e nos órgãos, incluindo o cérebro. Outros
podem entrar através da pele. Uma vez que os agentes cancerígenos tenham
entrado no corpo, podem danificar o ADN dos trabalhadores ou alterar a forma
como as células dos corpos funcionam e se replicam. Isto pode levar ao cancro e
a outros problemas de saúde.
Uma vez que os
agentes cancerígenos tenham entrado no corpo, podem danificar o ADN dos
trabalhadores ou alterar a forma como as células dos corpos funcionam e se
replicam.
Alguns agentes cancerígenos são mais perigosos do que outros,
razão pela qual a Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC) avalia
o risco de vários tipos de agentes cancerígenos.
Existe uma categoria de agentes cancerígenos que se provou
causar cancro em seres humanos (os chamados cancerígenos do tipo 1).
Na categoria 1, foram classificadas cerca de 60 substâncias
presentes ou utilizadas nos locais de trabalho europeus. Estes
incluem, entre outros, o arsénio, o fenobarbital,
o berílio, o cádmio, o crómio VI, o formaldeído, o alcatrão, o pó de
madeira, a radiação ionizante e a radiação ultravioleta e agentes
biológicos.
Há também agentes cancerígenos que são suspeitos de causar
cancro, chamados agentes cancerígenos do tipo 2a, e aqueles dos quais a relação
entre a exposição ao carcinogéneo e o desenvolvimento do cancro ainda não é
clara (os chamados cancerígenos do tipo 2b).
Diferentes tipos de
agentes cancerígenos podem causar diferentes tipos de cancro
Para ilustrar, os cancros no aparelho
digestivo, como o cancro do estômago ou o cancro do cólon, podem ser causados pelo amianto, componentes de chumbo e radiação gama, para citar
alguns. O cancro do pulmão é mais frequentemente causado pela sílica, crómio, amianto e escape diesel.
Basicamente, todos podemos ser expostos a agentes cancerígenos
de vez em quando, por exemplo, quando vivemos numa rua movimentada em que
ocorre muita libertação de gases de escape. No entanto, em caso de exposição
profissional, o risco de desenvolver cancro é muito maior.
Ou seja, muitos trabalhadores estão a ser diariamente expostos a
elevados níveis de agentes cancerígenos, e esta exposição continua ao longo de
muitos anos no local de trabalho. É importante referir que a exposição a
substâncias cancerígenas por si só não é, em regra, o único fator que contribui
para o desenvolvimento do cancro num trabalhador. Para a maioria dos agentes
cancerígenos, importa aferir como um trabalhador é exposto a eles, por exemplo,
de que forma, em que doses e por quanto tempo.
Além disso, a composição genética, biológica ou o estilo de vida do trabalhador podem contribuir para o desenvolvimento do cancro. Ainda assim, a exposição a agentes cancerígenos é um fator de risco importante para o cancro e, por isso, são necessárias soluções inteligentes para reduzir a exposição a estes agentes cancerígenos nos locais de trabalho.
Aceda à versão original:
(https://roadmaponcarcinogens.eu/about/the-facts/
Tradução da responsabilidade do Departamento de SST da UGT
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